Fatores que influenciam a produção comercial de embriões in vitro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nogueira, Bárbara Gomes Rodrigues
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNOESTE
Texto Completo: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1253
Resumo: O Brasil responde por quase 70% da produção mundial de embriões in vitro. A técnica de OPU-PIVE apresenta vantagens em relação aos outros programas de reprodução, pois proporciona um avanço acelerado do melhoramento genético do rebanho nacional, gerando maior número de animais superiores devido à pressão de seleção, além de possibilitar o uso de fêmeas de idades variadas, em qualquer fase do ciclo estral, inclusive as que possuem problemas reprodutivos adquiridos. Aliado ao uso de sêmen sexado, apresenta benefícios, principalmente para os produtores de leite, pois conseguem ter uma maior proporção de fêmeas no rebanho, tornando o uso da PIVE viável em larga escala. Porém, a técnica apresenta variabilidade na produção de blastocistos e na taxa de prenhez. Dessa forma, verificar e demonstrar os fatores que influenciam nos resultados obtidos por um laboratório comercial se mostra necessário, pois estas empresas englobam diferentes variáveis como: raças, localidades, manejos, sazonalidades e assim retratam a realidade do campo. Com isso, o presente estudo objetivou verificar os fatores que influenciam a produção de embrião in vitro (PIVE) e a taxa de prenhez utilizando dados de um Laboratório comercial. Para análise de PIVE, dados do ano de 2014 a 2016, referentes à 776 sessões de aspiração folicular guiada por ultrassom (OPU) de fêmeas bovinas adultas doadoras de oócitos para fins comerciais das raças Nelore (n=83), Girolando (n=73), Brangus (n=49), Holandesa (n=10) e Senepol (n=10), procedentes de diferentes localidades, foram avaliados. Foram analisadas a influência de cinco variáveis: raça da doadora, frequência de aspiração por doadora, tipo de sêmen (sexado vs convencional), sazonalidade (primavera/verão vs outono/inverno) e grupo genético da doadora (Bos taurus taurus, Bos taurus indicus e cruzamento) sobre as taxas de: oócitos viáveis, clivagem e produção de blastocisto. A produção de embriões in vitro seguiu os protocolos já estabelecidos pelo Laboratório. Já para análise da taxa de prenhez, dados de 20.297 inovulações realizadas entre novembro de 2009 e abril de 2016 foram avaliados. A influência de cinco variáveis: sazonalidade (primavera/verão vs outono/inverno), tipo de sêmen (sexado vs convencional), estádio embrionário, raça da doadora e da receptora sobre a taxa de prenhez, foram analisadas. A produção in vitro dos embriões foi realizada por apenas um técnico de laboratório e as inovulações por dois técnicos igualmente capacitados. A análise estatística dos dados foi realizada utilizando o programa computacional Statistical Analysis System for Windows (SAS Inst., Inc., Cary, NC) empregando-se o Teste Qui-quadrado a um nível de 5% de significância (p<0,05). A raça Girolando apresentou maior taxa de blastocistos quando comparada com as demais raças. Doadoras aspiradas entre 9 e 17 vezes resultaram em maior taxa de clivagem e de blastocistos em comparação as aspiradas de 2 a 8 vezes (p=0,0001). Ao avaliar as taxas de clivagem e de blastocisto de acordo com o tipo de sêmen, estas foram maiores quando utilizado o sêmen sexado em comparação ao sêmen convencional. A sazonalidade influenciou a taxa de oócitos viáveis, sendo melhor na primavera/verão (p=0,0001), no entanto, sem afetar a taxa de clivagem e de blastocisto. Quando comparado o grupo genético das doadoras, obteve-se uma superioridade do Bos indicus, representado pela raça Nelore, para taxa de oócitos viáveis e blastocisto, enquanto que o Bos taurus apresentou os menores valores. Para as análises dos dados de inovulações, obtivemos: superioridade na taxa de prenhez no período primavera/verão quando comparada com outono/inverno, independente da raça da doadora assim como quando utilizado o sêmen convencional nas fertilizações in vitro. Ao transferir embriões em estádio de blastocisto expandido, blastocisto eclodido e blastocisto a taxa de prenhez