Uma investigação discursivo-funcional das orações concessivas introduzidas por aunque em dados do espanhol peninsular
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/136190 |
Resumo: | O presente trabalho investiga as propriedades pragmáticas e semânticas das orações concessivas introduzidas pela conjunção aunque e verifica se e como tais propriedades determinam a estrutura morfossintática dessas orações. Para tanto, descrevemos à luz da teoria da Gramática Discursivo-Funcional, de Hengeveld e Mackenzie (2008), as orações concessivas iniciadas por aunque encontradas em textos orais e escritos do espanhol peninsular atual produzidos em contextos reais de comunicação. O córpus utilizado inclui as entrevistas semidirigidas das cidades de Alcalá de Henares, Granada, Madri e Valência, pertencentes ao projeto PRESEEA, como representantes da modalidade falada, e uma coletânea de editoriais publicados em meio on-line pelo jornal espanhol El País, como representante da modalidade escrita. Os fatores que nos guiaram na descrição e análise das orações introduzidas por aunque foram: (i) a camada da oração concessiva, considerando o modelo teórico da Gramática Discursivo-Funcional; (ii) a factualidade; (iii) a pressuposição; (iv) o modo verbal; (v) a referência temporal expressos pela concessiva; e (vi) a posição por ela ocupada, tendo por base o verbo da oração principal. Não compõem o objeto de estudo desta pesquisa as ocorrências sintagmáticas ou não-finitas iniciadas por aunque, visto que essas construções não permitem a descrição de alguns aspectos morfossintáticos, tais como a conjugação modo-temporal, de interesse para este trabalho. Como este estudo volta-se para o uso concessivo de aunque, também foram desconsideradas as ocorrências adversativas e as de condição mínima introduzidas por essa conjunção. Os resultados da análise comprovam a atuação das orações concessivas introduzidas por aunque na camada do Conteúdo Proposicional, pertencente ao Nível Representacional, e nas camadas do Ato Discursivo e do Movimento, pertencentes ao Nível Interpessoal, como já havia sido verificado por Garcia (2010) e por Garcia e Pezatti (2013) em orações concessivas do português. Além disso, observamos que a factualidade e a pressuposição da oração concessiva influenciam em sua codificação modo-temporal, e que todos esses fatores (factualidade, pressuposição, modo verbal e referência temporal) juntamente com a posição, correspondem a estratégias linguísticas condicionadas pela função que a oração introduzida por aunque desempenha. Outro fator semântico que pode determinar o modo verbal da oração concessiva é o grau de compromisso do falante com a verdade da proposição expressa. Além dos aspectos do uso linguístico que fazem parte do domínio da gramática propriamente dita, consideramos também o gênero textual. |
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Uma investigação discursivo-funcional das orações concessivas introduzidas por aunque em dados do espanhol peninsularUna investigación discursivo-funcional de las oraciones concesivas introducidas por aunque en datos del español peninsularA discursive-functional investigation of concessive clauses introduced by aunque in peninsular spanish dataGramática discursivo-funcionalOrações concessivasConjunção aunqueEspanhol peninsularFunctional discourse grammarConcessive clausesConjunction aunquePeninsular spanishOraciones concesivasConjunción aunqueEspañol peninsularO presente trabalho investiga as propriedades pragmáticas e semânticas das orações concessivas introduzidas pela conjunção aunque e verifica se e como tais propriedades determinam a estrutura morfossintática dessas orações. Para tanto, descrevemos à luz da teoria da Gramática Discursivo-Funcional, de Hengeveld e Mackenzie (2008), as orações concessivas iniciadas por aunque encontradas em textos orais e escritos do espanhol peninsular atual produzidos em contextos reais de comunicação. O córpus utilizado inclui as entrevistas semidirigidas das cidades de Alcalá de Henares, Granada, Madri e Valência, pertencentes ao projeto PRESEEA, como representantes da modalidade falada, e uma coletânea de editoriais publicados em meio on-line pelo jornal espanhol El País, como representante da modalidade escrita. Os fatores que nos guiaram na descrição e análise das orações introduzidas por aunque foram: (i) a camada da oração concessiva, considerando o modelo teórico da Gramática Discursivo-Funcional; (ii) a factualidade; (iii) a pressuposição; (iv) o modo verbal; (v) a referência temporal expressos pela concessiva; e (vi) a posição por ela ocupada, tendo por base o verbo da oração principal. Não compõem o objeto de estudo desta pesquisa as ocorrências sintagmáticas ou não-finitas iniciadas por aunque, visto que essas construções não permitem a descrição de alguns aspectos morfossintáticos, tais como a conjugação modo-temporal, de interesse para este trabalho. Como este estudo volta-se