O caso das comunidades quilombolas no Trombetas: uma abordagem geográfica das unidades de conservação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Payão, Caique Alvim
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/250243
Resumo: A história da criação de unidades de conservação no Brasil, é repleta de conflitos envolvendo as comunidades locais e tradicionais. O autoritarismo nas políticas ambientais em relação a presença de grupos humanos no interior das unidades de conservação, fruto do pensamento preservacionista baseado na noção de wildernerss ou mundo selvagem, traz diversos problemas entre as unidades de conservação e populações tradicionais. Historicamente as cachoeiras e lagos do vale do rio Trombetas, são ocupadas por comunidades quilombolas que a partir do século XIX, que se estabeleceram na região, fugindo da escravidão das fazendas do Baixo Amazonas. Essas comunidades durante pelo menos dois séculos, desenvolveram diversas técnicas de manejos extrativistas sem degradação da natureza, chegando ocupar uma parcela importante na economia local, porém a partir da década de 60 passam por um processo de cercamento. Esse processo, que restringe a prática de seu modo de vida, através do discurso de desenvolvimento da nação e até mesmo proteção ambiental, marginaliza esses grupos novamente. Os interesses atrelados ao capital estrangeiro, com a exploração da bauxita e na tentativa de produção de energia, vêm se apropriando da pauta de proteção da natureza, para garantir segurança na exploração da área e comumente vem violando direitos humanos dos povos tradicionais.
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spelling O caso das comunidades quilombolas no Trombetas: uma abordagem geográfica das unidades de conservaçãoThe case of quilombola communities in Trombetas: a geographical approach to conservation unitsUnidades de conservaçãoComunidades tradicionaisNaturezaConservation unitsTraditional communitiesNatureA história da criação de unidades de conservação no Brasil, é repleta de conflitos envolvendo as comunidades locais e tradicionais. O autoritarismo nas políticas ambientais em relação a presença de grupos humanos no interior das unidades de conservação, fruto do pensamento preservacionista baseado na noção de wildernerss ou mundo selvagem, traz diversos problemas entre as unidades de conservação e populações tradicionais. Historicamente as cachoeiras e lagos do vale do rio Trombetas, são ocupadas por comunidades quilombolas que a partir do século XIX, que se estabeleceram na região, fugindo da escravidão das fazendas do Baixo Amazonas. Essas comunidades durante pelo menos dois séculos, desenvolveram diversas técnicas de manejos extrativistas sem degradação da natureza, chegando ocupar uma parcela importante na economia local, porém a partir da década de 60 passam por um processo de cercamento. Esse processo, que restringe a prática de seu modo de vida, através do discurso de desenvolvimento da nação e até mesmo proteção ambiental, marginaliza esses grupos novamente. Os interesses atrelados ao capital estrangeiro, com a exploração da bauxita e na tentativa de produção de energia, vêm se apropriando da pauta de proteção da natureza, para garantir segurança na exploração da área e comumente vem violando direitos humanos dos povos tradicionais.The history of the creation of conservation units in Brazil is full of conflicts involving local and traditional communities. The authoritarianism in environmental policies regarding the presence of human groups within protected areas, the result of conservationist thinking based on the notion of wilderness, brings several problems between protected areas and traditional populations. Historically, the waterfalls and lakes of the Trombetas river valley are occupied by quilombola communities that, since the 19th century, have settled in the region, fleeing from the slavery of the farms of the Lower Amazon. These communities, for at least two centuries, developed various techniques of extractive management without degradation of nature, occupying an important part of the local economy, but from the 1960s they went through a process of enclosure. This process, which restricts the practice of their way of life through the discourse of development of the nation and even environmental protection, marginalizes these groups again. The interests linked to foreign capital, with the exploitation of bauxite and the attempt to produce energy, have been taking over the nature protection agenda, to guarantee security in the exploitation of the area and commonly violate the human rights of traditional peoples.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Risso, Luciene Cristina [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Payão, Caique Alvim2023-08-11T17:33:49Z2023-08-11T17:33:49Z2020-12-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/250243porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-10-29T06:08:05Zoai:repositorio.unesp.br:11449/250243Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-10-29T06:08:05Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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