De corixos e de veredas: a alegada similitude entre as poéticas de Manoel de Barros e de Guimarães Rosa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/102389 |
Resumo: | A tese mostra que é um equívoco considerar a ars poetica de Manoel de Barros cópia da poética de Guimarães Rosa. A poesia de Barros constitui projeto próprio, definido anteriormente ao de Rosa – não é, portanto, pastiche da ficção rosiana. A anterioridade de Barros prevalece mesmo se considerado o livro de poemas Magma, de Guimarães Rosa, premiado pela Academia Brasileira de Letras em 1937, por coincidência o ano em que Barros lançou sua primeira coletânea, Poemas concebidos sem pecado. Através de procedimento comparativo, o trabalho aborda aspectos metalingüísticos, discursivos e estilísticos. Assim, determina as reais convergências entre os dois escritores e a radical originalidade de suas poéticas. A pesquisa expõe a recepção às obras de Barros e de Rosa, busca a ars poetica que defendem em seus livros de estréia, estuda como tal poética foi desenvolvida em suas obras posteriores, e mostra o modo como cada um constrói a metáfora. A análise conclui que os dois autores têm semelhança na reflexão sobre o processo poético, na inventividade desnorteante, na criação neológica lexical e na subversão semântica, e que são personalidades literárias díspares, com visões de mundo quase antagônicas e projetos estéticos personalíssimos com relação ao sistema literário brasileiro, no qual cada um ao seu modo representa ruptura e avanço. |
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De corixos e de veredas: a alegada similitude entre as poéticas de Manoel de Barros e de Guimarães RosaBarros, Manoel de, 1916-Rosa, João Guimarães, 1908-1967Análise do discursoLiteratura brasileiraPoesia brasileira - Sec. XXA tese mostra que é um equívoco considerar a ars poetica de Manoel de Barros cópia da poética de Guimarães Rosa. A poesia de Barros constitui projeto próprio, definido anteriormente ao de Rosa – não é, portanto, pastiche da ficção rosiana. A anterioridade de Barros prevalece mesmo se considerado o livro de poemas Magma, de Guimarães Rosa, premiado pela Academia Brasileira de Letras em 1937, por coincidência o ano em que Barros lançou sua primeira coletânea, Poemas concebidos sem pecado. Através de procedimento comparativo, o trabalho aborda aspectos metalingüísticos, discursivos e estilísticos. Assim, determina as reais convergências entre os dois escritores e a radical originalidade de suas poéticas. A pesquisa expõe a recepção às obras de Barros e de Rosa, busca a ars poetica que defendem em seus livros de estréia, estuda como tal poética foi desenvolvida em suas obras posteriores, e mostra o modo como cada um constrói a metáfora. A análise conclui que os dois autores têm semelhança na reflexão sobre o processo poético, na inventividade desnorteante, na criação neológica lexical e na subversão semântica, e que são personalidades literárias díspares, com visões de mundo quase antagônicas e projetos estéticos personalíssimos com relação ao sistema literário brasileiro, no qual cada um ao seu modo representa ruptura e avanço.The thesis demonstrates that it is a mistake to consider the ars poetica of Manoel de Barros as a copy of the Guimarães Rosa’s poetics. Barros’ poetics constitutes his own project, defined before the Rosa’s one – it is not, in this way, pastiche of the rosiana fiction. The anteriority of Barros prevails even it is considered the poem book Magma, by Guimarães Rosa, which was given a prize by the Brazilian Academy of Letters in 1937, that coincides with the year that was published the first Barros’ collection, Poemas concebidos sem pecado. Through comparative procedures, the work deals with metalinguistic, discursive and stylistic aspects. Thus, it determinates the real convergences between both writers and the originality of their poetics. The research exposes the reception to the works of Barros and Rosa, it searches the ars poetica that they defend in their first books, it studies how the poetics was developed in their following works, and shows the way that each one elaborates the metaphor. After the analyses it was concluded that both authors think about the poetic process similarly, in the inventivity out of course, the lexical neological creation and in the semantic subversion, and that they are dissimilar literary personalities, with nearly antagonistic overall view and with very personal aesthetic projects related to the Brazilian literary system, in what each one in a particular way represents rupture and advance.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Marchezan, Luiz Gonzaga [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Rodrigues, Kelcilene Grácia [UNESP]2014-06-11T19:32:07Z2014-06-11T19:32:07Z2006-03-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis318 f.application/pdfRODRIGUES, Kelcilene Grácia. De corixos e de veredas: a alegada similitude entre as poéticas de Manoel de Barros e de Guimarães Rosa. 2006. 318 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, 2006.http://hdl.handle.net/11449/102389000582871rodrigues_kg_dr_arafcl.pdf33004030016P05183349455031687Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-12T19:21:37Zoai:repositorio.unesp.br:11449/102389Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T14:49:46.835860Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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