Gramaticalização de juntivos adversativos na história do português

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Tatiana Mazza da [UNESP]
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/86584
Resumo: O objetivo geral desse trabalho é investigar a mudança sintático-semântico-pragmática dos juntivos porém, contudo, todavia, entretanto e no entanto, conjuntamente, sob a perspectiva da gramaticalização, a fim de buscar a comprovação da hipótese de uma trajetória do tipo advérbio > conjunção, por meio de análises contextuais que expliquem o surgimento do uso conjuncional adversativo na história do português. Adotamos, nesse trabalho, a concepção mais clássica de gramaticalização, a qual, segundo Hopper e Traugott (2003), prevê que itens lexicais podem, em determinados contextos, passar a assumir funções gramaticais ou, se já gramaticalizados, continuar a desenvolver novas funções gramaticais. Esse processo envolve pragmatização crescente de significados (mudança semântica) e recategorização do item (mudança sintática). A investigação das mudanças pelas quais passaram os itens por nós analisados baseia-se em um corpus composto de textos históricos e textos do português contemporâneo, compreendendo os períodos arcaico (século XIII a XV), moderno (XVI e XVII) e contemporâneo (XVIII a XXI). Considerando fatores de ordem semântica, sintática e pragmática na recomposição da trajetória de gramaticalização de cada um dos itens, podemos atestar que seus funcionamentos adversativo e conjuncional emergiram em diferentes momentos da história do português, fato que, no português contemporâneo, os colocam em diferentes pontos em uma escala de gramaticalização, a saber: porém > todavia, contudo > entretanto > no entanto
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