Efeito da suplementação do óleo de coco extra virgem sobre parâmetros clínicos e laboratoriais de ratos com obesidade induzida por dieta de cafeteria

• Autor(a) principal: Caleiro, Eliana Miranda
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNOESTE
• Texto Completo: http://bdtd.unoeste.br:8080/tede/handle/tede/669
• topic: Obesidade; ratos; óleo de coco extra virgem; dieta de cafeteria; Obesity; rats; cafeteria diet; coconut oil; CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA

Este estudo objetivou avaliar os efeitos da suplementação do óleo de coco extra virgem (OCEV) sobre os parâmetros lipídicos, peso, medidas e depósito de gordura corporal de ratos machos e fêmeas com obesidade induzida por dieta de cafeteria. Foram estudados 48 ratos Wistar, divididos em 3 grupos (8 machos e 8 fêmeas): Grupo CONTROLE: alimentados com ração comercial; Grupo OBESO: alimentados com dieta de cafeteria ou palatável hiperlipídica (DPH); Grupo OBESO+COCO: alimentados com DPH e suplementados com OCEV. Os animais foram pesados a cada 7 dias, e nas semanas 5 e 12 foram aferidas medidas de cintura corporal. Após 12 semanas foi realizada coleta de sangue para determinação do colesterol total e frações (HDL e LDL), triglicérides (TG) e glicose, bem como coleta e pesagem da gordura retroperitoneal e escrotal nos machos. Tanto a obesidade, quanto a suplementação do OCEV, produziram diferentes efeitos em machos e fêmeas. Fêmeas do grupo OBESO apresentaram importante elevação do colesterol total, efeito não atenuado pela suplementação com OCEV. No TG, a suplementação do óleo revelou-se benéfica, causando redução dos níveis séricos em machos e fêmeas. No grupo OBESO houve acentuado aumento do LDL nas fêmeas, e discreto aumento em machos, sendo que a suplementação com OCEV foi mais eficaz na redução do LDL em machos que em fêmeas. Em relação ao HDL, o grupo OBESO apresentou redução em machos, mas não em fêmeas, enquanto no grupo OBESO+COCO houve aumento do HDL para os dois gêneros. Os grupos CONTROLE e OBESO+COCO apresentaram ganho de peso a partir da quarta e sexta semanas do estudo em machos e fêmeas, respectivamente, enquanto o grupo OBESO apresentou ganho a partir da terceira semana nos machos e sexta semana nas fêmeas. Os machos tiveram pesos superiores aos das fêmeas nas 12 semanas avaliadas. Na pesagem da gordura retroperitoneal observou-se valores inferiores no grupo CONTROLE, e os machos apresentaram valores superiores ao das fêmeas de todos os grupos. O peso da gordura escrotal no grupo OBESO+COCO foi superior ao CONTROLE, assim como a circunferência abdominal. Conclui-se que a suplementação do OCEV em ratos obesos demonstrou efeitos hipolipemiantes, predominantemente em machos. Entretanto, a prática não foi eficaz em reduzir o peso corporal em ambos os gêneros, além de promover maior acúmulo de gordura abdominal em machos, fator de risco para doenças do coração. Portanto, ao realizar suplementação com OCEV deve-se considerar qual o benefício desejado, o gênero e os possíveis efeitos que este suplemento pode produzir.