é maior (p=0,0046), quando comparada à mórula e blastocisto inicial. As doadoras das raças Brangus, Bonsmara e Gir apresentaram as maiores taxas e as Holandesas e Senepol as menores (p<0,0001). As receptoras com maior taxa de prenhez são das raças Bonsmara, Angus e Nelore. Ao agrupar a raça com a sazonalidade de inovulação, doadoras da raça Nelore e Brangus tem maiores taxas de prenhez na primavera/verão, enquanto que as raças leiteiras Holandesa e Gir se expressam melhor no outono/inverno. Para as receptoras, seguiu o mesmo padrão, as raças Nelore e europeu de corte apresentaram maiores taxas na primavera/verão e Holandesa, no outono/inverno. Concluímos com a realização deste estudo retrospectivo que: na PIVE, as doadoras da raça Girolando seguida pelas da raça Nelore exibiram o melhor desempenho na produção de blastocistos; esta produção aliada ao sêmen sexado demonstram que pode ser utilizado com sucesso em programa comercial, sobretudo na raça Girolando. A campo, as maiores taxas de prenhez se concentram na estação primavera/verão; os embriões em estádio mais avançado de desenvolvimento resultam em mais prenhez; o uso de sêmen convencional se mostrou superior que o sexado; e a raça da doadora e receptora é fator preponderante nos resultados. Desta forma, torna-se possível a obtenção de resultados satisfatórios comercialmente com a adaptação do laboratório às variáveis analisadas.
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Porém, a técnica apresenta variabilidade na produção de blastocistos e na taxa de prenhez. Dessa forma, verificar e demonstrar os fatores que influenciam nos resultados obtidos por um laboratório comercial se mostra necessário, pois estas empresas englobam diferentes variáveis como: raças, localidades, manejos, sazonalidades e assim retratam a realidade do campo. Com isso, o presente estudo objetivou verificar os fatores que influenciam a produção de embrião in vitro (PIVE) e a taxa de prenhez utilizando dados de um Laboratório comercial. Para análise de PIVE, dados do ano de 2014 a 2016, referentes à 776 sessões de aspiração folicular guiada por ultrassom (OPU) de fêmeas bovinas adultas doadoras de oócitos para fins comerciais das raças Nelore (n=83), Girolando (n=73), Brangus (n=49), Holandesa (n=10) e Senepol (n=10), procedentes de diferentes localidades, foram avaliados. Foram analisadas a influência de cinco variáveis: raça da doadora, frequência de aspiração por doadora, tipo de sêmen (sexado vs convencional), sazonalidade (primavera/verão vs outono/inverno) e grupo genético da doadora (Bos taurus taurus, Bos taurus indicus e cruzamento) sobre as taxas de: oócitos viáveis, clivagem e produção de blastocisto. A produção de embriões in vitro seguiu os protocolos já estabelecidos pelo Laboratório. Já para análise da taxa de prenhez, dados de 20.297 inovulações realizadas entre novembro de 2009 e abril de 2016 foram avaliados. A influência de cinco variáveis: sazonalidade (primavera/verão vs outono/inverno), tipo de sêmen (sexado vs convencional), estádio embrionário, raça da doadora e da receptora sobre a taxa de prenhez, foram analisadas. A produção in vitro dos embriões foi realizada por apenas um técnico de laboratório e as inovulações por dois técnicos igualmente capacitados. A análise estatística dos dados foi realizada utilizando o programa computacional Statistical Analysis System for Windows (SAS Inst., Inc., Cary, NC) empregando-se o Teste Qui-quadrado a um nível de 5% de significância (p<0,05). A raça Girolando apresentou maior taxa de blastocistos quando comparada com as demais raças. Doadoras aspiradas entre 9 e 17 vezes resultaram em maior taxa de clivagem e de blastocistos em comparação as aspiradas de 2 a 8 vezes (p=0,0001). Ao avaliar as taxas de clivagem e de blastocisto de acordo com o tipo de sêmen, estas foram maiores quando utilizado o sêmen sexado em comparação ao sêmen convencional. A sazonalidade influenciou a taxa de oócitos viáveis, sendo melhor na primavera/verão (p=0,0001), no entanto, sem afetar a taxa de clivagem e de blastocisto. Quando comparado o grupo genético das doadoras, obteve-se uma superioridade do Bos indicus, representado