Análise das variáveis biomecânicas em mulheres ativas após aplicação de um protocolo de fadiga

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Denise Veck dos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/191096
Resumo: No cenário esportivo a avaliação de padrões de movimentos é indispensável para melhoria do desempenho, prevenção e recuperação de lesões. Dentre as variáveis que podem ser estudadas, a Eficiência Neuromuscular (ENM) vem ganhando espaço no meio acadêmico devido à sua importância para compreender como os fatores neurais interferem na eficácia da ativação das unidades motoras durante a contração muscular. A eficiência neuromuscular está relacionada à ativação de fibras musculares e à produção de força, gerada por um determinado músculo. Um dos fatores que podem interferir na ENM comprometendo as ações durante as diferentes práticas desportivas é a fadiga. A fadiga pode ser considerada como uma falha para manter um nível desejado de desempenho ou trabalho durante uma atividade repetitiva ou sustentada. O objetivo do presente estudo é analisar variáveis neuromusculares em mulheres ativas após a aplicação de um protocolo de fadiga e verificar a diferença na dominância entre membros inferiores. Participaram do estudo 20 mulheres ativas, com idade entre 18 e 35 anos. O estudo foi divido em 2 experimentos. No primeiro experimento foram realizados testes de contração isométrica voluntária máxima e manutenção de cargas (20%, 40%, 60% e 80% da CIVM) no membro dominante. Após a avaliação as voluntárias foram submetidas a um protocolo de fadiga. Os testes foram refeitos imediatamente após para analisar o efeito da fadiga nas variáveis da eficiência neuromuscular, no desvio padrão e coeficiente de variação. No segundo experimento foram realizados testes de contração isométrica voluntária máxima, contrações concêntricas isocinéticas dos flexores e extensores do joelho e manutenção de cargas (20%, 40%, 60% e 80% da CIVM) do membro dominante e não dominante para comparação das variáveis: pico de torque isométrico, pico de torque isocinético dos flexores e extensores de joelhos, razão flexores/extensores, Delay eletromecânico e ENM. Após a verificação da normalidade (Shapiro-Wilk) e homogeneidade (Levene), foi aplicada a análise de variância (ANOVA) two-way de medida repetidas com Post-Hoc de Bonferroni, a fim de verificar no experimento 1 o efeito da fadiga. Já o experimento 2, para analisar a dominância entre os membros foi aplicado um o teste ANOVA two way medidas não repetidas e o teste t de Student para amostras independentes. Para todas as variáveis foram adotados o nível de significância de α < 0.05. Os resultados encontrados no experimento 1 indicam que fadiga diminui ENM e que essa, assim como o desvio padrão, também é influenciada pela utilização de diferentes cargas de avaliação. A fadiga não piorou o desvio padrão e o coeficiente de variação devido à aprendizagem da tarefa. Já no experimento 2 a dominância entre os membros não influencia no pico de torque isométrico, pico de torque isocinético de flexores e extensores de joelho, no Delay eletromecânico e na Eficiência Neuromuscular, demonstrando que as participantes apresentam simetria bilateral. Porém as participantes apresentam desequilíbrios musculares na relação entre isquiotibiais e quadríceps.
