Anestesia por tumescência com lidocaína a 0,1 ou ropivacaína a 0,1 em cadelas submetidas à mastectomia unilateral radical
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/153263 |
Resumo: | A anestesia local tumescente é uma técnica muito disseminada na medicina. No entanto, na veterinária ainda há certo preconceito quanto sua realização, apesar dos benefícios comprovados. O delineamento experimental proposto teve como objetivo determinar o efeito de soluções de tumescência com lidocaína 0,1% ou ropivacaína 0,1% em relação ao tempo de analgesia pós-operatória e às possíveis interferências nos parâmetros cardiorrespiratórios de cadelas submetidas à mastectomia unilateral radical. Foram utilizadas 16 cadelas, distribuídas em 2 grupos (n = 8) que se diferenciaram pelo anestésico local utilizado. As pacientes do grupo GL receberam solução de tumescência com lidocaína a 0,1% e as fêmeas do grupo GR receberam solução com ropivacaína a 0,1%, utilizando-se cânula de Klein para administração de ambas as soluções. Como medicação pré-anestesica foi utilizado cloridrato de clorpromazina (0,3 mg/kg) associada ao cloridrato de meperidina (3 mg/kg) pela via intramuscular. A indução anestésica foi feita com propofol dose efeito, pela via intravenosa e a manutenção anestésica foi realizada com isofluorano, em ventilação espontânea. A coleta de dados iniciou-se no período pré-operatório (Mbasal), em que se mensurou as frequências cardíaca (FC) e respiratória (ƒ), pressão arterial sistólica (PAS) e temperatura retal (TR). No período transoperatório os momentos de aferição foram padronizados de acordo com o ato cirúrgico-anestésico e os dados analisados foram FC, ƒ, pressão arterial média (PAM), consumo do anestésico inalatório e TR. Já no período pós-operatório, a coleta dos dados FC, ƒ, PAS, TR e eficácia da analgesia pós-operatória, iniciou-se logo após a extubação (Mextub) e se estendeu até 12 horas após ela (12h). A analgesia pós-operatória foi avaliada com o auxílio da Escala de Glasgow modificada e dos filamentos de von Frey. Para a análise estatística empregou-se a análise de variância, seguida pelo teste de Tukey (p ≤ 0,05) para as variáveis quantitativas contínuas e o teste de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney para as variáveis categóricas. Na avaliação do escore de dor, houve diferença estatística entre os grupos em Mextub e 12h e não houve diferenças em relação à avaliação pelos filamentos de von Frey. Nas demais variáveis não se observou diferença significativa entre os grupos, mas algumas apresentaram diferença estatística entre os momentos dentro do mesmo grupo, como o consumo de anestésico inalatório, que apresentou médias maiores durante o arrancamento das mamas (M4), em ambos os grupos. A solução de ropivacaína confere analgesia de pelo menos 12 horas e as soluções testadas não interferem nos parâmetros cardiorrespiratórios. |
id |
UNSP_d10727809530f062c9a1f2673d50fe33 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unesp.br:11449/153263 |
network_acronym_str |
UNSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNESP |
repository_id_str |
2946 |
spelling |
Anestesia por tumescência com lidocaína a 0,1 ou ropivacaína a 0,1 em cadelas submetidas à mastectomia unilateral radicalTumescent anesthesia with 0.1 lidocaine or 0.1 ropivacaine in bitches submitted to radical unilateral mastectomyanestesia local tumescenteanestésico localcãesdorlocal tumescent anesthesialocal anestheticdogspainA anestesia local tumescente é uma técnica muito disseminada na medicina. No entanto, na veterinária ainda há certo preconceito quanto sua realização, apesar dos benefícios comprovados. O delineamento experimental proposto teve como objetivo determinar o efeito de soluções de tumescência com lidocaína 0,1% ou ropivacaína 0,1% em relação ao tempo de analgesia pós-operatória e às possíveis interferências nos parâmetros cardiorrespiratórios de cadelas submetidas à mastectomia unilateral radical. Foram utilizadas 16 cadelas, distribuídas em 2 grupos (n = 8) que se diferenciaram pelo anestésico local utilizado. As pacientes do grupo GL receberam solução de tumescência com lidocaína a 0,1% e as fêmeas do grupo GR receberam solução com ropivacaína a 0,1%, utilizando-se cânula de Klein para administração de ambas as soluções. Como medicação pré-anestesica foi utilizado cloridrato de clorpromazina (0,3 mg/kg) associada ao cloridrato de meperidina (3 mg/kg) pela via intramuscular. A indução anestésica foi feita com propofol dose efeito, pela via intravenosa e a manutenção anestésica foi realizada com isofluorano, em ventilação espontânea. A coleta de dados iniciou-se no período pré-operatório (Mbasal), em que se mensurou as frequências cardíaca (FC) e respiratória (ƒ), pressão arterial sistólica (PAS) e