Comparação das variáveis biomecânicas entre o membro dominante e não dominante em indivíduos ativos / Comparison of biomechanical variables between dominant and non-dominant limb in active individuals

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Thalles Andrade Marques
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: dos Santos, Denise Veck, Eltz, Giovana Duarte, Gonçalves, Mauro, Cardozo, Adalgiso Coscrato
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/36224
Resumo: A simetria referente à magnitude da força muscular dificilmente é encontrada entre os membros inferiores (MMII) e se o grau de assimetria na produção de força ultrapassar um determinado limiar (10-15%) o risco de lesões pode aumentar significativamente. Na direção de uma metodologia preventiva, a biomecânica pode contribuir por fornecer parâmetros que contemplam essa variável, como o pico de torque, a eficiência neuromuscular (ENM) e a razão agonista/antagonista, entretanto uma análise mais comparativa deve ser realizada. Comparar variáveis isocinéticas entre o membro inferior dominante e não dominante de voluntárias ativas. Participaram 20 mulheres fisicamente ativas (frequência mínima de 3 vezes por semana ao menos por 6 meses), com os valores médios: idade 29 ± 4,69 anos; massa 61,21 ± 7,77 kg; estatura 1,65 ± 0,06 m. Foram realizadas duas sessões de coleta de dados com intervalo de 24 horas entre elas. As coletas de dados foram realizadas no membro dominante e não dominante. Na primeira sessão realizou-se um aquecimento no cicloergômetro, testes no dinamômetro isocinético (DI) como: Contração Isométrica Voluntária Máxima (CIVM) para obter o pico de torque na extensão de joelho, teste Isocinético para se obter a razão convencional concêntrico/concêntrico na velocidade de 60°/s e o teste de manutenção de cargas (20%, 40%, 60% e 80% da CIVM). Na segunda sessão, foram realizados os mesmos procedimentos da primeira sessão para o outro membro. Os valores de torque e da ENM foram calculados nos testes de manutenção de cargas (20%, 40%, 60% e 80% da CIVM). Calculou-se o erro relativo (desvio padrão do torque e o coeficiente de variação do torque), o Delay Eletromecânico. Foram realizados os testes de Shapiro-Wilkd e da Homogeneidade pelo teste de Levene, para verificar a associação entre as variáveis independentes assim como para comparação entre os grupos em todas as variáveis analisadas. Nível de significância ?<0,05. As razões encontradas não apresentaram diferenças significativas (p=0,08) entre o membro dominante (0,58 ± 0,08) em relação ao não dominante (0,51 ± 0,05). Assim como em relação ao Delay eletromecânico, a saber: RF – D (0,048 ± 0,046) ND (0,035 ± 0,030); VM – D (0,038 ± 0,061) ND (0,026 ± 0,018) e VL – D (0,037 ± 0,056) ND (0,039 ± 0,028). O mesmo ocorreu para ENM durante a manutenção de cargas a 20%, 40%, 60% e 80% da CIVM. Porém ocorreram diferenças significativas para ENM entre as cargas de 20% e 80% da CIVM (p<0, 05) e entre as cargas de 40% e 80% das CIVM (p<0,01). Conclui-se que indivíduos ativos podem apresentar uma ENM afetada pelo percentual de carga utilizado, assim como desequilíbrios musculares na relação entre isquiotibiais e quadríceps cujos valores foram inferiores aqueles encontrados na literatura. Diante disto, sugere-se precaução para possíveis riscos de lesões durante a prática desportiva.
