Miomas submucosos: classificação pré-operatória para avaliação da viabilidade da cirurgia histeroscópica
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Data de Publicação: | 2004 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032004000400007 http://hdl.handle.net/11449/12073 |
Resumo: | OBJETIVO: desenvolver uma nova classificação pré-operatória dos miomas submucosos para avaliação da viabilidade e do grau de dificuldade da miomectomia histeroscópica. MÉTODOS: conduzimos um estudo onde quarenta e quatro pacientes foram submetidas a ressecção histeroscópica de 51 miomas submucosos. Foram considerados a possibilidade da ressecção total do mioma, o tempo cirúrgico, o balanço hídrico e a incidência de complicações. Os miomas foram classificados pela classificação da sociedade Européia de Cirurgia Endoscópica (CSECE) e pela Classificação Proposta (CP) pelo nosso grupo, que, além do grau de penetração do mioma no miométrio, adiciona como parâmetros a extensão da base do mioma em relação à parede do útero, o tamanho do nódulo em centímetros e a topografia na cavidade uterina. Para análise estatística foram usados o teste de Fisher, o teste t de Student e a análise de variância. Foi considerado estatisticamente significativo quando o valor de p-valor foi menor que 0,05 no teste bicaudal. RESULTADOS: em 47 miomas a cirurgia histeroscópica foi considerada completa. Não houve diferença significativa entre os três níveis (0, 1 e 2) da CSECE. Pela CP, a diferença quanto ao número de cirurgias completas foi significativa (p=0,001) entre os dois níveis (grupos I e II). A diferença da duração da cirurgia quando se compara as duas classificações foi significativa. em relação ao balanço hídrico, apenas a CP mostrou diferenças entre os níveis (p=0,02). CONCLUSÕES: a CP inclui mais dados sinalizadores das dificuldades da miomectomia histeroscópica do que a CSECE, atualmente em uso. Deve ser enfatizado que o número de miomectomias histeroscópicas usado para essa análise foi modesto, sendo interessante a avaliação do desempenho dessa classificação em séries maiores de casos. |
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Miomas submucosos: classificação pré-operatória para avaliação da viabilidade da cirurgia histeroscópicaSubmucous fibroids: presurgical classification to evaluate the viability of hysteroscopic surgical treatmentMiomaMiomectomiaHisteroscopiaMyomaHysteroscopyMyomectomyOBJETIVO: desenvolver uma nova classificação pré-operatória dos miomas submucosos para avaliação da viabilidade e do grau de dificuldade da miomectomia histeroscópica. MÉTODOS: conduzimos um estudo onde quarenta e quatro pacientes foram submetidas a ressecção histeroscópica de 51 miomas submucosos. Foram considerados a possibilidade da ressecção total do mioma, o tempo cirúrgico, o balanço hídrico e a incidência de complicações. Os miomas foram classificados pela classificação da sociedade Européia de Cirurgia Endoscópica (CSECE) e pela Classificação Proposta (CP) pelo nosso grupo, que, além do grau de penetração do mioma no miométrio, adiciona como parâmetros a extensão da base do mioma em relação à parede do útero, o tamanho do nódulo em centímetros e a topografia na cavidade uterina. Para análise estatística foram usados o teste de Fisher, o teste t de Student e a análise de variância. Foi considerado estatisticamente significativo quando o valor de p-valor foi menor que 0,05 no teste bicaudal. RESULTADOS: em 47 miomas a cirurgia histeroscópica foi considerada completa. Não houve diferença significativa entre os três níveis (0, 1 e 2) da CSECE. Pela CP, a diferença quanto ao número de cirurgias completas foi significativa (p=0,001) entre os dois níveis (grupos I e II). A diferença da duração da cirurgia quando se compara as duas classificações foi significativa. em relação ao balanço hídrico, apenas a CP mostrou diferenças entre os níveis (p=0,02). CONCLUSÕES: a CP inclui mais dados sinalizadores das dificuldades da miomectomia histeroscópica do que a CSECE, atualmente em uso. Deve ser enfatizado que o número de miomectomias histeroscópicas usado para essa análise foi modesto, sendo interessante a avaliação do desempenho dessa classificação em séries maiores de casos.OBJECTIVE: to develop a new preoperative classification of submucous myomas to evaluate the viability and the degree of difficulty of hysteroscopic myomectomy. METHODS: forty-four patients were submitted to hysteroscopic resection of submucous myomas. The possibility of total resection of the myoma, the surgery duration, the fluid deficit, and the incidence of complications were evaluated. The myomas were classified by the Classification of the European Society of Endoscopic Surgery (CESES) and by the classification proposed (CP) by our group, that besides the degree of penetration of the myoma in the myometrium, adds the parameters: extent of the base of the myoma as related to the uterine wall, the size of the myoma in centimeters and its topography at the uterine cavity. For statistical analysis the Fisher test, the Student t test and the analysis of variance were used. Statistic significance was considered when the p-value was smaller than 0.05 in the bicaudal test. RESULTS: in 47 myomas the hysteroscopic surgery was considered complete. There was no significant difference among the three levels (0, 1 and 2) by CESES. By CP, the difference among the number of complete surgeries was significant (p=0.001) between the two levels (groups I and II). The difference between the surgery duration was significant when the two classifications were compared. In relation to the fluid deficit, just CP presented significant differences among the levels (p=0,02). CONCLUSIONS: the proposed classification includes more clues about the difficulties of the hysteroscopic myomectomy than the standard classification. It should be noted that the number of hysteroscopic myomectomies used for that analysis was modest, being interesting to evaluate the performance of the proposed classification in larger series of cases.Universidade Estadual Paulista Faculdade de Medicina de BotucatuUniversidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de MedicinaFaculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) - FAMERP - SPUniversidade Estadual Paulista Faculdade de Medicina de BotucatuFederação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e ObstetríciaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)Lasmar, Ricardo Bassil [UNESP]Barrozo, Paulo Roberto Mussel [UNESP]Dias, Rogerio [UNESP]Oliveira, Marco Aurélio Pinho dePontes, Anaglória [UNESP]Dias, Daniel Spadoto [UNESP]2014-05-20T13:35:08Z2014-05-20T13:35:08Z2004-05-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article305-309application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032004000400007Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 26, n. 4, p. 305-309, 2004.0100-7203http://hdl.handle.net/11449/1207310.1590/S0100-72032004000400007S0100-72032004000400007S0100-72032004000400007.pdf94768438745834990514178654667684SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia0,292info:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-16T14:13:01Zoai:repositorio.unesp.br:11449/12073Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-16T14:13:01Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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