temperatura retal (TR). No período transoperatório os momentos de aferição foram padronizados de acordo com o ato cirúrgico-anestésico e os dados analisados foram FC, ƒ, pressão arterial média (PAM), consumo do anestésico inalatório e TR. Já no período pós-operatório, a coleta dos dados FC, ƒ, PAS, TR e eficácia da analgesia pós-operatória, iniciou-se logo após a extubação (Mextub) e se estendeu até 12 horas após ela (12h). A analgesia pós-operatória foi avaliada com o auxílio da Escala de Glasgow modificada e dos filamentos de von Frey. Para a análise estatística empregou-se a análise de variância, seguida pelo teste de Tukey (p ≤ 0,05) para as variáveis quantitativas contínuas e o teste de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney para as variáveis categóricas. Na avaliação do escore de dor, houve diferença estatística entre os grupos em Mextub e 12h e não houve diferenças em relação à avaliação pelos filamentos de von Frey. Nas demais variáveis não se observou diferença significativa entre os grupos, mas algumas apresentaram diferença estatística entre os momentos dentro do mesmo grupo, como o consumo de anestésico inalatório, que apresentou médias maiores durante o arrancamento das mamas (M4), em ambos os grupos. A solução de ropivacaína confere analgesia de pelo menos 12 horas e as soluções testadas não interferem nos parâmetros cardiorrespiratórios.Tumescent local anesthesia is a very widespread technique in medicine. However in veterinary there is still some prejudice as to its achievement despite the proven benefits. The aim of the experimental design was to determine the effect of tumescence solutions with 0.1% lidocaine or 0.1% ropivacaine in relation to the time of postoperative analgesia and the possible interference in the physiological parameters of bitches submitted to radical unilateral mastectomy. Sixteen bitches were used, distributed in 2 groups (n = 8) that were differentiated by the local anesthetic used. Patients in the GL group received 0.1% lidocaine tumescent solution and the GR females received 0.1% ropivacaine solution using Klein's cannula for administration of both solutions. As preanesthetic medication, chlorpromazine hydrochloride (0.3 mg/kg) associated with meperidine hydrochloride (3 mg/kg) was used intramuscularly. Anesthetic induction was performed with intravenous propofol to effect and anesthetic maintenance was performed with isoflurane, in spontaneous ventilation. Data collection began in the preoperative period (Mbasal), in which the heart (HR) and respiratory (ƒ) rate, systolic blood pressure (SBP) and rectal temperature (RT) were measured. In the transoperative period, the moments of measurement were standardized according to the surgical-anesthetic act and the data analyzed were HR, ƒ, mean arterial pressure (MAP), consumption of inhaled anesthetic and RT. In the postoperative period, the data collection FC, ƒ, PAS, RT and efficacy of postoperative analgesia, started shortly after extubation (Mextub) and extended up to 12 hours after it (12h). Postoperative analgesia was evaluated with the aid of the modified Glasgow Scale and von Frey filaments. Statistical analysis was performed using the Tukey's test (p ≤ 0.05) for the continuous quantitative variables and the Kruskal-Wallis and MannWhitney test for the categorical variables. In the evaluation of the pain score, there were statistical differences between the groups in Mextub and 12h and there were no differences in relation to the evaluation by the von Frey filaments. In the other variables, no significant difference was observed between the groups, but some presented a statistical difference between the moments within the same group, such as the consumption of inhaled anesthetic, which presented higher averages during breast pull (M4) in both groups. The ropivacaine solution provides analgesia of at least 12 hours and the solutions tested do not interfere with cardiorespiratory parameters.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Nunes, Newton [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Rocha, Fabiana Del Lama2018-03-28T12:59:27Z2018-03-28T12:59:27Z2018-02-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15326300089899833004102069P80023783814889740porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-05T12:50:54Zoai:repositorio.unesp.br:11449/153263Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T16:31:12.378107Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Anestesia por tumescência com lidocaína a 0,1 ou ropivacaína a 0,1 em cadelas submetidas à mastectomia unilateral radical Tumescent anesthesia with 0.1 lidocaine or 0.1 ropivacaine in bitches submitted to radical unilateral mastectomy |
title |
