Intervenções psicossociais em escolas com jovens migrantes das segundas gerações na Itália

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Naputano, Marcelo [UNESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/151852
Resumo: Na contemporaneidade, as questões da diversidade cultural e, mais especificamente, das segundas gerações, ou seja, os “filhos das migrações”, colocam às instituições educativas um grande desafio no que diz respeito à integração destes como sociedade de “acolhimento”. É inclusive na escola que a segunda socialização ocorre fazendo com que esta instituição tenha grande importância no processo da formação das futuras sociedades interculturais para todos. Na Itália contemporânea, mais de 50% dos alunos considerados estrangeiros nasceram neste país apesar de serem denominados legalmente por “alunos cidadãos não italianos nascidos na Itália” e, este fato, pode nos dar a dimensão da complexidade da questão que de um lado promove o “acolhimento” e a “inserção” através da escolarização por direito legal inclusive e, da outra parte, a constatação do “não acolhimento” e “não inclusão” pela cidadania negada. Assim, o presente trabalho focaliza exatamente nossas intervenções psico-pedagógicas no contexto destes desafios da educação na Itália voltada para migrantes de segunda geração, tendo como referência nossa experiência de trabalho como psicólogos em projetos psicoeducativos de integração social, destinados a imigrantes de “segunda geração” desenvolvido em um instituto escolar, na cidade de Forlì na Região da Emilia Romagna (Itália), entre os anos de 2006 a 2013. Projetos estes, destinados inicialmente a alunos com dificuldades escolares comportamentais e de aprendizagem e que, identificados como “alunos problema”, curiosamente eram os filhos dos estrangeiros. Para tanto, numa abordagem qualitativa baseada em diversas leituras do movimento do Construcionismo Social e também da perspectiva da Psicologia Sistêmica Relacional, nosso objetivo central foi o de narrarmos nossas atividades de intervenções psicossociais em parte, pré-determinadas pela instituição escolar e, também, outras criadas por nós, em uma co-construção de possíveis acordos dentro aos conflitos no exato momento e lugar onde estes ocorriam em vista de uma convivência intercultural. Com nossa experiência de trabalho, esperamos contribuir para uma possível reflexão sobre a elaboração de projetos e intervenções psicossociais com a função de “integração” das segundas gerações que envolva todos e não seja “intercultural” somente para os não italianos.
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É inclusive na escola que a segunda socialização ocorre fazendo com que esta instituição tenha grande importância no processo da formação das futuras sociedades interculturais para todos. Na Itália contemporânea, mais de 50% dos alunos considerados estrangeiros nasceram neste país apesar de serem denominados legalmente por “alunos cidadãos não italianos nascidos na Itália” e, este fato, pode nos dar a dimensão da complexidade da questão que de um lado promove o “acolhimento” e a “inserção” através da escolarização por direito legal inclusive e, da outra parte, a constatação do “não acolhimento” e “não inclusão” pela cidadania negada. Assim, o presente trabalho focaliza exatamente nossas intervenções psico-pedagógicas no contexto destes desafios da educação na Itália voltada para migrantes de segunda geração, tendo como referência nossa experiência de trabalho como psicólogos em projetos psicoeducativos de integração social, destinados a imigrantes de “segunda geração” desenvolvido em um instituto escolar, na cidade de Forlì na Região da Emilia Romagna (Itália), entre os anos de 2006 a 2013. Projetos estes, destinados inicialmente a alunos com dificuldades escolares comportamentais e de aprendizagem e que, identificados como “alunos problema”, curiosamente eram os filhos dos estrangeiros. Para tanto, numa abordagem qualitativa baseada em diversas leituras do movimento do Construcionismo Social e também da perspectiva da Psicologia Sistêmica Relacional, nosso objetivo central foi o de narrarmos nossas atividades de intervenções psicossociais em parte, pré-determinadas pela instituição escolar e, também, outras criadas por nós, em uma co-construção de possíveis acordos dentro aos conflitos no exato momento e lugar onde estes ocorriam em vista de uma convivência intercultural. Com nossa experiência de trabalho, esperamos contribuir para uma possível reflexão sobre a elaboração de projetos e intervenções psicossociais com a função de “integração” das segundas gerações que envolva todos e não seja “intercultural” somente para os não italianos.Nowadays the issues of cultural diversity and, more specifically, of the "second generations/the sons of migrations" put educational institutions on a major challenge as regards their integration into the “host