Inclusão social do deficiente visual: experiência e resultados de Assis
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27492009000600007 http://hdl.handle.net/11449/12686 |
Resumo: | OBJETIVOS: Traçar o perfil do usuário da Sala de Recursos para Deficiente Visual na cidade de Assis - SP, avaliar a porcentagem de deficientes visuais empregados e comparar o emprego com idade, gênero, tipo de deficiência e doença causadora da deficiência, entre dois períodos: de 1984 a 1996 e de 1997 a 2009. MÉTODOS: Foi realizado estudo retrospectivo dos prontuários médicos e da ficha escolar dos portadores de deficiência visual que frequentaram a Sala de Recursos para Deficiente Visual, no período de 1984 a 2009 na cidade de Assis - SP, divididos em dois períodos de 1984 a 1996 (G1) e de 1997 a 2009 (G2). Analisaram-se dados demográficos, a doença que provocou a baixa visão, o tipo de deficiência visual (cegueira ou baixa visão), escolaridade, recursos ópticos, frequência à Sala de Recursos para Deficiente Visual e taxa de emprego. Foi feita associação da taxa de emprego com: idade, gênero, raça/cor, tipo de deficiência e doença nos dois diferentes períodos. RESULTADOS: Foram encontrados 149 deficientes visuais sendo: 61,07% homens, 38,9% mulheres, 82,5% brancos e 17,4% não brancos e a mediana da idade foi de 18 anos. Dos 149 deficientes visuais, 63,75% eram portadores de baixa visão e 36,24% portadores de cegueira. As principais doenças que levaram à deficiência visual dos 149 pacientes foram em ordem decrescente: retinocoroidite por toxoplasmose (17,40%), atrofia óptica congênita (12,10%), alta hipermetropia (8,72%), retinose pigmentar e alta miopia (6,71% cada uma) e glaucoma congênito e catarata congênita (6,04% cada uma). A frequência à Sala de Recursos para Deficiente Visual foi boa em mais de 50% dos pacientes. Estavam trabalhando regularmente 44,7% e 12,3% dos maiores de 14 anos respectivamente nos períodos de 1984 - 1996 e de 1997 - 2009. Não houve diferença entre os dois períodos quanto às características demográficas, tipo de deficiência e doenças, havendo correlação da taxa de emprego apenas com a idade (pacientes com média de idade maior apresentavam maior porcentagem de emprego). CONCLUSÕES: Os deficientes visuais eram na maioria homens, brancos, portadores de baixa visão e portadores de toxoplasmose ocular. Quase metade (44,7%) dos pacientes com mais de 14 anos encontrava-se trabalhando regularmente até 1996 sugerindo que esforços conjuntos de oftalmologistas e educadores auxilia na inclusão social destes pacientes. A taxa de emprego caiu no período de 1997 a 2009 e a de aposentados aumentou. |
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Inclusão social do deficiente visual: experiência e resultados de AssisSocial inclusion for visually impaired: experience and results from AssisTranstornos da visãoCegueiraBaixa visãoEmpregoServiços de saúde comunitáriaSocializaçãoVision disordersBlindnessVision, lowEmploymentCommunity health centersSocializationOBJETIVOS: Traçar o perfil do usuário da Sala de Recursos para Deficiente Visual na cidade de Assis - SP, avaliar a porcentagem de deficientes visuais empregados e comparar o emprego com idade, gênero, tipo de deficiência e doença causadora da deficiência, entre dois períodos: de 1984 a 1996 e de 1997 a 2009. MÉTODOS: Foi realizado estudo retrospectivo dos prontuários médicos e da ficha escolar dos portadores de deficiência visual que frequentaram a Sala de Recursos para Deficiente Visual, no período de 1984 a 2009 na cidade de Assis - SP, divididos em dois períodos de 1984 a 1996 (G1) e de 1997 a 2009 (G2). Analisaram-se dados demográficos, a doença que provocou a baixa visão, o tipo de deficiência visual (cegueira ou baixa visão), escolaridade, recursos ópticos, frequência à Sala de Recursos para Deficiente Visual e taxa de emprego. Foi feita associação da taxa de emprego com: idade, gênero, raça/cor, tipo de deficiência e doença nos dois diferentes períodos. RESULTADOS: Foram encontrados 149 deficientes visuais sendo: 61,07% homens, 38,9% mulheres, 82,5% brancos e 17,4% não brancos e a mediana da idade foi de 18 anos. Dos 149 deficientes visuais, 63,75% eram portadores de baixa visão e 36,24% portadores de cegueira. As principais doenças que levaram à deficiência visual dos 149 pacientes foram em ordem decrescente: retinocoroidite por toxoplasmose (17,40%), atrofia óptica congênita (12,10%), alta hipermetropia (8,72%), retinose pigmentar e alta miopia (6,71% cada uma) e glaucoma congênito e catarata congênita (6,04% cada uma). A frequência à Sala de Recursos para Deficiente