Estudos estruturais da toxina BTHTX-II do veneno de Bothrops jararacussu

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campanelli, Henrique Barcellos [UNESP]
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/142914
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/capelo/2016-07-08/000867504.pdf
Resumo: O estudo do veneno de serpentes do gênero Bothrops possui um impacto significativo em todo contexto da América Latina. Especificamente no Brasil, existe uma grande diversidade de serpentes desse gênero que é responsável pela maior parte dos acidentes ofídicos cujo único tratamento disponível é a aplicação de soro antiofídico, porém o mesmo não neutraliza o dano miotóxico já causado. Esse veneno é constituído por uma série de compostos, principalmente proteínas, sendo as fosfolipases A2 (PLA2s) as mais abundantes e uma das responsáveis pela necrose muscular. As fosfolipases A2 são pequenas e estáveis proteínas (massa molecular aproximada de 14 kDa) que promovem a hidrólise da ligação éster sn-2 de fosfolipídeos na interface bilipídica de micelas, vesículas e membranas, liberando lisofosfolipídeos e ácidos graxos através de um mecanismo dependente de cálcio. As PLA2s possuem uma vasta ação farmacológica e nem todas são relacionadas a sua atividade catalítica de maneira que a compreensão dos exatos mecanismos não foi totalmente elucidada. Essas toxinas podem ser classificadas como PLA2s e PLA2s homólogas, na qual a forma homóloga não possui atividade catalítica mas apresenta capacidade miotóxica acentuada e sua atividade está relacionada com seu estado oligomérico em dímero. A proteína BthTX-II é a segunda proteína mais abundante do veneno de Bothrops jararacussu e é uma PLA2s com atividade catalítica muito reduzida ou inexistente e alta atividade miotóxica. Recentemente, BthTX-II foi apontada como uma PLA2s semelhante às PLA2s homólogas, já que a região importante para a catálise é desordenada e apresenta estrutura dimérica. Portanto, o objetivo desta Monografia é o estudo oligomérico da BthTX-II em solução através das técnicas de Fluorescência e DLS para auxiliar nos estudos de compostos que venham a complementar o soro antiofídico e reduzir o efeito mionecrótico comum dos...
id UNSP_be808b54c296d8a98be7fd35ce7cb485
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/142914
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Estudos estruturais da toxina BTHTX-II do veneno de Bothrops jararacussuBothropsFosfolipasesJararaca (Cobra)Venenos - AnaliseO estudo do veneno de serpentes do gênero Bothrops possui um impacto significativo em todo contexto da América Latina. Especificamente no Brasil, existe uma grande diversidade de serpentes desse gênero que é responsável pela maior parte dos acidentes ofídicos cujo único tratamento disponível é a aplicação de soro antiofídico, porém o mesmo não neutraliza o dano miotóxico já causado. Esse veneno é constituído por uma série de compostos, principalmente proteínas, sendo as fosfolipases A2 (PLA2s) as mais abundantes e uma das responsáveis pela necrose muscular. As fosfolipases A2 são pequenas e estáveis proteínas (massa molecular aproximada de 14 kDa) que promovem a hidrólise da ligação éster sn-2 de fosfolipídeos na interface bilipídica de micelas, vesículas e membranas, liberando lisofosfolipídeos e ácidos graxos através de um mecanismo dependente de cálcio. As PLA2s possuem uma vasta ação farmacológica e nem todas são relacionadas a sua atividade catalítica de maneira que a compreensão dos exatos mecanismos não foi totalmente elucidada. Essas toxinas podem ser classificadas como PLA2s e PLA2s homólogas, na qual a forma homóloga não possui atividade catalítica mas apresenta capacidade miotóxica acentuada e sua atividade está relacionada com seu estado oligomérico em dímero. A proteína BthTX-II é a segunda proteína mais abundante do veneno de Bothrops jararacussu e é uma PLA2s com atividade catalítica muito reduzida ou inexistente e alta atividade miotóxica. Recentemente, BthTX-II foi apontada como uma PLA2s semelhante às PLA2s homólogas, já que a região importante para a catálise é desordenada e apresenta estrutura dimérica. Portanto, o objetivo desta Monografia é o estudo oligomérico da BthTX-II em solução através das técnicas de Fluorescência e DLS para auxiliar nos estudos de compostos que venham a complementar o soro antiofídico e reduzir o efeito mionecrótico comum dos...Universidade Estadual Paulista (Unesp)Fontes, Marcos Roberto de Mattos [UNESP]Borges, Rafael Junqueira [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Campanelli, Henrique Barcellos [UNESP]2016-08-12T18:47:43Z2016-08-12T18:47:43Z2014-12-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfCAMPANELLI, Henrique Barcellos. Estudos estruturais da toxina BTHTX-II do veneno de Bothrops jararacussu. 2014. 1 CD-ROM. Trabalho de conclusão de curso (bacharelado - Física médica) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Biociências de Botucatu, 2014.http://hdl.handle.net/11449/142914000867504http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/capelo/2016-07-08/000867504.pdf43203624112417864320362411241786Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-09T06:24:38Zoai:repositorio.unesp.br:11449/142914Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-12-09T06:24:38Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Estudos estruturais da toxina BTHTX-II do veneno de Bothrops jararacussu