society”. It is even at school that the second socialization occurs making this institution to have great importance in the process of the formation of future multicultural societies for all. In contemporary Italy, more than 50% of foreign students were born in Italy despite being legally termed "non-Italian citizens born in Italy", and this fact can give us the dimension of the complexity of the question that one part promotes "welcoming" and the "insertion” through school by legal right, and, on the other hand, the affirmation of "non- acceptance” and "non- inclusion" by denied citizenship. Thus, the following study focuses precisely on our psycho-pedagogical interventions in the context of these challenges of education in Italy having as reference or empirical field our experience of work as psychologists in psycho-educational projects of social integration to "second generation" developed in a school in the city of Forlì in Emilia Romagna (Italy), between 2006-2013. These projects, initially intended to students with behavioral and learning difficulties and who, identified as" pupils problem ". Curiously they were children of foreigners. To do so, in a qualitative approach based on several readings of the Social Construction Movement and Relational Systemic Psychology, our central objective was to narrate our activities of psycho-social interventions in part, predetermined by the school institution and, also, other created by us, in a co-construction of possible agreements within the conflicts at the exact moment and place where these occurred in view of an intercultural coexistence. With our work experience, we hope to contribute to a possible reflection on the elaboration of projects and psycho-social interventions with the function of "integration" of the second generations that involves all and not being "intercultural" only for “non-Italians”.Nella contemporaneità la questione delle diversità culturale e, più precisamente, la questione delle "seconde generazioni/dei figli delle migrazioni", hanno portato una sfida importante alle istituzioni scolastiche per quanto riguarda l'integrazione delle seconde generazioni nella società di “accoglienza". E’ anche nella scuola che la seconda socializzazione avviene dando all’istituzione scolastica un ruolo centrale nel processo di formazione delle future società interculturale per tutti. In Italia oltre il 50% degli studenti stranieri contemporanei sono nati in questo paese, pur essendo chiamati legalmente "studenti non cittadini italiani nati in Italia", e questo fatto ci può dare la dimensione della complessità della questione che, da una parte promuove “l’accoglienza” e" inserzione” tramite l'educazione addirittura come diritto legale e dall'altra parte, la costatazione della “non accoglienza” e “non-inclusione” tramite la cittadinanza negata. In questo modo, la nostra tesi si concentra sui nostri interventi psico-pedagogici, nel contesto di queste sfide dell'educazione in Italia focalizzata sui migranti di seconda generazione, utilizzando come riferimento o campo empirico la nostra esperienza di lavoro come psicologi nei progetti psicoeducativi di integrazione sociale, destinati alla seconda generazione degli immigrati e sviluppati durante gli anni 2006-2013 in un istituto scolastico nella città di Forlì, della regione Emilia Romagna, in Italia. Progetti destinati inizialmente agli studenti delle scuole con difficoltà comportamentali e di apprendimento e identificati come "studenti problematici", i quali, curiosamente, erano figli di stranieri. Utilizzando un approccio qualitativo basato sulle diverse letture del movimento del Costruzionismo Sociale e dell’approccio Sistemico-Relazionale, il nostro principale obiettivo era quello di descrivere le nostre attività e gli interventi psicosociali, in parte prestabiliti dall’istituzione scolastica e in parte ideati da noi, in modo da promuovere una co- costruzione di possibili accordi per la risoluzione dei conflitti, nel momento e nel luogo in cui si sono verificati, ai fini di una convivenza interculturale. Con l’esperienza del nostro lavoro, speriamo di poter contribuire a una possibile riflessione sullo sviluppo di progetti e interventi psicosociali che mirino all’ "integrazione" delle seconde generazioni coinvolgendo tutti, e non un’ "interculturalità" solo per i detti “non italiani”.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Justo, José Sterza [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Naputano, Marcelo [UNESP]2017-10-04T18:40:28Z2017-10-04T18:40:28Z2017-08-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15185200089277333004048021P6porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-18T14:02:55Zoai:repositorio.unesp.br:11449/151852Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T21:35:51.682743Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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