O mercado imobiliário em Chapecó/SC e Mossoró/RN: produção e consumo do espaço em cidades médias

• Autor(a) principal: Silva, Érika da
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/252303
• topic: Produção do espaço urbano; Mercado imobiliário; Cidades médias; Chapecó/SC; Mossoró/RN; Space production; Real state market; Medium cities

As transformações no mercado imobiliário brasileiro, no início do século XXI, sejam consideradas a partir da produção, sejam a partir do consumo, têm apontado para a reestruturação das cidades, expressando novas configurações econômicas e sociais do espaço, aprofundando as desigualdades socioespaciais e destacando novos e seletivos vetores de expansão territorial. Neste contexto, o estudo do funcionamento do mercado imobiliário é ferramenta importante na análise das alterações das dinâmicas espaciais. O presente estudo teve como principal objetivo analisar e compreender como a dinâmica do mercado imobiliário tem conduzido a constituição e estruturação das cidades de Chapecó/SC e Mossoró/RN, entre os anos de 1995 e 2023, por meio da investigação dos processos históricos de expansão territorial urbana, da relação do par centro – periferia e a divisão social do espaço. O trabalho teve como base de análise a coleta e classificação dos dados de anúncios de oferta de imóveis, a partir de classificados publicados em jornais de circulação de cada cidade entre os anos 1995 e 2015 e através de Web Scraping de plataforma digital no ano de 2023. Buscou-se, através da sistematização e espacialização de dados de ofertas imobiliárias, observar o papel do mercado imobiliário na condução do processo de produção do espaço urbano das cidades. Os resultados demonstram que em ambas as cidades, dadas suas especificidades, há clara distinção dos locais destinados aos diferentes segmentos socioeconômicos, evidenciada pelos valores médios do metro quadrado da terra urbana, o que condiciona o acesso ao consumo. O conjunto dos dados permite, ainda, interpretar as tendências de mudanças e permanências na produção das cidades, enfatizando as desigualdades socioespaciais, em particular a problematização do processo de fragmentação socioespacial.