Avaliação da participação dos ácidos graxos nas adaptações das ilhotas pancreáticas à resistência periférica à insulina pelo tratamento com dexametasona

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Destro, Maiara [UNESP]
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/87800
Resumo: O aumento da secreção de insulina estimulada por glicose é um mecanismo adaptativo observado nas ilhotas pancreáticas de animais resistentes à insulina. Estudos relatam que os ácidos graxos livres estimulam a secreção de insulina através da ativação do GPR40. Diante destes fatos, investigamos a secreção de insulina, a expressão de proteínas da via do GPR40 nas células ß e a participação dos lipídios na resistência à insulina induzida por dexametasona, através do tratamento com o redutor de lipídios bezafibrato. Os grupos receberam gavagem uma vez ao dia durante 28 dias: Controle (CTL) e DEXA com goma arábica 5% (1 ml/kg, peso corpóreo); BEZA e BEZA-DEXA com bezafibrato (300 mg/kg, p.c.). Nos últimos 5 dias de tratamento os grupos receberam injeções intraperitoniais: CTL e BEZA de solução salina (1 ml/kg, p.c.); DEXA e BEZA-DEXA de dexametasona (Decadron® 1,0 mg/kg, p.c). A secreção de insulina estimulada por glicose aumentou nos grupos BEZA e DEXA. BEZA-DEXA exibiu diminuição dos níveis de ácidos graxos livres, triglicérides e de insulina, mas não houve elevação dos níveis de glicose no sangue. Além disso, houve melhora na resistência à insulina e restauração do padrão de secreção de insulina, em comparação ao grupo DEXA. Nas ilhotas dos animais BEZA-DEXA a expressão das proteínas GPR40, PLCß1 e PKCδ foi significativamente maior em relação aos valores obtidos em DEXA. Esta via permaneceu inalterada nas ilhotas de DEXA e BEZA. Em conclusão, o tratamento com bezafibrato melhorou a função das células ß e impediu a indução de resistência à insulina pelo tratamento com dexametasona, mas os mecanismos não são conhecidos. O aumento na secreção de insulina em DEXA aparentemente não está relacionado com a ativação do GPR40. Contrariando a literatura, apesar da redução na secreção de insulina, as ilhotas dos animais BEZA-DEXA apresentaram ativação da via do GPR40
id UNSP_c2749851abc250c0d9723e11eab2ef4c
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/87800
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Avaliação da participação dos ácidos graxos nas adaptações das ilhotas pancreáticas à resistência periférica à insulina pelo tratamento com dexametasonaInsulinaAcidos graxosLangerhans, Ilhots dePancreatic isletO aumento da secreção de insulina estimulada por glicose é um mecanismo adaptativo observado nas ilhotas pancreáticas de animais resistentes à insulina. Estudos relatam que os ácidos graxos livres estimulam a secreção de insulina através da ativação do GPR40. Diante destes fatos, investigamos a secreção de insulina, a expressão de proteínas da via do GPR40 nas células ß e a participação dos lipídios na resistência à insulina induzida por dexametasona, através do tratamento com o redutor de lipídios bezafibrato. Os grupos receberam gavagem uma vez ao dia durante 28 dias: Controle (CTL) e DEXA com goma arábica 5% (1 ml/kg, peso corpóreo); BEZA e BEZA-DEXA com bezafibrato (300 mg/kg, p.c.). Nos últimos 5 dias de tratamento os grupos receberam injeções intraperitoniais: CTL e BEZA de solução salina (1 ml/kg, p.c.); DEXA e BEZA-DEXA de dexametasona (Decadron® 1,0 mg/kg, p.c). A secreção de insulina estimulada por glicose aumentou nos grupos BEZA e DEXA. BEZA-DEXA exibiu diminuição dos níveis de ácidos graxos livres, triglicérides e de insulina, mas não houve elevação dos níveis de glicose no sangue. Além disso, houve melhora na resistência à insulina e restauração do padrão de secreção de insulina, em comparação ao grupo DEXA. Nas ilhotas dos animais BEZA-DEXA a expressão das