Adição de sulfato de magnésio à ropivacaína no bloqueio intraperitoneal para o controle da dor após ovariosalpingohisterectomia em cadelas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNOESTE |
Texto Completo: | http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1296 |
Resumo: | Objetivou-se comparar a eficácia analgésica e os efeitos adversos decorrentes do bloqueio intraperitoneal (IP) com ropivacaína isolada e associada ao sulfato de magnésio (MgSO4) em cadelas encaminhadas para ovariosalpingohisterectomia (OSH). Quarenta e cinco cadelas foram sedadas com a associação de acepromazina (0,05 mg/kg) à meperidina (5 mg/kg), por via intramuscular (IM). A indução anestésica foi feita por via intravenosa (IV) com propofol (dose-efeito), seguindo-se a manutenção anestésica com isofluorano/O2. Em delineamento encoberto e randomizado, os animais foram distribuídos em três tratamentos (n=15): S: solução salina 0,9% (1,2 mL/kg); R: ropivacaína 0,25% (3 mg/kg); R-Mg: associação de ropivacaína 0,25% (3 mg/kg) e sulfato de magnésio (MgSO4) (20 mg/kg). Nos grupos R e R-Mg, os fármacos foram diluídos em solução salina 0,9%. Após a abertura cirúrgica da cavidade abdominal, as soluções foram instiladas no espaço peritoneal (pedículos ovarianos e cérvix uterina). Durante a cirurgia, suplementação analgésica foi realizada com fentanil (2,5 µg/kg, IV) com base nos parâmetros cardiovasculares (incremento de 20% na frequência cardíaca e/ou pressão arterial, em relação à mensuração prévia). A concentração plasmática de MgSO4 foi mensurada antes (basal) e após (15, 60, 120 e 240 minutos) o tratamento IP. Nas primeiras 24 horas após a extubação traqueal, o grau de analgesia foi avaliado utilizando-se a Escala Analógica Visual Interativa e Dinâmica (EAVID), a Escala Composta de Dor de Glasgow -forma abreviada (ECG) e o limiar nociceptivo mecânico (LNM). Morfina (0,5 mg/kg, IM) foi administrada como analgesia de resgate. Empregou-se teste qui-quadrado, ANOVA com teste de Tukey e teste de Kruskall-Wallis e Friedman para dados paramétricos e não paramétricos, respectivamente (P < 0,05). Durante a cirurgia, a incidência de suplementação analgésica e de hipotensão foram superiores no grupo R-Mg em relação ao grupo S (P = 0,034 e P = 0,018, respectivamente). Os escores de dor (ECG), o LNM e a concentração plasmática de MgSO4 não diferiram entre os grupos (P > 0,05). Escores inferiores foram detectados pela EAVID entre 0,5 (P = 0,004) e 1 hora (P = 0,003) após a extubação traqueal no grupo R-Mg em relação ao demais grupos. A incidência de suplementação analgésica pós-operatória não diferiu entre os grupos (P > 0,05). Conclui-se que o tratamento IP com MgSO4 associado à ropivacaína reduziu o requerimento analgésico intra-operatório e os escores de dor (EAVID) na primeira hora após a cirurgia, porém foi associado à maior incidência de hipotensão. |
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Adição de sulfato de magnésio à ropivacaína no bloqueio intraperitoneal para o controle da dor após ovariosalpingohisterectomia em cadelasAddition of magnesium sulfate to intraperitoneal ropivacaine for perioperative analgesia in canine ovariohysterectomyAnalgesia. Anestésico Local. Cães. Intraperitoneal. Ropivacaína. Sulfato de Magnésio.Analgesia. Local Anesthetic. Dogs. Intraperitoneal. Ropivacaine. Magnesium Sulfate.CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIAObjetivou-se comparar a eficácia analgésica e os efeitos adversos decorrentes do bloqueio intraperitoneal (IP) com ropivacaína isolada e associada ao sulfato de magnésio (MgSO4) em cadelas encaminhadas para ovariosalpingohisterectomia (OSH). Quarenta e cinco cadelas foram sedadas com a associação de acepromazina (0,05 mg/kg) à meperidina (5 mg/kg), por via intramuscular (IM). A indução anestésica foi feita por via intravenosa (IV) com propofol (dose-efeito), seguindo-se a manutenção anestésica com