Famílias e adoção: trajetórias, rupturas e permanências

• Autor(a) principal: Lima, Poliane Goulart de [UNESP]
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/98604
• topic: Serviço social - Prática profissional; Adoção - Aspectos jurídicos - Minas Gerais; Serviço social com a familia - Brasil; Família - Aspectos sociais; Pais e filhos - Família; Social Service

Este trabalho busca compreender os aspectos históricos, sociais, culturais e ideológicos presentes na decisão pela adoção. Visa, ainda, contribuir com a atuação profissional do assistente social no campo sócio-jurídico, bem como para a ampliação de adoções necessárias (crianças maiores, em grupos de irmãos e com problemas de saúde). A partir da pesquisa documental com ações judiciais de adoção em uma comarca do interior do Estado de Minas Gerais, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com seis sujeitos, ou seja, com três casais adotantes. As entrevistas foram analisadas por meio da análise de conteúdo, buscando apreender das falas dos sujeitos como suas trajetórias relativas à adoção apresentam permanências e rupturas em relação às práticas histórica e culturalmente presentes na sociedade quanto ao acolhimento de crianças e adolescentes. Mostra ainda, como as circunstâncias cotidianas muitas vezes conduzem acolhimentos a princípio provisórios à adoção e como coexistem as adoções mediadas pelo Poder Judiciário e aquelas efetivadas às margens do mesmo, buscado, posteriormente, para regulamentá-las. O estudo evidenciou que ainda que a convivência familiar e comunitária se configure como um direito das crianças e adolescentes, sua concretização ainda é um desafio, apesar do significativo número de pessoas e casais habilitados à adoção. Assim, faz-se necessário que os profissionais envolvidos com a efetivação das adoções busquem estratégias que possibilitem que a adoção efetivamente atenda aos interesses das crianças e adolescentes, sensibilizando os adultos (adotantes) para as adoções necessárias, entrelaçando, assim, famílias e adoção de modo mais condizente com a realidade do país