Educação, cultura e inclusão social

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aragão, José Euzébio de Oliveira Souza [UNESP]
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Cortez, Carla Magalhães [UNESP], Trindade, Fabiani Celena [UNESP]
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/publicacao.asp?codTrabalho=OTY4OQ==
http://hdl.handle.net/11449/146847
Resumo: O projeto oferece atividades culturais a crianças do 7° ano do Ensino Fundamental de uma escola pública de Rio Claro (SP). São alunos que vivenciam um cotidiano que os predispõem a uma trajetória social e profissional precarizada. Em sua maioria, estão destinados a ocupar posições subalternas no mercado de trabalho, seguindo a mesma trajetória de seu país. O presente projeto pretende dar uma outra dinâmica na formação e educação dessas crianças, complementando à sua educação formal, oportunidades de desenvolvimento a partir da aquisição de bens culturais, geralmente acessíveis apenas a crianças e adolescentes de famílias de nível socioeconômico mais alto. Além dos beneficiados diretos (os alunos), o projeto beneficia a escola, a família e a sociedade, na medida em que contribui para a formação de cidadãos mais críticos e autônomos. A proposta acredita que o acesso a opções culturais é parte fundamental de uma educação de qualidade. Na sociedade brasileira os bens culturais, assim como os bens materiais encontram-se distantes de grande parte das crianças e adolescentes, contribuindo para a formação de sujeitos diferentes e desiguais. Os filhos de trabalhadores têm uma inclusão social precarizada, dentre outros aspectos, por falta de capital cultural. O sistema de ensino, segundo Bourdieu, reproduz as desigualdades sociais. Na concepção de Gramsci, a escola deve unificar a formação, abrangendo a educação tradicional, com conteúdo teórico, literário, filosófico e científico com o trabalho prático. A partir do contato com a escola e com a realidade das crianças, detectada inicialmente por um diagnóstico socioeconômico em 2012, elaboramos uma programação por meio de um trabalho conjunto com professores de disciplinas como arte, língua portuguesa, geografia, história e educação física. Em 2012 trabalhamos com exibição de filmes, leitura e dramatização de filmes, com a organização de um piquenique folclórico, que contou com uma Oficina de Maracatu, ministrada pelo Grupo de Danças e Ritmos Brasileiros da Unesp/Rio Claro e confecção e empinação de pipas. Em 2013 demos continuidade ao projeto trabalhando com filmes, músicas, leitura, elaboração de textos e criação de uma Gibiteca administrada pelos próprios alunos. Está planejado neste segundo semestre uma visita aos Museu da Língua Portuguesa e Museu Cata-vento e também ao cinema da cidade. Alguns alunos se mostram dispostos a se envolver com as atividades propostas, porém ainda encontramos resistências. O nosso projeto ainda não conseguiu mudar a dura realidade do abandono escolar, contudo tentamos a cada dia humanizar essa relação de poder que é vista por eles em relação a nós, com o objetivo nos aproximarmos dos mesmos e mudar essa realidade.
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