Anestesia por tumescência com lidocaína a 0,1 ou ropivacaína a 0,1 em cadelas submetidas à mastectomia unilateral radical |
spellingShingle |
Anestesia por tumescência com lidocaína a 0,1 ou ropivacaína a 0,1 em cadelas submetidas à mastectomia unilateral radical Rocha, Fabiana Del Lama anestesia local tumescente anestésico local cães dor local tumescent anesthesia local anesthetic dogs pain |
title_short |
Anestesia por tumescência com lidocaína a 0,1 ou ropivacaína a 0,1 em cadelas submetidas à mastectomia unilateral radical |
title_full |
Anestesia por tumescência com lidocaína a 0,1 ou ropivacaína a 0,1 em cadelas submetidas à mastectomia unilateral radical |
title_fullStr |
Anestesia por tumescência com lidocaína a 0,1 ou ropivacaína a 0,1 em cadelas submetidas à mastectomia unilateral radical |
title_full_unstemmed |
Anestesia por tumescência com lidocaína a 0,1 ou ropivacaína a 0,1 em cadelas submetidas à mastectomia unilateral radical |
title_sort |
Anestesia por tumescência com lidocaína a 0,1 ou ropivacaína a 0,1 em cadelas submetidas à mastectomia unilateral radical |
author |
Rocha, Fabiana Del Lama |
author_facet |
Rocha, Fabiana Del Lama |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Nunes, Newton [UNESP] Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rocha, Fabiana Del Lama |
dc.subject.por.fl_str_mv |
anestesia local tumescente anestésico local cães dor local tumescent anesthesia local anesthetic dogs pain |
topic |
anestesia local tumescente anestésico local cães dor local tumescent anesthesia local anesthetic dogs pain |
description |
A anestesia local tumescente é uma técnica muito disseminada na medicina. No entanto, na veterinária ainda há certo preconceito quanto sua realização, apesar dos benefícios comprovados. O delineamento experimental proposto teve como objetivo determinar o efeito de soluções de tumescência com lidocaína 0,1% ou ropivacaína 0,1% em relação ao tempo de analgesia pós-operatória e às possíveis interferências nos parâmetros cardiorrespiratórios de cadelas submetidas à mastectomia unilateral radical. Foram utilizadas 16 cadelas, distribuídas em 2 grupos (n = 8) que se diferenciaram pelo anestésico local utilizado. As pacientes do grupo GL receberam solução de tumescência com lidocaína a 0,1% e as fêmeas do grupo GR receberam solução com ropivacaína a 0,1%, utilizando-se cânula de Klein para administração de ambas as soluções. Como medicação pré-anestesica foi utilizado cloridrato de clorpromazina (0,3 mg/kg) associada ao cloridrato de meperidina (3 mg/kg) pela via intramuscular. A indução anestésica foi feita com propofol dose efeito, pela via intravenosa e a manutenção anestésica foi realizada com isofluorano, em ventilação espontânea. A coleta de dados iniciou-se no período pré-operatório (Mbasal), em que se mensurou as frequências cardíaca (FC) e respiratória (ƒ), pressão arterial sistólica (PAS) e temperatura retal (TR). No período transoperatório os momentos de aferição foram padronizados de acordo com o ato cirúrgico-anestésico e os dados analisados foram FC, ƒ, pressão arterial média (PAM), consumo do anestésico inalatório e TR. Já no período pós-operatório, a coleta dos dados FC, ƒ, PAS, TR e eficácia da analgesia pós-operatória, iniciou-se logo após a extubação (Mextub) e se estendeu até 12 horas após ela (12h). A analgesia pós-operatória foi avaliada com o auxílio da Escala de Glasgow modificada e dos filamentos de von Frey. Para a análise estatística empregou-se a análise de variância, seguida pelo teste de Tukey (p ≤ 0,05) para as variáveis quantitativas contínuas e o teste de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney para as variáveis categóricas. Na avaliação do escore de dor, houve diferença estatística entre os grupos em Mextub e 12h e não houve diferenças em relação à avaliação pelos filamentos de von Frey. Nas demais variáveis não se observou diferença significativa entre os grupos, mas algumas apresentaram diferença estatística entre os momentos dentro do mesmo grupo, como o consumo de anestésico inalatório, que apresentou médias maiores durante o arrancamento das mamas (M4), em ambos os grupos. A solução de ropivacaína confere analgesia de pelo menos 12 horas e as soluções testadas não interferem nos parâmetros cardiorrespiratórios. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-03-28T12:59:27Z 2018-03-28T12:59:27Z 2018-02-23 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11449/153263 000898998 33004102069P8 0023783814889740 |
url |
http://hdl.handle.net/11449/153263 |
identifier_str_mv |
000898998 33004102069P8 0023783814889740 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNESP instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNESP |
collection |
Repositório Institucional da UNESP |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808128665627656192 |