Análise fractal na caracterização de colágenos tipos I e III em feridas dérmicas tratadas com diferentes fontes de plasma rico em plaquetas

• Autor(a) principal: MELO, Gabriela Haro de
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNOESTE
• Texto Completo: http://bdtd.unoeste.br:8080/jspui/handle/jspui/1065
• topic: dimensão fractal, plasma rico em plaquetas, colágeno, cicatrização, coelhos; fractal dimension, platelet-rich plasma, collagen, healing, rabbit.; CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA

Devido a alta concentração em fatores de crescimento, o plasma rico em plaquetas (PRP) tornou-se objeto de estudos para pesquisadores de todo o mundo, seja como tratamento isolado ou adjuvante e demonstra efeitos benéficos em processos de cicatrização com maior produção de colágeno. Contudo, são escassos estudos que avalim a qualidade do tecido cicatricial em feridas tratadas com diferentes tipos de PRP e que qualificam o colágeno, proteína importante na elasticidade e resistência da pele. A dimensão fractal (DF), método utilizado em lâminas histológicas, permite a caracterização de estruturas. Geralmente, quanto maior a DF, mais complexa a forma do objeto e dentre os vários cálculos de DF existente, a técnica de box-couting é a mais indicada. Levantamos a hipótese de que a DF, como método auxiliar na avaliação da fisiopatologia da reparação tecidual, pode contribuir na tomada de decisão do protocolo terapêutico mais indicado para cicatrização de feridas. Objetivou-se Avaliar as características do colágeno na reparação tecidual de feridas experimentalmente induzidas e tratadas com diferentes fontes de plasma rico em plaquetas (PRP) gel por meio de achados histológicos e análise fractal. Para avaliar os efeitos de diferentes tipos de PRP sob a forma de gel em cicatrização cutânea in vivo, foram utilizados 18 coelhos Nova Zelândia, divididos em três grupos de seis animais nos quais foram induzidas duas feridas com punch de 8 mm, o lado esquerdo (controle) foi tratado com NaCl 0,9%, e o direito (tratado) foi aplicado gel de PRP. As feridas foram avaliadas por um período de 17 dias. Ao 17º dia, foram realizadas biópsias para avaliação histológica pelo software Image J®. Seis animais foram doadores para PRP homólogo e um cão adulto foi usado para obtenção do PRP heterólogo. Observou-se incremento das fibras colágenas, por meio de medição de área com Threshold Colour nos diferentes tratamentos, sobretudo com PRP de fontes autóloga (p=0,009) e homóloga (p=0,016). A DF do colágeno tipo I mostrou aumento significativo para o grupo autólogo (p=0,028) em relação ao controle, porém, em média (p<0,05) o colágeno tipo III foi maior em relação ao tipo I. A coloração de picrosirius sob luz polarizada permitiu a visualização do colágeno tipo I mostrando marcada birrefringência laranja e vermelha e do colágeno tipo III com birrefringência verde. Nos grupos tratados, as fibras colágenas do tipo I, foram mais evidentes e organizadas do que as do tipo III, que estavam distribuídas irregularmente, quando comparadas com as do tipo I. Em microscopia optica, em lâminas coradas com HE, não foram observados indicativos de necrose ou inflamação nos tecidos analisados, assim como em outros estudos. A dimensão fractal foi eficaz para caracterizar separadamente as fibras de colágeno tipo I e tipo III. Os métodos utilizados neste estudo demonstraram que o emprego de PRP gel de diferentes fontes para o tratamento de feridas dérmicas é eficiente, porém o gel autólogo demonstrou melhor colagenização quando comparado ao heterólogo e homólogo, respectivamente, homólogo e heterólogo, respectivamente.