pela raça Nelore, para taxa de oócitos viáveis e blastocisto, enquanto que o Bos taurus apresentou os menores valores. Para as análises dos dados de inovulações, obtivemos: superioridade na taxa de prenhez no período primavera/verão quando comparada com outono/inverno, independente da raça da doadora assim como quando utilizado o sêmen convencional nas fertilizações in vitro. Ao transferir embriões em estádio de blastocisto expandido, blastocisto eclodido e blastocisto a taxa de prenhez é maior (p=0,0046), quando comparada à mórula e blastocisto inicial. As doadoras das raças Brangus, Bonsmara e Gir apresentaram as maiores taxas e as Holandesas e Senepol as menores (p<0,0001). As receptoras com maior taxa de prenhez são das raças Bonsmara, Angus e Nelore. Ao agrupar a raça com a sazonalidade de inovulação, doadoras da raça Nelore e Brangus tem maiores taxas de prenhez na primavera/verão, enquanto que as raças leiteiras Holandesa e Gir se expressam melhor no outono/inverno. Para as receptoras, seguiu o mesmo padrão, as raças Nelore e europeu de corte apresentaram maiores taxas na primavera/verão e Holandesa, no outono/inverno. Concluímos com a realização deste estudo retrospectivo que: na PIVE, as doadoras da raça Girolando seguida pelas da raça Nelore exibiram o melhor desempenho na produção de blastocistos; esta produção aliada ao sêmen sexado demonstram que pode ser utilizado com sucesso em programa comercial, sobretudo na raça Girolando. A campo, as maiores taxas de prenhez se concentram na estação primavera/verão; os embriões em estádio mais avançado de desenvolvimento resultam em mais prenhez; o uso de sêmen convencional se mostrou superior que o sexado; e a raça da doadora e receptora é fator preponderante nos resultados. Desta forma, torna-se possível a obtenção de resultados satisfatórios comercialmente com a adaptação do laboratório às variáveis analisadas.Brazil accounts for almost 70% of the worldwide production of in vitro embryos. The OPU-IVP (ovum pick-up/in vitro production) technique has advantages over other breeding programs, since it provides an accelerated advance of the genetic improvement of the national herd, generating superior animals due to the selection pressure, besides allowing the use of females of different ages, at any stage of the estrous cycle, including those with acquired reproductive problems. Combined with the use of sexed semen, it has benefits, especially for dairy farmers, since they can have a higher proportion of females in the herd, making the use of IVP viable on a large scale. However, the technique presents variability in the production of blastocysts and in the pregnancy rate. Thus, to verify and demonstrate the factors that influence the results obtained by a commercial laboratory is necessary, since these companies include different variables such as: breeds, localities, management, seasonality and thus portray the reality of the field. Thus, the present study aimed to verify the factors that influence in vitro embryo production (IVP) and the pregnancy rate using data from a commercial laboratory. For analysis of IVP, data from the year 2014 to 2016, referring to the 776 ultrasound guided follicular aspiration (OPU) sessions of oocyte donor adult females for commercial purposes of the Nelore (n=83), Girolando (n=73), Brangus (n = 49), Holstein (n=10) and Senepol (n=10) from different localities were evaluated. The influence of five variables: donor breed, donor aspiration frequency, semen type (sexado vs conventional), seasonality (spring/summer vs. autumn/winter) and donor genetic group (Bos taurus taurus, Bos taurus indicus and crossover) on the rates of: viable oocytes, cleavage and blastocyst production. In vitro embryo production followed the protocols already established by the Laboratory. As for the analysis of the pregnancy rate, data from 20,297 innovations carried out between November 2009 and April 2016 were evaluated. The influence of five variables: seasonality (spring/summer vs. autumn/winter), type of semen (sexed vs conventional), embryonic stage, donor and recipient breed on pregnancy rate were analyzed. The in vitro