isofluorano/O2. Em delineamento encoberto e randomizado, os animais foram distribuídos em três tratamentos (n=15): S: solução salina 0,9% (1,2 mL/kg); R: ropivacaína 0,25% (3 mg/kg); R-Mg: associação de ropivacaína 0,25% (3 mg/kg) e sulfato de magnésio (MgSO4) (20 mg/kg). Nos grupos R e R-Mg, os fármacos foram diluídos em solução salina 0,9%. Após a abertura cirúrgica da cavidade abdominal, as soluções foram instiladas no espaço peritoneal (pedículos ovarianos e cérvix uterina). Durante a cirurgia, suplementação analgésica foi realizada com fentanil (2,5 µg/kg, IV) com base nos parâmetros cardiovasculares (incremento de 20% na frequência cardíaca e/ou pressão arterial, em relação à mensuração prévia). A concentração plasmática de MgSO4 foi mensurada antes (basal) e após (15, 60, 120 e 240 minutos) o tratamento IP. Nas primeiras 24 horas após a extubação traqueal, o grau de analgesia foi avaliado utilizando-se a Escala Analógica Visual Interativa e Dinâmica (EAVID), a Escala Composta de Dor de Glasgow -forma abreviada (ECG) e o limiar nociceptivo mecânico (LNM). Morfina (0,5 mg/kg, IM) foi administrada como analgesia de resgate. Empregou-se teste qui-quadrado, ANOVA com teste de Tukey e teste de Kruskall-Wallis e Friedman para dados paramétricos e não paramétricos, respectivamente (P < 0,05). Durante a cirurgia, a incidência de suplementação analgésica e de hipotensão foram superiores no grupo R-Mg em relação ao grupo S (P = 0,034 e P = 0,018, respectivamente). Os escores de dor (ECG), o LNM e a concentração plasmática de MgSO4 não diferiram entre os grupos (P > 0,05). Escores inferiores foram detectados pela EAVID entre 0,5 (P = 0,004) e 1 hora (P = 0,003) após a extubação traqueal no grupo R-Mg em relação ao demais grupos. A incidência de suplementação analgésica pós-operatória não diferiu entre os grupos (P > 0,05). Conclui-se que o tratamento IP com MgSO4 associado à ropivacaína reduziu o requerimento analgésico intra-operatório e os escores de dor (EAVID) na primeira hora após a cirurgia, porém foi associado à maior incidência de hipotensão.The aim of this study was to investigate the analgesic efficacy and adverse effects of the intraperitoneal ropivacaine and its combination with magnesium sulfate (MgSO4) in dogs undergoing ovariohysterectomy. Forty-five dogs were sedated with acepromazine (0.05 mg/kg) and pethidine (5 mg/kg). Anesthesia was induced with intravenous (IV) propofol (dose effect) and maintained with isoflurane/O2. In a masked and randomized design, the dogs were randomly distributed into three treatments (n = 15): S = saline solution 0.9% (1.2 mL/kg); R: 0.25% ropivacaine (3 mg/kg); R-Mg: 0.25% ropivacaine (3 mg/kg) combined with MgSO4 (20 mg/kg). The solutions were instilled into the peritoneal space (ovarian pedicles, and uterine cervix). Intraoperatively, fentanyl (2,5 µg/kg, IV) was administered based on cardiovascular parameters. The magnesium plasma concentration was measured before (baseline) and 15, 60, 120 and 240 minutes after IP treatment. Analgesia was assessed for 24 hours post-extubation using an Interactive Visual Analog Scale (IVAS), the short form of the Glasgow Composite Pain Scale (CMPS-SF), and mechanical nociceptive thresholds (MNT). Morphine was administered as rescue analgesia. Data were analyzed using the chi-square test, Tukey test, Kruskal-Wallis test, and Friedman test (P < 0.05). Intraoperatively, the incidence of analgesic supplementation and hypotension were higher in the R-Mg group compared to S group (P = 0.034 e P = 0.018, respectively). The CMPS-SF pain score, MNT and the magnesium plasmatic concentration did not differ between groups. The IVAS pain scores were lower in the R-Mg group at 0.5 (P = 0.004) and 1 (P = 0.003) hour post-extubation when compared with the other groups. The incidence of postoperative analgesic supplementation did not differ between groups (P > 0.05). In conclusion, IP