Rigor sem órgãos: em meio a relações discursivas, (r)ex(s)istências possíveis
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/192603 |
Resumo: | Esta pesquisa, como uma espécie de barco, devém composição que se lança num mar em busca de uma dobra. Uma prega na linha do fora na qual seja possível inventar um dentro habitável e dar passagem a afetos disso que é conhecido por rigor. Um rigor que se relaciona à disciplina de Análise Real, a qual é contemplada numa grande maioria de cursos de licenciatura em Matemática em nosso país. Tal rigor mostra-se discursivamente atrelado a muitas práticas que ocorrem na formação de professores de Matemática, as quais influenciam sobremaneira a forma como licenciandos lidam com a própria graduação e com suas práticas profissionais. Em nossa composição, adotamos uma estética de escrita-fluxo, em que narrativas ficcionais foram compostas tendo como inspiração e suporte vivências experienciadas pelo próprio autor e por toda uma multidão de sujeitos e obras que o circundam e o atravessam, no intuito de construir uma Tese sem Órgãos, ou seja, uma composição desprovida de uma organização prévia. Para tal, estabelecemos alianças teóricas mais estreitas com o pensamento arqueológico de Michel Foucault e com o conceito de Corpo sem Órgãos, de Gilles Deleuze e Félix Guattari, bem como consonâncias junto a constelações teóricas que orbitam cada um desses pensadores. Desta maneira, nas linhas rizomáticas compostas a partir de acoplamentos, desacoplamentos e interrupções de fluxo causadas nas e pelas narrativas construídas, foi possível operar nas fissuras e pensar o conceito de Rigor sem Órgãos, o qual convida a uma composição outra, em que o intuito é a criação de novos possíveis, permitindo escapes das linhas que estabelecem relações de poder e que mantêm o rigor cristalizado em seu próprio artigo definido. Assim, atravessando um discurso hegemônico e estruturante, inaugura-se um tratamento do rigor na Educação Matemática, instalando-o como existência e resistência, em que os restos discursivos de um rigor constituído podem ser tomados para a produção de um rigor na ordem do acontecimento. |
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Rigor sem órgãos: em meio a relações discursivas, (r)ex(s)istências possíveisRigor without organs: among discursives relations, possible (r)ex(s)ist(a)encesRigorLicenciatura em MatemáticaDisciplina de Análise realFilosofia da diferençaNarrativa ficcionalRigorMathematics degreeReal analysis disciplineDifference philosophyFiccional narrativeRigueurLicence mathématiquesCours de l’analyse réellePhilosophie de la différenceNarration fictiveEsta pesquisa, como uma espécie de barco, devém composição que se lança num mar em busca de uma dobra. Uma prega na linha do fora na qual seja possível inventar um dentro habitável e dar passagem a afetos disso que é conhecido por rigor. Um rigor que se relaciona à disciplina de Análise Real, a qual é contemplada numa grande maioria de cursos de licenciatura em Matemática em nosso país. Tal rigor mostra-se discursivamente atrelado a muitas práticas que ocorrem na formação de professores de Matemática, as quais influenciam sobremaneira a forma como licenciandos lidam com a própria graduação e com suas práticas profissionais. Em nossa composição, adotamos uma estética de escrita-fluxo, em que narrativas ficcionais foram compostas tendo como inspiração e suporte vivências experienciadas pelo próprio autor e por toda uma multidão de sujeitos e obras que o circundam e o atravessam, no intuito de construir uma Tese sem Órgãos, ou seja, uma composição desprovida de uma organização prévia. Para tal, estabelecemos alianças teóricas mais estreitas com o pensamento arqueológico de Michel Foucault e com o conceito de Corpo sem Órgãos, de Gilles Deleuze e Félix Guattari, bem como consonâncias junto a constelações teóricas que orbitam cada um desses pensadores. Desta maneira, nas linhas rizomáticas compostas a partir de acoplamentos, desacoplamentos e interrupções de fluxo causadas nas e pelas narrativas construídas, foi possível operar nas fissuras e pensar o conceito de Rigor sem Órgãos, o qual convida a uma composição outra, em que o intuito é a criação de novos possíveis, permitindo escapes das linhas que estabelecem relações de poder e que mantêm o rigor cristalizado em seu próprio artigo definido. Assim, atravessando um discurso hegemônico e estruturante, inaugura-se um tratamento do rigor na Educação Matemática, instalando-o como existência e resistência, em que os restos discursivos de um rigor constituído podem ser tomados para a produção de um rigor na ordem do acontecimento.This research, as a kind of boat, becomes composition that is launched in a sea in search for a fold. A crease in the line of the outside in which it is possible to invent