id VERACRUZ-0_52170569ed51984d2bb661bb85327552
oai_identifier_str oai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/36224
network_acronym_str VERACRUZ-0
network_name_str Revista Veras
repository_id_str
spelling Comparação das variáveis biomecânicas entre o membro dominante e não dominante em indivíduos ativos / Comparison of biomechanical variables between dominant and non-dominant limb in active individualsDinamometriaEficiência neuromuscularTorqueBiomecânicaA simetria referente à magnitude da força muscular dificilmente é encontrada entre os membros inferiores (MMII) e se o grau de assimetria na produção de força ultrapassar um determinado limiar (10-15%) o risco de lesões pode aumentar significativamente. Na direção de uma metodologia preventiva, a biomecânica pode contribuir por fornecer parâmetros que contemplam essa variável, como o pico de torque, a eficiência neuromuscular (ENM) e a razão agonista/antagonista, entretanto uma análise mais comparativa deve ser realizada. Comparar variáveis isocinéticas entre o membro inferior dominante e não dominante de voluntárias ativas. Participaram 20 mulheres fisicamente ativas (frequência mínima de 3 vezes por semana ao menos por 6 meses), com os valores médios: idade 29 ± 4,69 anos; massa 61,21 ± 7,77 kg; estatura 1,65 ± 0,06 m. Foram realizadas duas sessões de coleta de dados com intervalo de 24 horas entre elas. As coletas de dados foram realizadas no membro dominante e não dominante. Na primeira sessão realizou-se um aquecimento no cicloergômetro, testes no dinamômetro isocinético (DI) como: Contração Isométrica Voluntária Máxima (CIVM) para obter o pico de torque na extensão de joelho, teste Isocinético para se obter a razão convencional concêntrico/concêntrico na velocidade de 60°/s e o teste de manutenção de cargas (20%, 40%, 60% e 80% da CIVM). Na segunda sessão, foram realizados os mesmos procedimentos da primeira sessão para o outro membro. Os valores de torque e da ENM foram calculados nos testes de manutenção de cargas (20%, 40%, 60% e 80% da CIVM). Calculou-se o erro relativo (desvio padrão do torque e o coeficiente de variação do torque), o Delay Eletromecânico. Foram realizados os testes de Shapiro-Wilkd e da Homogeneidade pelo teste de Levene, para verificar a associação entre as variáveis independentes assim como para comparação entre os grupos em todas as variáveis analisadas. Nível de significância ?<0,05. As razões encontradas não apresentaram diferenças significativas (p=0,08) entre o membro dominante (0,58 ± 0,08) em relação ao não dominante (0,51 ± 0,05). Assim como em relação ao Delay eletromecânico, a saber: RF – D (0,048 ± 0,046) ND (0,035 ± 0,030); VM – D (0,038 ± 0,061) ND (0,026 ± 0,018) e VL – D (0,037 ± 0,056) ND (0,039 ± 0,028). O mesmo ocorreu para ENM durante a manutenção de cargas a 20%, 40%, 60% e 80% da CIVM. Porém ocorreram diferenças significativas para ENM entre as cargas de 20% e 80% da CIVM (p<0, 05) e entre as cargas de 40% e 80% das CIVM (p<0,01). Conclui-se que indivíduos ativos podem apresentar uma ENM afetada pelo percentual de carga utilizado, assim como desequilíbrios musculares na relação entre isquiotibiais e quadríceps cujos valores foram inferiores aqueles encontrados na literatura. Diante disto, sugere-se precaução para possíveis riscos de lesões durante a prática desportiva.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2021-09-21info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/3622410.34117/bjdv7n9-331Brazilian Journal of Development; Vol. 7 No. 9 (2021); 91210-91223Brazilian Journal of Development; Vol. 7 Núm. 9 (2021); 91210-91223Brazilian Journal of Development; v. 7 n. 9 (2021); 91210-912232525-8761reponame:Revista Verasinstname:Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)instacron:VERACRUZporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/36224/pdfCopyright (c) 2021 Brazilian Journal of Developmentinfo:eu-repo/semantics/openAccessPereira, Thalles Andrade Marquesdos Santos, Denise VeckEltz, Giovana DuarteGonçalves, MauroCardozo, Adalgiso Coscrato2022-06-02T12:31:20Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/36224Revistahttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/PRIhttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/oai||revistaveras@veracruz.edu.br2236-57292236-5729opendoar:2024-10-15T16:18:46.670296Revista Veras - Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)false
dc.title.none.fl_str_mv Comparação das variáveis biomecânicas entre o membro dominante e não dominante em indivíduos ativos / Comparison of biomechanical variables between dominant and non-dominant limb in active individuals
title Comparação das variáveis biomecânicas entre o membro dominante e não dominante em indivíduos ativos / Comparison of biomechanical variables between dominant and non-dominant limb in active individuals
spellingShingle Comparação das variáveis biomecânicas entre o membro dominante e não dominante em indivíduos ativos / Comparison of biomechanical variables between dominant and non-dominant limb in active individuals
Pereira, Thalles Andrade Marques
Dinamometria
Eficiência neuromuscular
Torque
Biomecânica
title_short Comparação das variáveis biomecânicas entre o membro dominante e não dominante em indivíduos ativos / Comparison of biomechanical variables between dominant and non-dominant limb in active individuals
title_full Comparação das variáveis biomecânicas entre o membro dominante e não dominante em indivíduos ativos / Comparison of biomechanical variables between dominant and non-dominant limb in active individuals
