Coléteres dendróides em Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum., uma espécie não-nodulada de Rubiaceae
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0100-84042007000300005 http://hdl.handle.net/11449/17265 |
Resumo: | Coléteres dendróides em Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum., uma espécie não-nodulada de Rubiaceae). Este trabalho descreve a distribuição, estrutura e histoquímica dos coléteres presentes em ápices vegetativo e reprodutivo de Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum., uma espécie de Rubiaceae nativa do cerrado. Coléteres dendróides, nesta família, têm sido freqüentemente associados com a presença de nódulos bacterianos nas folhas. As amostras foram preparadas segundo técnicas usuais em microscopia de luz e eletrônica de varredura. Testes histoquímicos foram feitos em secções de material recém coletado. Os coléteres são do tipo dendróide e ocorrem na face adaxial das estípulas, brácteas e sépalas; consistem de um eixo central multicelular e multisseriado, de natureza parenquimática, revestido por células epidérmicas digitiformes ou pontiagudas de tamanhos irregulares, unidas entre si somente na porção proximal e separadas umas das outras na porção distal. As células colunares são axialmente alongadas e possuem paredes espessas, núcleo conspícuo, citoplasma reduzido, vacúolo desenvolvido com acúmulo de lipídeos e substâncias fenólicas. As células epidérmicas possuem paredes delgadas, núcleo conspícuo, citoplasma abundante e vacuoma pouco desenvolvido. Os coléteres não possuem cutícula. A secreção é mais abundante no ápice vegetativo, impregnando os primórdios foliares e as estípulas, formando uma capa esférica dura, brilhante e hidrofóbica. em todas as amostras analisadas, os testes histoquímicos detectaram polissacarídeos, proteínas e lipídeos no protoplasto de células colunares e epidérmicas; compostos fenólicos foram detectados unicamente nas células colunares. A natureza resinosa do exsudato foi confirmada com o uso do solvente éter dietílico. Não foram encontrados nódulos bacterianos nas folhas. |
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Coléteres dendróides em Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum., uma espécie não-nodulada de RubiaceaeDendroid colleters of Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum., a non-nodulated Rubiaceae speciesAlibertia sessilisanatomiacoléteres dendróideshistoquímicaRubiaceaeAlibertia sessilisanatomydendroid colletershistochemistryRubiaceaeColéteres dendróides em Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum., uma espécie não-nodulada de Rubiaceae). Este trabalho descreve a distribuição, estrutura e histoquímica dos coléteres presentes em ápices vegetativo e reprodutivo de Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum., uma espécie de Rubiaceae nativa do cerrado. Coléteres dendróides, nesta família, têm sido freqüentemente associados com a presença de nódulos bacterianos nas folhas. As amostras foram preparadas segundo técnicas usuais em microscopia de luz e eletrônica de varredura. Testes histoquímicos foram feitos em secções de material recém coletado. Os coléteres são do tipo dendróide e ocorrem na face adaxial das estípulas, brácteas e sépalas; consistem de um eixo central multicelular e multisseriado, de natureza parenquimática, revestido por células epidérmicas digitiformes ou pontiagudas de tamanhos irregulares, unidas entre si somente na porção proximal e separadas umas das outras na porção distal. As células colunares são axialmente alongadas e possuem paredes espessas, núcleo conspícuo, citoplasma reduzido, vacúolo desenvolvido com acúmulo de lipídeos e substâncias fenólicas. As células epidérmicas possuem paredes delgadas, núcleo conspícuo, citoplasma abundante e vacuoma pouco desenvolvido. Os coléteres não possuem cutícula. A secreção é mais abundante no ápice vegetativo, impregnando os primórdios foliares e as estípulas, formando uma capa esférica dura, brilhante e hidrofóbica. em todas as amostras analisadas, os testes histoquímicos detectaram polissacarídeos, proteínas e lipídeos no protoplasto de células colunares e epidérmicas; compostos fenólicos foram detectados unicamente nas células colunares. A natureza resinosa do exsudato foi confirmada com o uso do solvente éter dietílico. Não foram encontrados nódulos bacterianos nas folhas.This paper describes the distribution, structure and histochemistry of the colleters in vegetative and reproductive apices of Alibertia sessilis (Vell.) K. Schum., a native Rubiaceae species of the Brazilian cerrado. In this family, dendroid colleters have been associated with the presence of bacterial nodules in the leaves. Samples were prepared according to common light and scanning electron microscopy techniques, and histochemical assays involved freshly collected material. Colleters are dendroid and occur on the adaxial surface of stipules, bracts and sepals; they consist of a multicellular and multiseriate central axis of parenchymatous nature, covered by digitiform or sharply pointed epidermal cells of irregular sizes, joined together only in the proximal portion and separated from each other in the distal portion. The columnar cells are axially elongated, with thick cell walls, prominent nucleus and reduced cytoplasm, developed vacuole with lipid inclusions and phenolic compounds. The epidermal cells have thin walls, a conspicuous nucleus, abundant cytoplasm and a poorly developed vacuome. The colleters are devoid of cuticle. The secretion is more abundant in the vegetative apex, impregnating the leaf buds and the stipules, forming a spherical cap that is hard, bright, and hydrophobic. In all analyzed samples, the histochemical assays detected polysaccharides, proteins and lipids in the protoplast of both epidermal and columnar cells; phenolic compounds were detected solely in the columnar cells. The resinous nature of the exudate was confirmed with the use of the diethylic ether solvent. Bacterial leaf nodules were not found.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Universidade Estadual Paulista Instituto de Biociências Departamento de BotânicaUniversidade Estadual Paulista Instituto de Biociências Departamento de BotânicaFAPESP: 02/09369-2FAPESP: 03/11747-8FAPESP: 00/12469-3CNPq: 302431/2002-0Sociedade Botânica de São PauloUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Barreiro, Daniela Pacheco [UNESP]Machado, Silvia Rodrigues [UNESP]2014-05-20T13:48:27Z2014-05-20T13:48:27Z2007-09-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article387-399application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0100-84042007000300005Brazilian Journal of Botany. Sociedade Botânica de São Paulo, v. 30, n. 3, p. 387-399, 2007.0100-8404http://hdl.handle.net/11449/1726510.1590/S0100-84042007000300005S0100-840420070003000052-s2.0-38149058980S0100-84042007000300005.pdf2653496390637757SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporBrazilian Journal of Botany0,269info:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-07T06:18:47Zoai:repositorio.unesp.br:11449/17265Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T19:43:14.914720Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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