Os estruturantes do processo de escolarização na idade adulta: um estudo a partir do PROEJA do IFMT, campus Cuiabá-Octayde Jorge da Silva

• Autor(a) principal: Serra, Maria Helena Moreira Dias [UNESP]
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/151321
• topic: Educação básica; Educação de jovens e adultos; Educação profissional; Trajetórias escolares e profissionais; Projetos de vida; Basic education; Youth and adult education; Professional education; School and professional yrajectories; Life projects

O sistema de ensino brasileiro não tem garantido a permanência do estudante na escola na idade regular e, com isso, há no país um grande contingente de adultos que não concluíram a educação básica. Por outro lado, esses adultos, devido à baixa escolaridade decorrente de um processo de escolarização descontínuo, não se estabelecem adequadamente no mundo do trabalho, necessitando de cursos de profissionalização. Para atender a essas demandas, em 2005, foi criado o Programa de Integração da Educação Básica com a Educação Profissional na Modalidade de Jovens e Adultos – PROEJA. O PROEJA, no entanto, não busca somente a elevação da escolaridade, mas também a formação integral do indivíduo, de forma que possa agir e interagir no mundo e, inclusive, estar preparado para as exigências do mundo do trabalho. Desta forma, esta pesquisa tem por objetivos realizar estudos acerca da Educação de Jovens e Adultos e da Educação Profissional, buscando compreender como o processo de escolarização se insere nas histórias de vida de alunos que retomam a escolarização na idade adulta, via PROEJA do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso – IFMT, Campus Cuiabá – Octayde Jorge da Silva. Sendo assim, compreendendo que as políticas públicas são perpassadas por ideologias; que o homem é um ser de direitos, mas antes é um ser social e cultural, que trabalha e se educa; e que o processo de socialização, a formação da cultura e do “habitus” relacionam-se diretamente com a educação escolar e com o trabalho, assim como a classe e a possibilidade de mobilidade social, a investigação parte do pressuposto que a educação escolar pode modificar o “habitus”, pois este é socialmente construído e pode modificar-se, reformular-se por meio das mudanças individuais e sociais e, assim, definir novas posições dos agentes nas estruturas sociais. Fundamentada, principalmente, em Bourdieu (1986; 1989; 2007; 2013), Dubet (2003; 2004) Willis (1991), Lahire (1997), Thin (2006), Charlot (2000), Marx (1989; 2010; 2013), Marx e Engels (1992; 2011; 2013) Gramsci (1995; 2004), Freire (1987; 1996; 2001), a investigação ocorreu dentro dos princípios da pesquisa qualitativa de cunho interpretativo. Para a coleta de dados de campo foram utilizados como instrumentos o questionário e a entrevista semiestruturada, com possibilidade de narrativa. Os dados que emergiram foram descritos e analisados por meio da Análise de Conteúdo e sua interpretação aponta para uma possível reestruturação com relação à cultura do estudo.