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A fadiga pode ser considerada como uma falha para manter um nível desejado de desempenho ou trabalho durante uma atividade repetitiva ou sustentada. O objetivo do presente estudo é analisar variáveis neuromusculares em mulheres ativas após a aplicação de um protocolo de fadiga e verificar a diferença na dominância entre membros inferiores. Participaram do estudo 20 mulheres ativas, com idade entre 18 e 35 anos. O estudo foi divido em 2 experimentos. No primeiro experimento foram realizados testes de contração isométrica voluntária máxima e manutenção de cargas (20%, 40%, 60% e 80% da CIVM) no membro dominante. Após a avaliação as voluntárias foram submetidas a um protocolo de fadiga. Os testes foram refeitos imediatamente após para analisar o efeito da fadiga nas variáveis da eficiência neuromuscular, no desvio padrão e coeficiente de variação. No segundo experimento foram realizados testes de contração isométrica voluntária máxima, contrações concêntricas isocinéticas dos flexores e extensores do joelho e manutenção de cargas (20%, 40%, 60% e 80% da CIVM) do membro dominante e não dominante para comparação das variáveis: pico de torque isométrico, pico de torque isocinético dos flexores e extensores de joelhos, razão flexores/extensores, Delay eletromecânico e ENM. Após a verificação da normalidade (Shapiro-Wilk) e homogeneidade (Levene), foi aplicada a análise de variância (ANOVA) two-way de medida repetidas com Post-Hoc de Bonferroni, a fim de verificar no experimento 1 o efeito da fadiga. Já o experimento 2, para analisar a dominância entre os membros foi aplicado um o teste ANOVA two way medidas não repetidas e o teste t de Student para amostras independentes. Para todas as variáveis foram adotados o nível de significância de α < 0.05. Os resultados encontrados no experimento 1 indicam que fadiga diminui ENM e que essa, assim como o desvio padrão, também é influenciada pela utilização de diferentes cargas de avaliação. A fadiga não piorou o desvio padrão e o coeficiente de variação devido à aprendizagem da tarefa. Já no experimento 2 a dominância entre os membros não influencia no pico de torque isométrico, pico de torque isocinético de flexores e extensores de joelho, no Delay eletromecânico e na Eficiência Neuromuscular, demonstrando que as participantes apresentam simetria bilateral. Porém as participantes apresentam desequilíbrios musculares na relação entre isquiotibiais e quadríceps.In the sports scenario, the evaluation of movement patterns is indispensable for performance improvement, injury prevention and recovery. Among the variables that can be studied, the Neuromuscular Efficiency (ENM) has been gaining ground in the academic environment due to its importance to understand how the neural factors interfere in the effectiveness of motor unit activation during muscle contraction. Neuromuscular efficiency is related to the activation of muscle fibers and the production of force generated by a given muscle. One of the factors that can interfere with ENM compromising actions during different sports is fatigue. Fatigue can be considered a failure to maintain a desired level of performance or work during a repetitive or sustained activity. The aim of the present study is to analyze neuromuscular variables in active women after the application of a fatigue protocol and to verify the difference in lower limb dominance. The study included 20 active women, aged between 18 and 35 years. The study was divided into 2 experiments. In the first experiment, maximum voluntary isometric contraction tests and load maintenance (20%, 40%, 60% and 80% of MVIC) were performed on the dominant limb. After the evaluation, the volunteers were submitted to a fatigue protocol. The tests were redone immediately afterwards to analyze the effect of fatigue on neuromuscular efficiency variables, standard deviation and coefficient of variation. In the second experiment, voluntary maximal isometric contraction tests, isokinetic concentric contractions of knee flexors and extensors, and maintenance of dominant and non-dominant limb loads (20%, 40%, 60%, and 80%) were performed to compare the variables: isometric torque peak, isokinetic peak torque of knee flexors and extensors, flexor / extensor ratio, electromechanical Delay and ENM. After verifying normality (Shapiro-Wilk) and homogeneity (Levene), two-way analysis of variance (ANOVA) of repeated measurement with Bonferroni Post-Hoc was applied to verify the effect of fatigue in Experiment 1. Experiment 2, in order to analyze the dominance between the limbs, was applied the two-way ANOVA non-repeated measures test and the Student t test for independent samples. For all variables the significance level of α <0.05 was adopted. The results found in experiment 1 indicate that fatigue decreases ENM and that this, as well as the standard deviation, is also influenced by the use of different evaluation loads. Fatigue did not worsen standard deviation and coefficient of variation due to task learning. In experiment 2, however, the dominance between the limbs does not influence the isometric torque peak, isokinetic peak torque of knee flexors and extensors, the electromechanical Delay and the neuromuscular efficiency, demonstrating that the participants present bilateral symmetry. However, the participants present muscle imbalances in the relationship between hamstrings and quadriceps.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Cardozo, Adalgiso Coscrato [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Eltz, Giovana DuarteSantos, Denise Veck dos2019-11-25T16:18:12Z2019-11-25T16:18:12Z2019-09-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19109600092724433004137066P5porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-05-20T19:50:44Zoai:repositorio.unesp.br:11449/191096Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T21:52:57.064843Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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