Estresse, habilidades sociais e percepção de suporte social e familiar em adolescentes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/153696 |
Resumo: | A adolescência é o período de transição da infância para a vida adulta, marcado por alterações físicas, hormonais, psicológicas e cognitivas, em que o indivíduo apresenta necessidade de interação social e desenvolvimento da identidade. Nesta fase o adolescente se distancia socialmente dos pais e irmãos e aproxima-se de pares, de quem obtém ajuda para lidar com as preocupações e estresse, devido a necessidade de escolha de uma carreira, preparação para o vestibular e vida amorosa. Tais condições estressantes podem gerar transtornos psicológicos no adolescente caso não possua estratégias para gerenciá-las. É no ambiente familiar que o adolescente forma a maior parte do seu repertório de habilidades sociais que são as capacidades comportamentais em interações sociais, levando em consideração a expressão do indivíduo de forma a não ferir os próprios direitos nem os de outras pessoas. Por ser o primeiro ambiente de aprendizagem, a família é considerada como fonte de suporte e modelo, que funcionam como fatores de proteção para o desenvolvimento de transtornos psicológicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença de estresse, habilidades sociais e percepção de suporte social e familiar e as relações entre si, em 240 adolescentes estudantes do ensino médio, na faixa etária de 14 a 18 anos, de escolas públicas e particulares. Para tal, foram utilizados: questionário sociodemográfico, Escala de Stress para Adolescentes (ESA), Inventário de Habilidades Sociais para Adolescentes (IHSA), Escala de Percepção do Suporte Social (EPSUS-A) e Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF). Foi identificado que cerca de 31% da amostra possuía sintomas de estresse, dos quais aproximadamente 29% encontravam-se na fase de exaustão. A maioria dos participantes apresentava déficit em habilidades sociais, baixa percepção de suporte social e de suporte familiar. Pelas comparações, identificaram-se mais indicadores de estresse em residências com mais de quatro moradores, em adolescentes que dormiam até cinco horas por noite e relatavam ter má qualidade de sono. As habilidades sociais, no que concerne à frequência, foram superiores em homens, escola particular, residências até quatro moradores, praticantes de atividade física e que relataram ter sono de qualidade. Quanto à dificuldade nas habilidades sociais, a maior prevalência foi em mulheres, estudantes da rede pública e não praticantes de atividade física. Em relação à percepção de suporte social, os resultados foram mais significativos nas adolescentes do sexo feminino, em estudantes da escola particular e nos participantes que dormiam de seis a nove horas por noite, apresentando maior percepção. No suporte familiar os resultados foram superiores nos adolescentes do sexo masculino, praticantes de atividade física e que dormiam de seis a nove horas por noite. Novas pesquisas se fazem necessárias para desenvolver intervenções que possam auxiliar na prevenção e tratamento de transtornos psicológicos na adolescência. |
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Estresse, habilidades sociais e percepção de suporte social e familiar em adolescentesStress, social skills and perception of social and family support in adolescentsEstresseHabilidades sociaisSuporte social e familiarAdolescênciaStressSocial skillsSocial and family supportAdolescenceA adolescência é o período de transição da infância para a vida adulta, marcado por alterações físicas, hormonais, psicológicas e cognitivas, em que o indivíduo apresenta necessidade de interação social e desenvolvimento da identidade. Nesta fase o adolescente se distancia socialmente dos pais e irmãos e aproxima-se de pares, de quem obtém ajuda para lidar com as preocupações e estresse, devido a necessidade de escolha de uma carreira, preparação para o vestibular e vida amorosa. Tais condições estressantes podem gerar transtornos psicológicos no adolescente caso não possua estratégias para gerenciá-las. É no ambiente familiar que o adolescente forma a maior parte do seu repertório de habilidades sociais que são as capacidades comportamentais em interações sociais, levando em consideração a expressão do indivíduo de forma a não ferir os próprios direitos nem os de outras pessoas. Por ser o primeiro ambiente de aprendizagem, a família é considerada como fonte de suporte e modelo, que funcionam como fatores de proteção para o desenvolvimento de transtornos psicológicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença de estresse, habilidades sociais e percepção de suporte social e familiar e as relações entre si, em 240 adolescentes estudantes do ensino médio, na faixa etária de 14 a 18 anos, de escolas públicas e particulares. Para tal, foram utilizados: questionário sociodemográfico, Escala de Stress para Adolescentes (ESA), Inventário de Habilidades Sociais para Adolescentes (IHSA), Escala de Percepção do Suporte Social (EPSUS-A) e Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF). Foi identificado que cerca de 31% da amostra possuía sintomas de estresse, dos quais aproximadamente 29% encontravam-se na fase de exaustão. A maioria dos participantes apresentava déficit em habilidades sociais, baixa percepção de suporte social e de suporte familiar. Pelas comparações, identificaram-se mais indicadores de estresse em residências com mais de quatro moradores, em adolescentes que dormiam até cinco horas por noite e relatavam ter má qualidade de sono. As habilidades sociais, no que concerne à frequência, foram superiores em homens, escola particular, residências até quatro moradores, praticantes de atividade física e que relataram ter sono de qualidade. Quanto à dificuldade nas habilidades sociais, a maior prevalência foi em mulheres, estudantes da rede pública e não praticantes de atividade física. Em relação à percepção de suporte social, os resultados foram mais significativos nas adolescentes do sexo feminino, em estudantes da escola particular e nos participantes que dormiam de seis a nove horas por noite, apresentando maior percepção. No suporte familiar os resultados foram superiores nos adolescentes do sexo masculino, praticantes de atividade física e que dormiam de seis a nove horas por noite. Novas pesquisas se fazem necessárias para desenvolver intervenções que possam auxiliar na prevenção e tratamento de