Cadeia global de produção do lítio: o imperialismo como impasse à reindustrialização brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bittencourt, Lucas Fukami
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/244435
Resumo: As revoluções industriais pelas quais já passamos nos levaram a uma produção em larga escala que acabou atravessando fronteiras jamais imaginadas. Isso se expressa em uma emissão excessiva de dióxido de carbono na atmosfera, o que gera drásticas mudanças noclima da Terra. Toda essa mudança reverbera em desastres naturais e sociais, tornando urgente a adoção de um novo modo de gerar energia. Logo, passamos por uma fase de transição energética para cada vez maior uso de energias renováveis. Porém, toda energia deve ser retida em uma bateria e, até o momento, as baterias de íon-lítio são as mais rentáveis ao mercado e também com maior qualidade. Por isso, a demanda por lítio aumentou significativamente no decorrer dos anos. Há depósitos de lítio já identificados e diversos países, especialmente na América Latina, que desempenha papel fundamental nessa ascendente cadeia produtiva. Todavia, a história do continente reflete no mercado internacional. A divisão internacional do trabalho, com sua história e geografia, assume centralidade em relação ao imperialismo. Nesses territórios, em especial o Brasil, exerce uma função restrita, dominado pelo neoextrativismo na produção e resulta na expansão das fronteiras das commodities para exportação, maior participação no PIB e ainda estimula a desindustrialização do país. O imperialismo contribui para que o Brasil adentre o mercado de lítio com baixo valor agregado exportado, perdendo espaços no mercado internacional sendo apenas consumidor dos produtos de alto valor agregado fornecidas pelas empresas, sobretudo, transnacionais. O Brasil ocupa função secundária na cadeia produtiva do lítio.
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