Qual a implicação do sobrepeso e obesidade para a capacidade funcional de mulheres com dor femoropatelar?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Taborda, Bianca [UNESP]
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/191647
Resumo: O objetivo deste estudo foi comparar a capacidade funcional de mulheres com dor femoropatelar (DFP) de acordo com o seu índice de massa corporal (IMC). Para isso, quarenta e oito mulheres com DFP com idade entre 18 a 35 anos foram divididas em três grupos: DFP peso normal, DFP sobrepeso e DFP obesidade. O nível de dor, o nível de atividade física e a capacidade funcional autorreportada, foram obtidos por meio da escala visual analógica de dor (EVA), dos questionários Baecke e Anterior Knee Pain Scale (AKPS), respectivamente. Em seguida, a capacidade funcional objetiva foi obtida pelo desempenho das participantes durante os testes funcionais de descida de degrau, de salto unipodal e de prancha frontal e lateral. Por fim obteve-se o pico de torque isométrico dos músculos extensores de joelho e abdutores de quadril utilizando um dinamômetro isocinético. Para a comparação entre grupos foi realizado a análise de variância (ANOVA) de um fator (dados paramétricos) e teste de Kruskal-wallis (dados não paramétricos). O nível de significância adotado foi de α <0,05. Não houve diferença significativa no nível de dor (F(2,45) =0,842; p=0,437) e de atividade física (F(2,45)=0,394, p=0,677) entre os grupos. O grupo DFP obesidade apresentou menor capacidade funcional autorreportada comparado ao grupo DFP peso normal (p=0.006; d=1,21); menor desempenho no teste de descida de degrau comparado aos grupos DFP peso normal (p<0,001; d=1,76) e DFP sobrepeso (p<0,016; d=1,39); e menor desempenho no teste de salto unipodal comparado ao grupo DFP sobrepeso (p=0,014; d=1,12). Em relação aos testes de prancha, o grupo DFP obesidade apresentou menor desempenho no teste de prancha lateral esquerda comparado aos grupos DFP peso normal (U=32,50; p<0,001; d=1,65) e DFP sobrepeso (U=48,00; p<0,01; d=1,26) e menor desempenho no teste de prancha lateral direita comparado ao grupo DFP peso normal (U=29,00; p<0,001; d=1.75). Por fim o grupo DFP obesidade apresentou menor torque isométrico dos extensores de joelho comparado ao grupo DFP peso normal (p=0,001; d=1,29) e menor torque isométrico dos abdutores de quadril comparado aos grupos DFP peso normal (p<0,001; d=1,72) e DFP sobrepeso (p=0,002; d=1,26). Conclui-se que não houve diferença no nível de dor e de atividade física entre os grupos, mas a obesidade influenciou negativamente na capacidade funcional autorreportada e objetiva das mulheres com DFP.
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Em seguida, a capacidade funcional objetiva foi obtida pelo desempenho das participantes durante os testes funcionais de descida de degrau, de salto unipodal e de prancha frontal e lateral. Por fim obteve-se o pico de torque isométrico dos músculos extensores de joelho e abdutores de quadril utilizando um dinamômetro isocinético. Para a comparação entre grupos foi realizado a análise de variância (ANOVA) de um fator (dados paramétricos) e teste de Kruskal-wallis (dados não paramétricos). O nível de significância adotado foi de α <0,05. Não houve diferença significativa no nível de dor (F(2,45) =0,842; p=0,437) e de atividade física (F(2,45)=0,394, p=0,677) entre os grupos. O grupo DFP obesidade apresentou menor capacidade funcional autorreportada comparado ao grupo DFP peso normal (p=0.006; d=1,21); menor desempenho no teste de descida de degrau comparado aos grupos DFP peso normal (p<0,001; d=1,76) e DFP sobrepeso (p<0,016; d=1,39); e menor desempenho no teste de salto unipodal comparado ao grupo DFP sobrepeso (p=0,014; d=1,12). Em relação aos testes de prancha, o grupo DFP obesidade apresentou menor desempenho no teste de prancha lateral esquerda comparado aos grupos DFP peso normal (U=32,50; p<0,001; d=1,65) e DFP sobrepeso (U=48,00; p<0,01; d=1,26) e menor desempenho no teste de prancha lateral direita comparado ao grupo DFP peso normal (U=29,00; p<0,001; d=1.75). Por fim o grupo DFP obesidade apresentou menor torque isométrico dos extensores de joelho comparado ao grupo DFP peso normal (p=0,001; d=1,29) e menor torque isométrico dos abdutores de quadril comparado aos grupos DFP peso normal (p<0,001; d=1,72) e DFP sobrepeso (p=0,002; d=1,26). Conclui-se que não houve diferença no nível de dor e de atividade física entre os grupos, mas a obesidade influenciou negativamente na capacidade funcional autorreportada e objetiva das mulheres com DFP.The aim of this study was to compare the functional capacity of women with patellofemoral pain (PFP) according to their body mass index (BMI). Forty-eight women with PFP aged 18 to 35 years were divided into three groups: PFP normal weight, PFP overweight and PFP obesity. The level of pain, the level of physical activity and the self-reported functional capacity were obtained through the visual analogue pain scale (VAS), from the Baecke and Anterior Knee Pain Scale (AKPS) questionnaires, respectively. Then, the objective functional capacity was obtained by the participants' performance during the forward step-down test, single-leg hop test and prone and side bridge tests. Finally, the peak torque of the knee extensor and hip abductor muscles was obtained using an isokinetic dynamometer. For comparison between groups, one-way analysis of variance (ANOVA) (parametric data) and Kruskal-wallis test (nonparametric data) were performed. The significance level was α <0.05. There were no significant difference in pain level (F(2,45)=0.842; p=0.437) and physical activity (F(2.45)=0.394, p=0.677) between the groups. The PFP obesity group had lower self-reported functional capacity compared to the PFP normal weight group (p=0.006; d=1.21); lower performance in the forward step down test compared to the PFP normal weight (p<0.001; d=1.76) and PFP overweight (p<0.016; d=1.39) groups; lower performance in the single-leg hop test compared to the PFP overweight group (p=0.014; d=1.12). In relation to the bridges test, the PFP obesity group had lower performance in the left side bridge test compared to the PFP normal weight (U=32.50; p<0.001; d=1.65) and PFP overweight groups (U=48.00; p<0.01; d=1.26) and had lower performance on the right side bridge test compared to the PFP normal weight group (U=29.00; p <0,001; d=1.75). Finally, the PFP obesity group had lower peak isometric knee extensor torque compared to the PFP normal weight group (p=0.001; d=1.29) and lower isometric hip abductor torque compared to the PFP normal weight group (p<0.001; d=1.72) and PFP overweight (p=0.002; d =1.26). It was concluded that there was no difference in the level of pain and physical activity between the groups, but obesity had a negative influence on the self-reported and objective functional capacity of women with PFP.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2018/10048-4Universidade Estadual Paulista (Unesp)Azevedo, Fabio Mícolis de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Taborda, Bianca [UNESP]2020-02-20T17:40:15Z2020-02-20T17:40:15Z2020-02-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19164700092915533004129045P286325040246170880000-0002-4187-7058porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-20T13:26:11Zoai:repositorio.unesp.br:11449/191647Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:26:22.194894Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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