transtornos psicológicos na adolescência.Adolescence is the transition period from childhood to adulthood, marked by physical, hormonal, psychological and cognitive changes, in which the individual presents a need for social interaction and development of identity. At this stage the teenager distances himself socially from parents and siblings and approaches peers, from whom he gets help to deal with worries and stress due to the need for career choice, college preparation and love life. Such stressful conditions can generate psychological disorders in adolescents if they do not have strategies to manage them. It is in the family environment that adolescents form most of their repertoire of social skills that are behavioral capacities in social interactions, taking into account the expression of the individual in a way that does not hurt their own rights or those of other people. As the first learning environment, the family is considered as a source of support and a model, which act as protective factors for the development of psychological disorders. The objective of this study was to evaluate the presence of stress, social skills and perception of social and family support and the relationships among themselves, in 240 adolescents of high school students, in the age group of 14 to 18 years, of public and private schools. To that end, a sociodemographic questionnaire, Stress Scale for Adolescents (ESA), Social Skills Inventory for Adolescents (IHSA), Social Support Perception Scale (EPSUS-A) and Family Support Perception Inventory (IPSF) were used. It was identified that about 31% of the sample had symptoms of stress, of which approximately 29% were in the phase of exhaustion. Most of the participants had deficits in social skills, low perception of social support and family support. By comparison, more stress indicators were identified in households with more than four residents, in adolescents who slept up to five hours a night and reported poor sleep quality. Social skills, in terms of attendance, were higher in men, private school, residences up to four residents, physical activity practitioners and who reported having quality sleep. As for the difficulty in social skills, the highest prevalence was in women, students of the public network and not practicing physical activity. Regarding the perception of social support, the results were more significant in female adolescents, in private school students and in participants who slept from six to nine hours a night, with a higher perception. In the family support, the results were higher in the male adolescents, who practiced physical activity and who slept from six to nine hours per night. New research is needed to develop interventions that may help in the prevention and treatment of psychological disorders in adolescence.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Calais, Sandra Leal [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Lisboa, Natália Donegá2018-04-24T14:32:25Z2018-04-24T14:32:25Z2018-02-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15369600090057333004056085P023126852548136590000-0001-5704-4643porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-21T06:19:36Zoai:repositorio.unesp.br:11449/153696Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-12-21T06:19:36Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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A adolescência é o período de transição da infância para a vida adulta, marcado por alterações físicas, hormonais, psicológicas e cognitivas, em que o indivíduo apresenta necessidade de interação social e desenvolvimento da identidade. Nesta fase o adolescente se distancia socialmente dos pais e irmãos e aproxima-se de pares, de quem obtém ajuda para lidar com as preocupações e estresse, devido a necessidade de escolha de uma carreira, preparação para o vestibular e vida amorosa. Tais condições estressantes podem gerar transtornos psicológicos no adolescente caso não possua estratégias para gerenciá-las. É no ambiente familiar que o adolescente forma a maior parte do seu repertório de habilidades sociais que são as capacidades comportamentais em interações sociais, levando em consideração a expressão do indivíduo de forma a não ferir os próprios direitos nem os de outras pessoas. Por ser o primeiro ambiente de aprendizagem, a família é considerada como fonte de suporte e modelo, que funcionam como fatores de proteção para o desenvolvimento de transtornos psicológicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença de estresse, habilidades sociais e percepção de suporte social e familiar e as relações entre si, em 240 adolescentes estudantes do ensino médio, na faixa etária de 14 a 18 anos, de escolas públicas e particulares. Para tal, foram utilizados: questionário sociodemográfico, Escala de Stress para Adolescentes (ESA), Inventário de Habilidades Sociais para Adolescentes (IHSA), Escala de Percepção do Suporte Social (EPSUS-A) e Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF). Foi identificado que cerca de 31% da amostra possuía sintomas de estresse, dos quais aproximadamente 29% encontravam-se na fase de exaustão. A maioria dos participantes apresentava déficit em habilidades sociais, baixa percepção de suporte social e de suporte familiar. Pelas comparações, identificaram-se mais indicadores de estresse em residências com mais de quatro moradores, em adolescentes que dormiam até cinco horas por noite e relatavam ter má qualidade de sono. As habilidades sociais, no que concerne à frequência, foram superiores em homens, escola particular, residências até quatro moradores, praticantes de atividade física e que relataram ter sono de qualidade. Quanto à dificuldade nas habilidades sociais, a maior prevalência foi em mulheres, estudantes da rede pública e não praticantes de atividade física. Em relação à percepção de suporte social, os resultados foram mais significativos nas adolescentes do sexo feminino, em estudantes da escola particular e nos participantes que dormiam de seis a nove horas por noite, apresentando maior percepção. No suporte familiar os resultados foram superiores nos adolescentes do sexo masculino, praticantes de atividade física e que dormiam de seis a nove horas por noite. Novas pesquisas se fazem necessárias para desenvolver intervenções que possam auxiliar na prevenção e tratamento de transtornos psicológicos na adolescência. |
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