Vogais pretônicas /e/ e /o: um estudo em tempo aparente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kailer, Dircel Aparecida [UNESP]
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/103582
Resumo: Neste estudo, à luz dos pressupostos teóricos da Sociolingüística Variacionista Quantitaviva, analisamos o uso das vogais pretônicas /e/ e /o/ no falar de 32 informantes, do sexo feminino e do sexo masculino, referentes a 2 regiões paranaenses. Conforme os resultados, verificamos que os contextos lingüísticos são determinantes no alçamento ([u], [i]) ou na manutenção ([o], [e]) dessas vogais. Dentre as variáveis lingüísticas as mais relevantes para a aplicação do alçamento foram: a) as vogais altas da sílaba seguinte a das vogais pretônicas ([o], [e]); b) as vogais médias pretônicas em contexto de hiato; c) a vogal pretônica [e] em contexto inicial seguida por uma fricativa [s,z] ou por uma nasal. Quanto às variáveis sociais, sexo, faixa etária e escolaridade, foram pouco significantes, todavia, pudemos verificar que as mulheres, os mais escolarizados, e os informantes com idade intermediária tendem a alçar menos que os homens, os jovens, os mais idosos, os analfabetos. Esse fato pode ser um indicativo de “prestígio” ou apontar para a questão das pressões sociais em relação à manutenção das pretônicas [e] e [o] nestas variedades, embora os resultados das variáveis sociais não possibilitem conclusões definitivas pelos percentuais muito próximos.
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