a habitable inside and and give passage to affections of that which is known as rigor. A rigor that is related to the discipline of Real Analysis, which is included in a large majority of undergraduate courses in Mathematics in our country. Such rigor is shown to be discursively linked to many practices that occur in the formation of mathematics teachers, which greatly influence the way they deal with their own graduation and their professional practices. In our composition, we adopted a flow-writing aesthetic, in which fictional narratives were composed having as inspiration and support experiences experienced by the author himself and by a whole multitude of subjects and works that surround and cross him, in order to build a Thesis without Organs, that is, a composition without prior organization. To this goal, we established closer theoretical alliances with the archaeological thought by Michel Foucault and with the concept of Body without Organs, by Gilles Deleuze and Félix Guattari, as well as consonances with theoretical constellations that orbit each of these thinkers. In this way, in the rhizomatic lines composed from couplings, decouplings and interruptions of flow caused in and by the constructed narratives, it was possible to operate in the cracks and think about the concept of Rigor without Organs, which invites a different composition, in which the intention it is the creation of new possibilities, allowing escapes of the lines that establish power relations and that maintain the crystallized rigor in its own definite article. Thus, crossing a hegemonic and structuring discourse, a treatment of rigor in Mathematics Education is inaugurated, installing it as existence and resistance, in which the discursive remains of a constituted rigor can be taken to produce a rigor in the order of the event.Cette investigation, comme une espèce de bateau, est une composition qui est jeté a la mer à la recherche d’un pli. On dira que ce pli est une création d’une ligne de l’extérieur dans lequel il est possible d’inventer un dedans pour être habiter et où lequel on peut laisser passent des affections de ce qui est connu sous le nom de rigueur. Cette rigueur est le qui se rapporte au cours de l’Analyse réelle, qui est envisagée dans une grande majorité des cursus des Licence Mathématiques dans notre pays. Une telle rigueur est discursivement liée à des nombreuses pratiques qui se produisent dans la Licence Mathématiques, qui influencent tellement la façon dont les enseignants traitent leur propre formation académique et leurs pratiques professionnelles en tant que enseignants des mathématiques. Ainsi, dans notre composition, nous avons adopté une esthétique d’écriture qu’on appellerons écriture-flux, dans laquelle des récits fictifs ont été composés en ayant comme inspiration et support les expériences vécues par l’auteur lui-même et par toute une multitude de sujets et d’œuvres qui l’entourent. De cette façon, cet exercice d’écriture cherche construire une Thèse sans organes, c’est-à-dire une composition dépourvue de toute organisation préalable. Pour cela, nous avons établi des alliances théoriques plus proche avec la pensée archéologique de Michel Foucault et avec le concept de Corps sans organes de Gilles Deleuze et de Félix Guattari, ainsi que d’autres alliances à côté des constellations théoriques qui gravitent autour de chacun de ces penseurs. Dans les lignes rhizomatiques composées à partir des couplages, découplages et interruptions de flux provoqués dans et par les récits construits, il a été possible d’opérer dans les fissures et de penser au concept de Rigueur sans organes. Ce concept nous invite à une autre composition, dans laquelle l’intention est la création de nouvelles possibilités, permettant qu’on puisse échapper des lignes qui établissent des relations de pouvoir et qui maintiennent la rigueur cristallisée dans leur propre article défini. Ainsi, traversant un discours hégémonique et structurant, est inauguré un traitement de la rigueur dans l'Éducation Mathématique, l'installant comme existence et résistance, dans lequel les restes discursifs d'une rigueur constituée peuvent être pris pour produire une rigueur dans l'ordre de l'événement.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Miarka, Roger [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Gomes, Danilo Olímpio [UNESP]2020-05-20T16:00:58Z2020-05-20T16:00:58Z2020-04-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19260300093145733004137031P727466330874999320000-0002-0633-8446porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-04-04T19:17:51Zoai:repositorio.unesp.br:11449/192603Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T22:19:44.196550Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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