title Estudos estruturais da toxina BTHTX-II do veneno de Bothrops jararacussu
spellingShingle Estudos estruturais da toxina BTHTX-II do veneno de Bothrops jararacussu
Campanelli, Henrique Barcellos [UNESP]
Bothrops
Fosfolipases
Jararaca (Cobra)
Venenos - Analise
title_short Estudos estruturais da toxina BTHTX-II do veneno de Bothrops jararacussu
title_full Estudos estruturais da toxina BTHTX-II do veneno de Bothrops jararacussu
title_fullStr Estudos estruturais da toxina BTHTX-II do veneno de Bothrops jararacussu
title_full_unstemmed Estudos estruturais da toxina BTHTX-II do veneno de Bothrops jararacussu
title_sort Estudos estruturais da toxina BTHTX-II do veneno de Bothrops jararacussu
author Campanelli, Henrique Barcellos [UNESP]
author_facet Campanelli, Henrique Barcellos [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Fontes, Marcos Roberto de Mattos [UNESP]
Borges, Rafael Junqueira [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Campanelli, Henrique Barcellos [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Bothrops
Fosfolipases
Jararaca (Cobra)
Venenos - Analise
topic Bothrops
Fosfolipases
Jararaca (Cobra)
Venenos - Analise
description O estudo do veneno de serpentes do gênero Bothrops possui um impacto significativo em todo contexto da América Latina. Especificamente no Brasil, existe uma grande diversidade de serpentes desse gênero que é responsável pela maior parte dos acidentes ofídicos cujo único tratamento disponível é a aplicação de soro antiofídico, porém o mesmo não neutraliza o dano miotóxico já causado. Esse veneno é constituído por uma série de compostos, principalmente proteínas, sendo as fosfolipases A2 (PLA2s) as mais abundantes e uma das responsáveis pela necrose muscular. As fosfolipases A2 são pequenas e estáveis proteínas (massa molecular aproximada de 14 kDa) que promovem a hidrólise da ligação éster sn-2 de fosfolipídeos na interface bilipídica de micelas, vesículas e membranas, liberando lisofosfolipídeos e ácidos graxos através de um mecanismo dependente de cálcio. As PLA2s possuem uma vasta ação farmacológica e nem todas são relacionadas a sua atividade catalítica de maneira que a compreensão dos exatos mecanismos não foi totalmente elucidada. Essas toxinas podem ser classificadas como PLA2s e PLA2s homólogas, na qual a forma homóloga não possui atividade catalítica mas apresenta capacidade miotóxica acentuada e sua atividade está relacionada com seu estado oligomérico em dímero. A proteína BthTX-II é a segunda proteína mais abundante do veneno de Bothrops jararacussu e é uma PLA2s com atividade catalítica muito reduzida ou inexistente e alta atividade miotóxica. Recentemente, BthTX-II foi apontada como uma PLA2s semelhante às PLA2s homólogas, já que a região importante para a catálise é desordenada e apresenta estrutura dimérica. Portanto, o objetivo desta Monografia é o estudo oligomérico da BthTX-II em solução através das técnicas de Fluorescência e DLS para auxiliar nos estudos de compostos que venham a complementar o soro antiofídico e reduzir o efeito mionecrótico comum dos...
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-12-09
2016-08-12T18:47:43Z
2016-08-12T18:47:43Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv CAMPANELLI, Henrique Barcellos. Estudos estruturais da toxina BTHTX-II do veneno de Bothrops jararacussu. 2014. 1 CD-ROM. Trabalho de conclusão de curso (bacharelado - Física médica) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Biociências de Botucatu, 2014.
http://hdl.handle.net/11449/142914
000867504
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/capelo/2016-07-08/000867504.pdf
4320362411241786
4320362411241786
identifier_str_mv CAMPANELLI, Henrique Barcellos. Estudos estruturais da toxina BTHTX-II do veneno de Bothrops jararacussu. 2014. 1 CD-ROM. Trabalho de conclusão de curso (bacharelado - Física médica) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Biociências de Botucatu, 2014.
000867504
4320362411241786
url http://hdl.handle.net/11449/142914
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/capelo/2016-07-08/000867504.pdf
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv Aleph
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803649942233808896