As implicações da elevação da temperatura na duração da espermatogênese em Astyanax altiparanae (Characiformes, Characidae)

• Autor(a) principal: Quirino, Patricia Postingel [UNESP]
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/151601
• topic: Bromodeoxiuridina; Espermatogônias; Lambari; Reprodução

Frente ao cenário de mudanças climáticas estabelecidas e consequentemente às alterações da temperatura global, torna-se essencial estudar os seus efeitos na espermatogênese dos animais. Sendo assim, objetivou-se caracterizar morfológica e estereológicamente os tipos celulares encontrados na espermatogênese do lambari Astyanax altiparanae, além de determinar as fases testiculares e a verificar a duração da espermatogênese em diferentes temperaturas. Para tal, noventa e seis espécimes machos e adultos de A. altiparanae foram mantidos em sistema de circulação fechada sob temperatura da água estabilizada à 27ºC (temperatura de conforto) e 32ºC. Posteriormente, os espécimes receberam pulsos de BrdU (bromodeoxiuridina) na concentração de 100 mg/Kg/dia por 2 dias consecutivos, sendo as coletas realizadas diariamente por um período de 15 dias. Os testículos foram removidos, fixados, processados, incluídos em historesina e seccionados a 3µm, submetidos a colorações de Hematoxilina/Eosina e a técnicas de imunodetecção de BrdU. Os resultados obtidos a partir da temperatura de conforto da espécie permitiram classificar as espermatogônias de A. altiparanae em A-indiferenciadas*, A-indiferenciadas, A-diferenciadas e espermatogônias B. Assim como, caracterizar o ciclo reprodutivo da espécie em Regredido, Maturação Inicial, Maturação Intermediária, Maturação Final e em Regressão. A duração da espermatogênese foi determinada em aproximadamente seis dias para animais em 27°C e um dia para animais em 32°C. A temperatura elevada também foi responsável por aumento de proliferação celular em cistos de espermátides, em espermatozoides e células em morte celular (células picnóticas).