title_fullStr Comparação das variáveis biomecânicas entre o membro dominante e não dominante em indivíduos ativos / Comparison of biomechanical variables between dominant and non-dominant limb in active individuals
title_full_unstemmed Comparação das variáveis biomecânicas entre o membro dominante e não dominante em indivíduos ativos / Comparison of biomechanical variables between dominant and non-dominant limb in active individuals
title_sort Comparação das variáveis biomecânicas entre o membro dominante e não dominante em indivíduos ativos / Comparison of biomechanical variables between dominant and non-dominant limb in active individuals
author Pereira, Thalles Andrade Marques
author_facet Pereira, Thalles Andrade Marques
dos Santos, Denise Veck
Eltz, Giovana Duarte
Gonçalves, Mauro
Cardozo, Adalgiso Coscrato
author_role author
author2 dos Santos, Denise Veck
Eltz, Giovana Duarte
Gonçalves, Mauro
Cardozo, Adalgiso Coscrato
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Pereira, Thalles Andrade Marques
dos Santos, Denise Veck
Eltz, Giovana Duarte
Gonçalves, Mauro
Cardozo, Adalgiso Coscrato
dc.subject.por.fl_str_mv Dinamometria
Eficiência neuromuscular
Torque
Biomecânica
topic Dinamometria
Eficiência neuromuscular
Torque
Biomecânica
description A simetria referente à magnitude da força muscular dificilmente é encontrada entre os membros inferiores (MMII) e se o grau de assimetria na produção de força ultrapassar um determinado limiar (10-15%) o risco de lesões pode aumentar significativamente. Na direção de uma metodologia preventiva, a biomecânica pode contribuir por fornecer parâmetros que contemplam essa variável, como o pico de torque, a eficiência neuromuscular (ENM) e a razão agonista/antagonista, entretanto uma análise mais comparativa deve ser realizada. Comparar variáveis isocinéticas entre o membro inferior dominante e não dominante de voluntárias ativas. Participaram 20 mulheres fisicamente ativas (frequência mínima de 3 vezes por semana ao menos por 6 meses), com os valores médios: idade 29 ± 4,69 anos; massa 61,21 ± 7,77 kg; estatura 1,65 ± 0,06 m. Foram realizadas duas sessões de coleta de dados com intervalo de 24 horas entre elas. As coletas de dados foram realizadas no membro dominante e não dominante. Na primeira sessão realizou-se um aquecimento no cicloergômetro, testes no dinamômetro isocinético (DI) como: Contração Isométrica Voluntária Máxima (CIVM) para obter o pico de torque na extensão de joelho, teste Isocinético para se obter a razão convencional concêntrico/concêntrico na velocidade de 60°/s e o teste de manutenção de cargas (20%, 40%, 60% e 80% da CIVM). Na segunda sessão, foram realizados os mesmos procedimentos da primeira sessão para o outro membro. Os valores de torque e da ENM foram calculados nos testes de manutenção de cargas (20%, 40%, 60% e 80% da CIVM). Calculou-se o erro relativo (desvio padrão do torque e o coeficiente de variação do torque), o Delay Eletromecânico. Foram realizados os testes de Shapiro-Wilkd e da Homogeneidade pelo teste de Levene, para verificar a associação entre as variáveis independentes assim como para comparação entre os grupos em todas as variáveis analisadas. Nível de significância ?<0,05. As razões encontradas não apresentaram diferenças significativas (p=0,08) entre o membro dominante (0,58 ± 0,08) em relação ao não dominante (0,51 ± 0,05). Assim como em relação ao Delay eletromecânico, a saber: RF – D (0,048 ± 0,046) ND (0,035 ± 0,030); VM – D (0,038 ± 0,061) ND (0,026 ± 0,018) e VL – D (0,037 ± 0,056) ND (0,039 ± 0,028). O mesmo ocorreu para ENM durante a manutenção de cargas a 20%, 40%, 60% e 80% da CIVM. Porém ocorreram diferenças significativas para ENM entre as cargas de 20% e 80% da CIVM (p<0, 05) e entre as cargas de 40% e 80% das CIVM (p<0,01). Conclui-se que indivíduos ativos podem apresentar uma ENM afetada pelo percentual de carga utilizado, assim como desequilíbrios musculares na relação entre isquiotibiais e quadríceps cujos valores foram inferiores aqueles encontrados na literatura. Diante disto, sugere-se precaução para possíveis riscos de lesões durante a prática desportiva.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-09-21
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/36224
10.34117/bjdv7n9-331
url https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/36224
identifier_str_mv 10.34117/bjdv7n9-331
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/36224/pdf
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Development
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2021 Brazilian Journal of Development
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
publisher.none.fl_str_mv Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.
dc.source.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Development; Vol. 7 No. 9 (2021); 91210-91223
Brazilian Journal of Development; Vol. 7 Núm. 9 (2021); 91210-91223
Brazilian Journal of Development; v. 7 n. 9 (2021); 91210-91223
2525-8761
reponame:Revista Veras
instname:Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)
instacron:VERACRUZ
instname_str Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)
instacron_str VERACRUZ
institution VERACRUZ
reponame_str Revista Veras
collection Revista Veras
repository.name.fl_str_mv Revista Veras - Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)
repository.mail.fl_str_mv ||revistaveras@veracruz.edu.br
_version_ 1813645558392291328