Visual foi boa em mais de 50% dos pacientes. Estavam trabalhando regularmente 44,7% e 12,3% dos maiores de 14 anos respectivamente nos períodos de 1984 - 1996 e de 1997 - 2009. Não houve diferença entre os dois períodos quanto às características demográficas, tipo de deficiência e doenças, havendo correlação da taxa de emprego apenas com a idade (pacientes com média de idade maior apresentavam maior porcentagem de emprego). CONCLUSÕES: Os deficientes visuais eram na maioria homens, brancos, portadores de baixa visão e portadores de toxoplasmose ocular. Quase metade (44,7%) dos pacientes com mais de 14 anos encontrava-se trabalhando regularmente até 1996 sugerindo que esforços conjuntos de oftalmologistas e educadores auxilia na inclusão social destes pacientes. A taxa de emprego caiu no período de 1997 a 2009 e a de aposentados aumentou.PURPOSES: To establish the visually impaired resource class users profile in the city of Assis - SP, to estimate the visually impaired employment percentage and to compare employment rate with age, gender, deficiency type and causing disease between two periods:1984 - 1996 and 1997 - 2009. METHODS: Retrospective review of both medical and school records from visually impaired individuals attending visually impaired resource class in Assis - SP between 1984 and 2009. This time period was divided into two intervals: 1984 - 1996 (G1) and 1997 - 2009 (G2). Collected data included demographic features and diseases, type of visual impairment (blindness or low vision), education, optic aids, attendance to visually impaired resource class and employment rate. Employment rate was associated with age, gender, type of visual impaiment and causing disease between both study time intervals. RESULTS: A total of 149 visually impaired individuals were identified - 61.07% male, 38.9% female, 82.5% white, and 17.4% non-white. Mean age was 18 years. of the 149 visually impaired, 63.75% had low vision and 36.24% were blind. In decreasing order, the more frequent conditions leading to visual impairment were toxoplasmosis retinochoroiditis (17.40%), congenital optic atrophy (9.39%), high hyperopia (8.72%), pigmentary retinosis and high myopia (with 6.71% each) and congenital glaucoma and congenital cataract (with 6.04% each). Attendance to visually impaired resource class was good by over 50% of the patients. of the individuals >14 years-old, 44.7% and 12.3% were regularly employed during 1984 - 1996 and 1997 - 2009 periods, respectively. Employment rate only correlated with age (individuals with higher mean age were most frequently employed) and there was not correlation with demographic characteristics, deficiency type and causing diseases. CONCLUSIONS: The main characteristics of the individuals attending the visually impaired resource class are: male, white, with low vision and ocular toxoplasmosis. Nearly half of the individuals older than 14 years-old (44.7%) were regularly employed up to 1996, suggesting that the joint effort of ophthalmologists and teachers helps the social inclusion of these patients. Employment rate dropped over 1997 - 2009 period, and the rate of retirees increased.UNESP Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e PescoçoUniversidade Estadual de CampinasUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Departamento de OftalmologiaUniversidade de Santo AmaroInstituto de Oftalmologia de AssisUNESP Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e PescoçoConselho Brasileiro de OftalmologiaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Universidade de Santo AmaroInstituto de Oftalmologia de AssisAndreghetti, EduardoSilva, Maria Rosa Bet de Moraes [UNESP]José, Newton KaraMaia, MaurícioAndreghetti, Mariana de RezendeAntunes, Valcir Coronado2014-05-20T13:36:52Z2014-05-20T13:36:52Z2009-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article776-782application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0004-27492009000600007Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Conselho Brasileiro de Oftalmologia, v. 72, n. 6, p. 776-782, 2009.0004-2749http://hdl.handle.net/11449/1268610.1590/S0004-27492009000600007S0004-27492009000600007WOS:000274591700007S0004-27492009000600007.pdf5988776856320701SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporArquivos Brasileiros de Oftalmologia1.0260,518info:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-16T18:44:17Zoai:repositorio.unesp.br:11449/12686Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-16T18:44:17Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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