A dialética do espelho: uma leitura do teatro genesíaco de Mário de Sá-Carneiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/91534 |
Resumo: | Este trabalho pretende situar as peças de teatro de Mário de Sá-Carneiro – principalmente Amizade (1912), escrita em parceria com Tomás Cabreira Júnior, e Alma (1913), fruto de uma parceria com António Ponce de Leão – na gênese da sua poética. Trata-se de verificar a hipótese de que, escritas um pouco antes de 1913, essas peças dramáticas desempenharam um papel primordial na gestação da obra maior, de poesia e de ficção mais maduras, que o poeta de Orpheu publicaria em 1914 (Dispersão e A confissão de Lúcio). A análise das peças de teatro mostrará que, ostensivamente na sua temática, mas também já na forma dramática que as sustenta, nelas se faz presente a mesma dialética – aqui chamada dialética do espelho – que inspirou o jogo de duplos, de sombras, de identidades dissociadas que perpassam toda a obra literária posterior de Sá-Carneiro, evidentemente mais arrojada e mais moderna. Com efeito, esse teatro apresenta-se, curiosamente, como um teatro de passagem ou de transição, que não rompe com o modelo naturalista – os seus diálogos ainda são, convencionalmente, os do drama burguês, e as suas personagens ainda se relacionam entre si, embora possamos já detectar, aí, algo como um prenúncio do colapso das relações intersubjetivas –, mas que se situa já na antecâmara, digamos assim, do teatro propriamente moderno. É que, ao compor personagens que se esforçam por ocultar a sua verdadeira face (ou os seus desejos mais secretos), Sá-Carneiro sugere já, ainda que muito timidamente, algo que estaria posteriormente explícito na sua poesia e na sua novelística mais maduras, mais arrojadas e decididamente modernas: a sua adesão à dialética da alma dissociada, do sujeito intermédio entre o Eu e o Outro. |
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A dialética do espelho: uma leitura do teatro genesíaco de Mário de Sá-CarneiroSa-Carneiro, Mario de, 1890-1916Literatura portuguesaTeatro portuguesNaturalismoModernismo (Literatura)Duplo (Literatura)Século XXEste trabalho pretende situar as peças de teatro de Mário de Sá-Carneiro – principalmente Amizade (1912), escrita em parceria com Tomás Cabreira Júnior, e Alma (1913), fruto de uma parceria com António Ponce de Leão – na gênese da sua poética. Trata-se de verificar a hipótese de que, escritas um pouco antes de 1913, essas peças dramáticas desempenharam um papel primordial na gestação da obra maior, de poesia e de ficção mais maduras, que o poeta de Orpheu publicaria em 1914 (Dispersão e A confissão de Lúcio). A análise das peças de teatro mostrará que, ostensivamente na sua temática, mas também já na forma dramática que as sustenta, nelas se faz presente a mesma dialética – aqui chamada dialética do espelho – que inspirou o jogo de duplos, de sombras, de identidades dissociadas que perpassam toda a obra literária posterior de Sá-Carneiro, evidentemente mais arrojada e mais moderna. Com efeito, esse teatro apresenta-se, curiosamente, como um teatro de passagem ou de transição, que não rompe com o modelo naturalista – os seus diálogos ainda são, convencionalmente, os do drama burguês, e as suas personagens ainda se relacionam entre si, embora possamos já detectar, aí, algo como um prenúncio do colapso das relações intersubjetivas –, mas que se situa já na antecâmara, digamos assim, do teatro propriamente moderno. É que, ao compor personagens que se esforçam por ocultar a sua verdadeira face (ou os seus desejos mais secretos), Sá-Carneiro sugere já, ainda que muito timidamente, algo que estaria posteriormente explícito na sua poesia e na sua novelística mais maduras, mais arrojadas e decididamente modernas: a sua adesão à dialética da alma dissociada, do sujeito intermédio entre o Eu e o Outro.Not availableCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Junqueira, Renata Soares [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Pirola, Fernanda Cristina [UNESP]2014-06-11T19:25:23Z2014-06-11T19:25:23Z2011-05-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis62 f.application/pdfPIROLA, Fernanda Cristina. A dialética do espelho: uma leitura do teatro genesíaco de Mário de Sá-Carneiro. 2011. 62 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, 2011.http://hdl.handle.net/11449/91534000644019pirola_fc_me_arafcl.pdf33004030016P014352274624677000000-0002-7053-795XAlephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-12T14:27:15Zoai:repositorio.unesp.br:11449/91534Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T19:01:32.145789Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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