production of the embryos was performed by only one laboratory technician and the innovations by two equally trained technicians. Statistical analysis of the data was performed using the Statistical Analysis System for Windows (SAS Inst., Inc., Cary, NC) software using the chi-square test at a 5% level of significance (p<0.05). The Girolando breed had a higher blastocyst rate when compared to the other breeds. Donors aspirated between 9 and 17 times resulted in a higher rate of cleavage and of blastocysts compared to those aspirated 2 to 8 times (p=0.0001). When evaluating the rates of cleavage and blastocyst according to the type of semen, these were higher when using semen sexed compared to conventional semen. Seasonality influenced the rate of viable oocytes, being better in spring / summer (p=0.0001), however, without affecting the rate of cleavage and blastocyst. When comparing the genetic group of the donors, a superiority of the Bos indicus, represented by the Nelore breed, was obtained for viable oocytes and blastocyst rates, while Bos taurus presented the lowest values. For the analysis of the data of innovations, we obtained: superiority in the pregnancy rate in the spring/summer period when compared to autumn/winter, regardless of the breed of the donor as well as when the conventional semen was used in the in vitro fertilizations. When transferring embryos in expanded blastocyst stage, blastocyst and blastocyst the pregnancy rate is higher (p=0.0046). Donors from the Brangus, Bonsmara and Gir breeds had the highest rates and the lowest Holstein and Senepol breeds (p <0.0001). The recipients with the highest pregnancy rate are Bonsmara, Angus and Nelore. By grouping the breed with seasonality of innovation, Nelore and Brangus donors have higher pregnancy rates in the spring/summer, while the Holstein and Gir dairy breeds express themselves better in the fall/winter. For the recipients, it followed the same pattern, the Nelore and European breeds showed higher rates in spring/summer and Holstein in autumn/winter. We conclude with the accomplishment of this retrospective study that: in the IVP, the Girolando donors followed by the Nelore breed showed the best performance in the production of blastocysts; this production associate to sexed semen demonstrates that it can be used successfully in a commercial program, especially in the Girolando breed. In the field, the highest pregnancy rates are concentrated in the spring/summer season; embryos at a more advanced stage of development result in more pregnancy; the use of conventional semen was superior to sexed; and the donor and recipient breed is a preponderant factor in the results. In this way, it is possible to obtain satisfactory results with the adequacy of the database to the analyzed variables.Universidade do Oeste PaulistaMestrado em Ciência AnimalBrasilUNOESTEMestrado em Ciência AnimalCastilho, Caliêhttp://lattes.cnpq.br/4860674666647521http://lattes.cnpq.br/5147062641673918Puelker, Raquel Zanetihttp://lattes.cnpq.br/1281309745008327Nogueira, Bárbara Gomes Rodrigues2020-06-05T12:16:58Z2018-05-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfNogueira, Bárbara Gomes Rodrigues. Fatores que influenciam a produção comercial de embriões in vitro. 2018. 79f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) - Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente, 2018.http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1253porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNOESTEinstname:Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE)instacron:UNOESTE2020-06-06T04:00:21Zoai:bdtd.unoeste.br:jspui/1253Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/PUBhttp://bdtd.unoeste.br:8080/oai/requestbdtd@unoeste.bropendoar:2020-06-06T04:00:21Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE)false
