Pelo direito de ser um monstro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Kwame Yonatan Poli dos
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Dionisio, Gustavo Henrique [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://artefactum.rafrom.com.br/index.php/artefactum/article/view/107/205
http://hdl.handle.net/11449/127232
Resumo: O ensaio se propõe a refletir sobre o crescente processo de normatização da contemporaneidade, tomando como objeto de estudo os “anormais” e o olhar sobredeterminado da rotulação como dessubjetivação. Buscaremos retirar a carga pejorativa do adjetivo “monstro” e positivá-lo naquilo que sua estética tem de resistência, pela sua singularidade. Por conta de carregar contornos, trejeitos, nuances diferentes do que o olhar está treinado a codificar, muitos sujeitos são discriminados em diagnósticos psiquiátricos, os “bio-diagnósticos”, que certamente produzem efeitos subjetivantes, políticos, sociais e culturais. Esse fenômeno de transformação das diferenças em diagnósticos psiquiátricos é compreendido como medicalização, que é o processo de práticas discursivas de agenciamento de questões políticas, culturais, sociais, etc, em objetos de estudo do campo da medicina. Logo, propomos uma reflexão sobre esse fenômeno em seus aspectos éticos, no sentido de questionar alguns dos efeitos desses procedimentos.
id UNSP_ff9b7a7f1fe161191e78535227dc4b71
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/127232
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Pelo direito de ser um monstroMedicalizaçãoPsicofármacosPsicanáliseO ensaio se propõe a refletir sobre o crescente processo de normatização da contemporaneidade, tomando como objeto de estudo os “anormais” e o olhar sobredeterminado da rotulação como dessubjetivação. Buscaremos retirar a carga pejorativa do adjetivo “monstro” e positivá-lo naquilo que sua estética tem de resistência, pela sua singularidade. Por conta de carregar contornos, trejeitos, nuances diferentes do que o olhar está treinado a codificar, muitos sujeitos são discriminados em diagnósticos psiquiátricos, os “bio-diagnósticos”, que certamente produzem efeitos subjetivantes, políticos, sociais e culturais. Esse fenômeno de transformação das diferenças em diagnósticos psiquiátricos é compreendido como medicalização, que é o processo de práticas discursivas de agenciamento de questões políticas, culturais, sociais, etc, em objetos de estudo do campo da medicina. Logo, propomos uma reflexão sobre esse fenômeno em seus aspectos éticos, no sentido de questionar alguns dos efeitos desses procedimentos.Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Assis, Avenida Dom Antonio, 2100, CEP 19806-900, SP, BrasilUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Assis, Avenida Dom Antonio, 2100, CEP 19806-900, SP, BrasilUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Santos, Kwame Yonatan Poli dosDionisio, Gustavo Henrique [UNESP]2015-08-21T17:54:12Z2015-08-21T17:54:12Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article1-14application/pdfhttp://artefactum.rafrom.com.br/index.php/artefactum/article/view/107/205Artefactum, v. 1, n. 5, p. 1-14, 2013.1984-3852http://hdl.handle.net/11449/127232ISSN1984-3852-2013-01-05-01-14.pdf6448148909326901Currículo Lattesreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporArtefactuminfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-14T15:11:09Zoai:repositorio.unesp.br:11449/127232Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:58:40.265077Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Pelo direito de ser um monstro
title Pelo direito de ser um monstro
spellingShingle Pelo direito de ser um monstro
Santos, Kwame Yonatan Poli dos
Medicalização
Psicofármacos
Psicanálise
title_short Pelo direito de ser um monstro
title_full Pelo direito de ser um monstro
title_fullStr Pelo direito de ser um monstro
title_full_unstemmed Pelo direito de ser um monstro
title_sort Pelo direito de ser um monstro
author Santos, Kwame Yonatan Poli dos
author_facet Santos, Kwame Yonatan Poli dos
Dionisio, Gustavo Henrique [UNESP]
author_role author
author2 Dionisio, Gustavo Henrique [UNESP]
author2_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, Kwame Yonatan Poli dos
Dionisio, Gustavo Henrique [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Medicalização
Psicofármacos
Psicanálise
topic Medicalização
Psicofármacos
Psicanálise
description O ensaio se propõe a refletir sobre o crescente processo de normatização da contemporaneidade, tomando como objeto de estudo os “anormais” e o olhar sobredeterminado da rotulação como dessubjetivação. Buscaremos retirar a carga pejorativa do adjetivo “monstro” e positivá-lo naquilo que sua estética tem de resistência, pela sua singularidade. Por conta de carregar contornos, trejeitos, nuances diferentes do que o olhar está treinado a codificar, muitos sujeitos são discriminados em diagnósticos psiquiátricos, os “bio-diagnósticos”, que certamente produzem efeitos subjetivantes, políticos, sociais e culturais. Esse fenômeno de transformação das diferenças em diagnósticos psiquiátricos é compreendido como medicalização, que é o processo de práticas discursivas de agenciamento de questões políticas, culturais, sociais, etc, em objetos de estudo do campo da medicina. Logo, propomos uma reflexão sobre esse fenômeno em seus aspectos éticos, no sentido de questionar alguns dos efeitos desses procedimentos.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013
2015-08-21T17:54:12Z
2015-08-21T17:54:12Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://artefactum.rafrom.com.br/index.php/artefactum/article/view/107/205
Artefactum, v. 1, n. 5, p. 1-14, 2013.
1984-3852
http://hdl.handle.net/11449/127232
ISSN1984-3852-2013-01-05-01-14.pdf
6448148909326901
url http://artefactum.rafrom.com.br/index.php/artefactum/article/view/107/205
http://hdl.handle.net/11449/127232
identifier_str_mv Artefactum, v. 1, n. 5, p. 1-14, 2013.
1984-3852
ISSN1984-3852-2013-01-05-01-14.pdf
6448148909326901
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Artefactum
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 1-14
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv Currículo Lattes
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808128880629776384

Registros relacionados