para o uso concessivo de aunque, também foram desconsideradas as ocorrências adversativas e as de condição mínima introduzidas por essa conjunção. Os resultados da análise comprovam a atuação das orações concessivas introduzidas por aunque na camada do Conteúdo Proposicional, pertencente ao Nível Representacional, e nas camadas do Ato Discursivo e do Movimento, pertencentes ao Nível Interpessoal, como já havia sido verificado por Garcia (2010) e por Garcia e Pezatti (2013) em orações concessivas do português. Além disso, observamos que a factualidade e a pressuposição da oração concessiva influenciam em sua codificação modo-temporal, e que todos esses fatores (factualidade, pressuposição, modo verbal e referência temporal) juntamente com a posição, correspondem a estratégias linguísticas condicionadas pela função que a oração introduzida por aunque desempenha. Outro fator semântico que pode determinar o modo verbal da oração concessiva é o grau de compromisso do falante com a verdade da proposição expressa. Além dos aspectos do uso linguístico que fazem parte do domínio da gramática propriamente dita, consideramos também o gênero textual.The present study investigates the pragmatic and semantic properties of concessive clauses introduced by the aunque conjunction and seeks to find out if and how these properties determine the morphosyntactic structure of these clauses. In order to accomplish this goal, we use the theory of Functional Discourse Grammar (Hengeveld & Mackenzie 2008) for the description of concessive clauses introduced by aunque found in written and oral texts in current Peninsular Spanish, which were produced in actual communication contexts. The corpus includes the semi-structured interviews from the PRESEEA Project, conducted in the cities of Alcalá de Henares, Granada, Madrid and Valencia, representing the oral mode, and a collection of editorials published on-line by the Spanish newspaper El País, representing the written mode. The factors which guided the description and analysis of clauses introduced by aunque were: (i) the layer of the concessive clause, according to the theoretical model of Functional Discourse Grammar; (ii) factuality; (iii) presupposition; (iv) verbal mood; (v) temporal reference expressed by the concessive; and (vi) the position occupied by the clause, considering the verb in the main clause. Phrasal or non-finite occurrences initiated by aunque were not considered objects of this study, since these constructions do not allow for the description of some morphosyntactic aspects, such as the mood-tense inflection, which is one of the factors to be taken into account, as stated before. As the present study concerns the concessive use of aunque, occurrences with this conjunction expressing adversative and minimal condition meanings were not taken into account either. The results of our analysis show that concessive clauses introduced by aunque operate at the layer of the Propositional Content, in the Representational Level, and at the Move and Discourse Act layers, in the Interpersonal Level, in the same way as do the concessive clauses in Portuguese, as described by Garcia (2010) and Garcia and Pezatti (2013). Furthermore, we observed that factuality and presupposition of concessive clauses influence their mood-tense codification, and that all these factors (factuality, presupposition, verbal mood and temporal reference), along with the position of the clause, correspond to linguistic strategies conditioned by the function performed by the clause introduce by aunque. An additional semantic factor that can influence the mood of the verb in the concessive clause is the speaker’s evaluation of the truth of the propositional content. Apart from the aspects of language use that belong to grammar proper, we will also consider the genre of the text.El presente estudio investiga las propiedades pragmáticas y semánticas de las oraciones concesivas introducidas por la conjunción aunque y analiza si y cómo estas propiedades determinan la estructura morfosintáctica de estas oraciones. Para alcanzar nuestros objetivos, describimos, en base a la teoría de la Gramática Discursivo-Funcional de Hengeveld y Mackenzie (2008), las oraciones concesivas iniciadas por aunque encontradas en un corpus de textos orales y escritos del español peninsular actual producidos en contextos reales de comunicación. El corpus utilizado incluye las entrevistas sociolingüísticas de las ciudades de Alcalá de Henares, Granada, Madrid y Valencia, pertenecientes al proyecto PRESEEA, como representantes de la modalidad hablada, y una colección de editoriales publicados en línea por el periódico español El País, como representante de la modalidad escrita. Los siguientes factores guiaron la descripción y el análisis de las oraciones introducidas por aunque: (i) el estrato de la oración concesiva, considerando el modelo teórico de la Gramática DiscursivoFuncional; (ii) la