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Dessa forma, verificar e demonstrar os fatores que influenciam nos resultados obtidos por um laboratório comercial se mostra necessário, pois estas empresas englobam diferentes variáveis como: raças, localidades, manejos, sazonalidades e assim retratam a realidade do campo. Com isso, o presente estudo objetivou verificar os fatores que influenciam a produção de embrião in vitro (PIVE) e a taxa de prenhez utilizando dados de um Laboratório comercial. Para análise de PIVE, dados do ano de 2014 a 2016, referentes à 776 sessões de aspiração folicular guiada por ultrassom (OPU) de fêmeas bovinas adultas doadoras de oócitos para fins comerciais das raças Nelore (n=83), Girolando (n=73), Brangus (n=49), Holandesa (n=10) e Senepol (n=10), procedentes de diferentes localidades, foram avaliados. Foram analisadas a influência de cinco variáveis: raça da doadora, frequência de aspiração por doadora, tipo de sêmen (sexado vs convencional), sazonalidade (primavera/verão vs outono/inverno) e grupo genético da doadora (Bos taurus taurus, Bos taurus indicus e cruzamento) sobre as taxas de: oócitos viáveis, clivagem e produção de blastocisto. A produção de embriões in vitro seguiu os protocolos já estabelecidos pelo Laboratório. Já para análise da taxa de prenhez, dados de 20.297 inovulações realizadas entre novembro de 2009 e abril de 2016 foram avaliados. A influência de cinco variáveis: sazonalidade (primavera/verão vs outono/inverno), tipo de sêmen (sexado vs convencional), estádio embrionário, raça da doadora e da receptora sobre a taxa de prenhez, foram analisadas. A produção in vitro dos embriões foi realizada por apenas um técnico de laboratório e as inovulações por dois técnicos igualmente capacitados. A análise estatística dos dados foi realizada utilizando o programa computacional Statistical Analysis System for Windows (SAS Inst., Inc., Cary, NC) empregando-se o Teste Qui-quadrado a um nível de 5% de significância (p<0,05). A raça Girolando apresentou maior taxa de blastocistos quando comparada com as demais raças. Doadoras aspiradas entre 9 e 17 vezes resultaram em maior taxa de clivagem e de blastocistos em comparação as aspiradas de 2 a 8 vezes (p=0,0001). Ao avaliar as taxas de clivagem e de blastocisto de acordo com o tipo de sêmen, estas foram maiores quando utilizado o sêmen sexado em comparação ao sêmen convencional. A sazonalidade influenciou a taxa de oócitos viáveis, sendo melhor na primavera/verão (p=0,0001), no entanto, sem afetar a taxa de clivagem e de blastocisto. Quando comparado o grupo genético das doadoras, obteve-se uma superioridade do Bos indicus, representado pela raça Nelore, para taxa de oócitos viáveis e blastocisto, enquanto que o Bos taurus apresentou os menores valores. Para as análises dos dados de inovulações, obtivemos: superioridade na taxa de prenhez no período primavera/verão quando comparada com outono/inverno, independente da raça da doadora assim como quando utilizado o sêmen convencional nas fertilizações in vitro. Ao transferir embriões em estádio de blastocisto expandido, blastocisto eclodido e blastocisto a taxa de prenhez é maior (p=0,0046), quando comparada à mórula e blastocisto inicial. As doadoras das raças Brangus, Bonsmara e Gir apresentaram as maiores taxas e as Holandesas e Senepol as menores (p<0,0001). As receptoras com maior taxa de prenhez são das raças Bonsmara, Angus e Nelore. Ao agrupar a raça com a sazonalidade de inovulação, doadoras da raça Nelore e Brangus tem maiores taxas de prenhez na primavera/verão, enquanto que as raças leiteiras Holandesa e Gir se expressam melhor no outono/inverno. Para as receptoras, seguiu o mesmo padrão, as raças Nelore e europeu de corte apresentaram maiores taxas na primavera/verão e Holandesa, no outono/inverno. Concluímos com a realização deste estudo retrospectivo que: na PIVE, as doadoras da raça Girolando seguida pelas da raça Nelore exibiram o melhor desempenho na produção de blastocistos; esta produção aliada ao sêmen sexado demonstram que pode ser utilizado com sucesso em programa comercial, sobretudo na raça Girolando. A campo, as maiores taxas de prenhez se concentram na estação primavera/verão; os embriões em estádio mais avançado de desenvolvimento resultam em mais prenhez; o uso de sêmen convencional se mostrou superior que o sexado; e a raça da doadora e receptora é fator preponderante nos resultados. 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