Isolamento de fungos ligninolíticos de amostras da Antártica e suas atividades enzimáticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sanches, Júlia Leal
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/257252
Resumo: Por ser um ambiente extremamente restrito, o continente Antártico possui pouca quantidade de nutrientes e longos períodos de escuridão, que limitam o desenvolvimento da vida. Fungos extremófilos que vivem em ambientes como a Antártica são classificados como psicrofílicos ou psicrotolerantes. Estes, possuem mecanismos específicos para a sobrevivência neste tipo de ambiente, incluindo a produção de enzimas adaptadas ao frio, que possuem eficiência catalítica. Os objetivos desse estudo foram isolar fungos provenientes de amostras antárticas e avaliar as atividades das enzimas lignina peroxidase (LiP), manganês peroxidase (MnP) e Lacase (Lac). As enzimas ligninolíticas têm propriedades que podem ser vantajosas para vários setores industriais, entre eles a indústria têxtil e de papel, na produção de biocombustíveis e também na biorremediação de diversos poluentes ambientais, já que são responsáveis pela quebra das estruturas aromáticas e das ligações entre as unidades básicas da lignina. O método de enriquecimento permitiu isolar 31 fungos (15 filamentosos e 16 leveduras). Dentre os fungos filamentosos, 5 se mostraram potenciais produtores de enzimas ligninolíticas a 28 ºC (J4C, J4D, J7B, J8C e J8D) e 2 a 15 ºC (J8C e J8D). Esses fungos foram provenientes de amostras de sedimento marinho (2), solo (2) e madeira (1). Os resultados do presente trabalho evidenciam a importância da ampliação e manutenção de coleções de culturas microbianas, em especial quando há complexidade e altos custos envolvidos em expedições para coleta de amostras.
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