proteínas GPR40, PLCß1 e PKCδ foi significativamente maior em relação aos valores obtidos em DEXA. Esta via permaneceu inalterada nas ilhotas de DEXA e BEZA. Em conclusão, o tratamento com bezafibrato melhorou a função das células ß e impediu a indução de resistência à insulina pelo tratamento com dexametasona, mas os mecanismos não são conhecidos. O aumento na secreção de insulina em DEXA aparentemente não está relacionado com a ativação do GPR40. Contrariando a literatura, apesar da redução na secreção de insulina, as ilhotas dos animais BEZA-DEXA apresentaram ativação da via do GPR40Increased glucose-stimulated insulin secretion is an adaptive mechanism exhibited by pancreatic islets from insulin resistant animal. Studies report that the free fatty acids stimulate the insulin secretion via GPR40. As such, we investigate the expression of GPR40 in ß-cells and the involvement of lipids in dexamethasone-induced IR, by lipid-lowering therapy with bezafibrate. Groups received once daily gavage for 28 days: Control (CTL) and DEXA with gum Arabic 5% (1.0 mg/kg, body weight); BEZA and BEZA-DEXA with bezafibrate (300 mg/kg, b.w.). In the last 5 days of the treatment groups received intraperitoneal injections: CTL and BEZA of saline (1.0 mg/kg, b.w.); DEXA and BEZA-DEXA of dexamethasone (Decadron® 1.0 mg/kg, b.w.). The glucose-stimulated insulin secretion increased in the DEXA and BEZA groups. BEZA-DEXA shows decrease in fatty acids, triglycerides and insulin levels, but not raised blood glucose levels. In addition, there was improved in insulin resistance and restoration the insulin secretory pattern, when compared to DEXA group. In BEZA-DEXA islets, GPR40, PLCß1 and PKCδ protein content was significantly higher than DEXA. This pathway remained unchanged in DEXA and BEZA islets. In conclusion, bezafibrate treatment improved ß-cell function and prevented dexamethasone-induced IR, but the mechanisms are not known. Augmented insulin secretion in DEXA appears to be unrelated to the activation of the GPR40. Contrary to the literature, despite the reduction in insulin secretion, BEZA-DEXA islets showed activation of the GPR40 pathwayConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Bosqueiro, José Roberto [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Destro, Maiara [UNESP]2014-06-11T19:23:01Z2014-06-11T19:23:01Z2011-10-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis65 f.application/pdfDESTRO, Maiara. Avaliação da participação dos ácidos graxos nas adaptações das ilhotas pancreáticas à resistência periférica à insulina pelo tratamento com dexametasona. 2011. 65 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Botucatu, 2011.http://hdl.handle.net/11449/87800000674234destro_m_me_botib.pdf33004064080P3Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-10-22T06:10:41Zoai:repositorio.unesp.br:11449/87800Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T15:38:57.393768Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Avaliação da participação dos ácidos graxos nas adaptações das ilhotas pancreáticas à resistência periférica à insulina pelo tratamento com dexametasona
title Avaliação da participação dos ácidos graxos nas adaptações das ilhotas pancreáticas à resistência periférica à insulina pelo tratamento com dexametasona
spellingShingle Avaliação da participação dos ácidos graxos nas adaptações das ilhotas pancreáticas à resistência periférica à insulina pelo tratamento com dexametasona
Destro, Maiara [UNESP]
Insulina
Acidos graxos
Langerhans, Ilhots de
Pancreatic islet
title_short Avaliação da participação dos ácidos graxos nas adaptações das ilhotas pancreáticas à resistência periférica à insulina pelo tratamento com dexametasona
title_full Avaliação da participação dos ácidos graxos nas adaptações das ilhotas pancreáticas à resistência periférica à insulina pelo tratamento com dexametasona
