Constructos identitários entre os conceitos de realeza de Temístio e Amiano Marcelino ( Século IV D.C

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Bruna Campos [UNESP]
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/93200
Resumo: No contexto da Antiguidade Tardia, observamos os ideais de Realeza que se propagaram no Império Romano no século IV d.C., mais especificamente, nos relatos de dois autores que partilharam dos acontecimentos políticos ocorridos entre os governos de Constâncio II a Teodósio (337-395 d.C.), sendo eles: o filósofo Temístio (317-388 d.C.) com seus discursos políticos; e o militar Amiano Marcelino (325/330-395 d.C.) com sua obra Res Gestae. Ao longo de nossa pesquisa, buscamos observar as características de cada autor, e confluímos suas experiências de vida para encontrarmos os pontos convergentes e divergentes de seus conceitos em torno das responsabilidades Imperiais. Nesse ínterim, ressaltarmos o entrelaçamento entre romanos e bárbaros, muito perceptível nesse momento; e como este processo de interação de culturas influenciou no pensamento dos escritores tardo-antigos aqui estudados. Também, preocupamo-nos em observar como um filósofo e um militar desenvolveram tais ideais em relação a dois governantes distintos: Joviano (363-364 d.C.) e Valentiniano I (364-375 d.C.), para tanto fizemos uma análise mais especifica dos Discursos V – A Joviano – e VI – ao Amor Fraterno ou Sobre a Humanidade – de Temístio e dos Livros XV a XXX de Amiano Marcelino, por serem Imperadores eleitos diretamente pelo Exército Romano, sem o auxilio de outros órgãos da sociedade romana. Além disso, são eles, até o momento, os imperadores romanos menos explorados pelas historiografias ibérica, francesa, britânica e nacional consultadas até o momento. Em geral, tais historiografias quando se referem a esses governantes, os mencionam de maneira pejorativa. Assim, em um momento de grande efervescência sócio-político cultural, dois autores não cristãos escrevem seus trabalhos, com o intuito de relembrarem seu público...
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Nesse ínterim, ressaltarmos o entrelaçamento entre romanos e bárbaros, muito perceptível nesse momento; e como este processo de interação de culturas influenciou no pensamento dos escritores tardo-antigos aqui estudados. Também, preocupamo-nos em observar como um filósofo e um militar desenvolveram tais ideais em relação a dois governantes distintos: Joviano (363-364 d.C.) e Valentiniano I (364-375 d.C.), para tanto fizemos uma análise mais especifica dos Discursos V – A Joviano – e VI – ao Amor Fraterno ou Sobre a Humanidade – de Temístio e dos Livros XV a XXX de Amiano Marcelino, por serem Imperadores eleitos diretamente pelo Exército Romano, sem o auxilio de outros órgãos da sociedade romana. Além disso, são eles, até o momento, os imperadores romanos menos explorados pelas historiografias ibérica, francesa, britânica e nacional consultadas até o momento. Em geral, tais historiografias quando se referem a esses governantes, os mencionam de maneira pejorativa. Assim, em um momento de grande efervescência sócio-político cultural, dois autores não cristãos escrevem seus trabalhos, com o intuito de relembrarem seu público...In the context of Late Antiquity, we observe the ideals of Royalty which spread throughout the Roman Empire in the IV century AD, especially the reports of two writers who shared political events which occurred between the governments of Constantius II and Theodosius (337-395 AD), they are: the philosopher Themistius (317-388 AD) with his political speeches and the military Ammianus Marcellinus (325/330-395 AD) with his work Res Gestae. Throughout our research, we aimed to observe the characteristics of each writer and merge their life experiences to find the convergent and divergent points of their concepts around the imperial responsibilities. Meanwhile, we highlight the interlinking between Romans and barbarians, very perceptible at that time; since this process of culture interaction influenced the thoughts of the ancient late writers here studied. We also sought to observe how a philosopher and a military developed such ideals in relation to two distinct rulers: Jovian (363-364 AD) and Valentinian I (364-375 AD), for this a more specific analysis of the Speeches V was made – to Jovian – and VI – to Fraternal Love or on Humanity – Themistius‟ and Books XV to XXX by Ammianus Marcellinus for being Emperors directly elected by the Roman Army, without any help from other agencies of the Roman society. Moreover, they are, so far, the least explored Roman emperors by the Iberian, French, British and national historiographies checked so far. In general, when such historiographies refer to these rulers, they are mentioned in a pejorative way. Thus, in a time of great socio-political and cultural excitement, two non-Christian writers write their papers in order to remind their audience of the importance of virtues and, because of that, both of them base themselves in examples from the classical tradition; the same way we perceive other elements that permeate the structure of both good rulers: Themistius and Ammianus MarcellinusFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Carvalho, Margarida Maria de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Gonçalves, Bruna Campos [UNESP]2014-06-11T19:26:21Z2014-06-11T19:26:21Z2012-03-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis139 f. il., mapasapplication/pdfGONÇALVES, Bruna Campos. Constructos identitários entre os conceitos de realeza de Temístio e Amiano Marcelino ( Século IV D.C. 2012. 139 f. 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Gonçalves, Bruna Campos [UNESP]
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