treatment with ropivacaine in combination with MgSO4 decreased intraoperative requirements and the postoperative pain scores (IVAS) in the first hour after ovariohysterectomy in dogs, however was associated with a higher incidence of hypotension.Universidade do Oeste PaulistaMestrado em Ciência AnimalBrasilUNOESTEMestrado em Ciência AnimalCassu, Renata NavarroLaposy , Cecília BragaRosa , André LegutheGomes, Denis Robison2021-01-12T15:25:25Z2019-09-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfGomes, Denis Robison. Adição de sulfato de magnésio à ropivacaína no bloqueio intraperitoneal para o controle da dor após ovariosalpingohisterectomia em cadelas. 2019. 42 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) - Universidade do Oeste Paulista, 2019.http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1296porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNOESTEinstname:Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE)instacron:UNOESTE2021-01-13T03:00:31Zoai:bdtd.unoeste.br:jspui/1296Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/PUBhttp://bdtd.unoeste.br:8080/oai/requestbdtd@unoeste.bropendoar:2021-01-13T03:00:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE)false |
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Objetivou-se comparar a eficácia analgésica e os efeitos adversos decorrentes do bloqueio intraperitoneal (IP) com ropivacaína isolada e associada ao sulfato de magnésio (MgSO4) em cadelas encaminhadas para ovariosalpingohisterectomia (OSH). Quarenta e cinco cadelas foram sedadas com a associação de acepromazina (0,05 mg/kg) à meperidina (5 mg/kg), por via intramuscular (IM). A indução anestésica foi feita por via intravenosa (IV) com propofol (dose-efeito), seguindo-se a manutenção anestésica com isofluorano/O2. Em delineamento encoberto e randomizado, os animais foram distribuídos em três tratamentos (n=15): S: solução salina 0,9% (1,2 mL/kg); R: ropivacaína 0,25% (3 mg/kg); R-Mg: associação de ropivacaína 0,25% (3 mg/kg) e sulfato de magnésio (MgSO4) (20 mg/kg). Nos grupos R e R-Mg, os fármacos foram diluídos em solução salina 0,9%. Após a abertura cirúrgica da cavidade abdominal, as soluções foram instiladas no espaço peritoneal (pedículos ovarianos e cérvix uterina). Durante a cirurgia, suplementação analgésica foi realizada com fentanil (2,5 µg/kg, IV) com base nos parâmetros cardiovasculares (incremento de 20% na frequência cardíaca e/ou pressão arterial, em relação à mensuração prévia). A concentração plasmática de MgSO4 foi mensurada antes (basal) e após (15, 60, 120 e 240 minutos) o tratamento IP. Nas primeiras 24 horas após a extubação traqueal, o grau de analgesia foi avaliado utilizando-se a Escala Analógica Visual Interativa e Dinâmica (EAVID), a Escala Composta de Dor de Glasgow -forma abreviada (ECG) e o limiar nociceptivo mecânico (LNM). Morfina (0,5 mg/kg, IM) foi administrada como analgesia de resgate. Empregou-se teste qui-quadrado, ANOVA com teste de Tukey e teste de Kruskall-Wallis e Friedman para dados paramétricos e não paramétricos, respectivamente (P < 0,05). Durante a cirurgia, a incidência de suplementação analgésica e de hipotensão foram superiores no grupo R-Mg em relação ao grupo S (P = 0,034 e P = 0,018, respectivamente). Os escores de dor (ECG), o LNM e a concentração plasmática de MgSO4 não diferiram entre os grupos (P > 0,05). Escores inferiores foram detectados pela EAVID entre 0,5 (P = 0,004) e 1 hora (P = 0,003) após a extubação traqueal no grupo R-Mg em relação ao demais grupos. A incidência de suplementação analgésica pós-operatória não diferiu entre os grupos (P > 0,05). Conclui-se que o tratamento IP com MgSO4 associado à ropivacaína reduziu o requerimento analgésico intra-operatório e os escores de dor (EAVID) na primeira hora após a cirurgia, porém foi associado à maior incidência de hipotensão. |
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