title_fullStr Avaliação da participação dos ácidos graxos nas adaptações das ilhotas pancreáticas à resistência periférica à insulina pelo tratamento com dexametasona
title_full_unstemmed Avaliação da participação dos ácidos graxos nas adaptações das ilhotas pancreáticas à resistência periférica à insulina pelo tratamento com dexametasona
title_sort Avaliação da participação dos ácidos graxos nas adaptações das ilhotas pancreáticas à resistência periférica à insulina pelo tratamento com dexametasona
author Destro, Maiara [UNESP]
author_facet Destro, Maiara [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Bosqueiro, José Roberto [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Destro, Maiara [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Insulina
Acidos graxos
Langerhans, Ilhots de
Pancreatic islet
topic Insulina
Acidos graxos
Langerhans, Ilhots de
Pancreatic islet
description O aumento da secreção de insulina estimulada por glicose é um mecanismo adaptativo observado nas ilhotas pancreáticas de animais resistentes à insulina. Estudos relatam que os ácidos graxos livres estimulam a secreção de insulina através da ativação do GPR40. Diante destes fatos, investigamos a secreção de insulina, a expressão de proteínas da via do GPR40 nas células ß e a participação dos lipídios na resistência à insulina induzida por dexametasona, através do tratamento com o redutor de lipídios bezafibrato. Os grupos receberam gavagem uma vez ao dia durante 28 dias: Controle (CTL) e DEXA com goma arábica 5% (1 ml/kg, peso corpóreo); BEZA e BEZA-DEXA com bezafibrato (300 mg/kg, p.c.). Nos últimos 5 dias de tratamento os grupos receberam injeções intraperitoniais: CTL e BEZA de solução salina (1 ml/kg, p.c.); DEXA e BEZA-DEXA de dexametasona (Decadron® 1,0 mg/kg, p.c). A secreção de insulina estimulada por glicose aumentou nos grupos BEZA e DEXA. BEZA-DEXA exibiu diminuição dos níveis de ácidos graxos livres, triglicérides e de insulina, mas não houve elevação dos níveis de glicose no sangue. Além disso, houve melhora na resistência à insulina e restauração do padrão de secreção de insulina, em comparação ao grupo DEXA. Nas ilhotas dos animais BEZA-DEXA a expressão das proteínas GPR40, PLCß1 e PKCδ foi significativamente maior em relação aos valores obtidos em DEXA. Esta via permaneceu inalterada nas ilhotas de DEXA e BEZA. Em conclusão, o tratamento com bezafibrato melhorou a função das células ß e impediu a indução de resistência à insulina pelo tratamento com dexametasona, mas os mecanismos não são conhecidos. O aumento na secreção de insulina em DEXA aparentemente não está relacionado com a ativação do GPR40. Contrariando a literatura, apesar da redução na secreção de insulina, as ilhotas dos animais BEZA-DEXA apresentaram ativação da via do GPR40
publishDate 2011
dc.date.none.fl_str_mv 2011-10-31
2014-06-11T19:23:01Z
2014-06-11T19:23:01Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv DESTRO, Maiara. Avaliação da participação dos ácidos graxos nas adaptações das ilhotas pancreáticas à resistência periférica à insulina pelo tratamento com dexametasona. 2011. 65 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Botucatu, 2011.
http://hdl.handle.net/11449/87800
000674234
destro_m_me_botib.pdf
33004064080P3
identifier_str_mv DESTRO, Maiara. Avaliação da participação dos ácidos graxos nas adaptações das ilhotas pancreáticas à resistência periférica à insulina pelo tratamento com dexametasona. 2011. 65 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Botucatu, 2011.
000674234
destro_m_me_botib.pdf
33004064080P3
url http://hdl.handle.net/11449/87800
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 65 f.
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv Aleph
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808128544199409664