factualidad; (iii) la presuposición; (iv) el modo verbal, (v) la referencia temporal expresados; y (vi) la posición que ocupan respecto al verbo de la oración principal. No forman parte del objeto de estudio las ocurrencias no finitas iniciadas por aunque, puesto que estas construcciones no permiten describir algunos aspectos morfosintácticos, como la conjugación modo-temporal, relevantes para este trabajo. Como este estudio trata el uso concesivo de aunque, tampoco consideramos las ocurrencias adversativas ni las de condición mínima introducidas por esta conjunción. Los resultados de nuestro análisis señalan la existencia de oraciones introducidas por aunque en el estrato del Contenido Proposicional, perteneciente al Nivel Representacional, y en los estratos del Acto Discursivo y del Movimiento, pertenecientes al Nivel Interpersonal, tal como queda descrita por Garcia (2010) y Garcia y Pezatti (2013) en las oraciones concesivas del portugués. Observamos además que la factualidad y la presuposición de la oración concesiva influyen en su codificación modotemporal, y que todos estos factores (factualidad, presuposición, modo verbal y referencia temporal), junto con su posición, configuran las estrategias lingüísticas condicionadas por la función que la oración introducida por aunque expresa. Otro factor semántico que puede determinar el modo verbal en la oración concesiva es el grado de compromiso del hablante con la verdad de la proposición. Aparte de los aspectos del uso lingüístico que forman parte del dominio de la gramática propiamente dicha, consideramos también el tipo de género textual.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Gasparini-Bastos, Sandra Denise [UNESP]Olbertz, HellaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Parra, Beatriz Goaveia Garcia [UNESP]2016-03-09T17:17:38Z2016-03-09T17:17:38Z2016-02-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/13619000086859833004153069P562643540214190740000-0001-5968-8450porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-13T06:29:23Zoai:repositorio.unesp.br:11449/136190Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T22:48:37.190221Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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O presente trabalho investiga as propriedades pragmáticas e semânticas das orações concessivas introduzidas pela conjunção aunque e verifica se e como tais propriedades determinam a estrutura morfossintática dessas orações. Para tanto, descrevemos à luz da teoria da Gramática Discursivo-Funcional, de Hengeveld e Mackenzie (2008), as orações concessivas iniciadas por aunque encontradas em textos orais e escritos do espanhol peninsular atual produzidos em contextos reais de comunicação. O córpus utilizado inclui as entrevistas semidirigidas das cidades de Alcalá de Henares, Granada, Madri e Valência, pertencentes ao projeto PRESEEA, como representantes da modalidade falada, e uma coletânea de editoriais publicados em meio on-line pelo jornal espanhol El País, como representante da modalidade escrita. Os fatores que nos guiaram na descrição e análise das orações introduzidas por aunque foram: (i) a camada da oração concessiva, considerando o modelo teórico da Gramática Discursivo-Funcional; (ii) a factualidade; (iii) a pressuposição; (iv) o modo verbal; (v) a referência temporal expressos pela concessiva; e (vi) a posição por ela ocupada, tendo por base o verbo da oração principal. Não compõem o objeto de estudo desta pesquisa as ocorrências sintagmáticas ou não-finitas iniciadas por aunque, visto que essas construções não permitem a descrição de alguns aspectos morfossintáticos, tais como a conjugação modo-temporal, de interesse para este trabalho. Como este estudo volta-se para o uso concessivo de aunque, também foram desconsideradas as ocorrências adversativas e as de condição mínima introduzidas por essa conjunção. Os resultados da análise comprovam a atuação das orações concessivas introduzidas por aunque na camada do Conteúdo Proposicional, pertencente ao Nível Representacional, e nas camadas do Ato Discursivo e do Movimento, pertencentes ao Nível Interpessoal, como já havia sido verificado por Garcia (2010) e por Garcia e Pezatti (2013) em orações concessivas do português. Além disso, observamos que a factualidade e a pressuposição da oração concessiva influenciam em sua codificação modo-temporal, e que todos esses fatores (factualidade, pressuposição, modo verbal e referência temporal) juntamente com a posição, correspondem a estratégias linguísticas condicionadas pela função que a oração introduzida por aunque desempenha. Outro fator semântico que pode determinar o modo verbal da oração concessiva é o grau de compromisso do falante com a verdade da proposição expressa. Além dos aspectos do uso linguístico que fazem parte do domínio da gramática propriamente dita, consideramos também o gênero textual. |
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