PERFIL DOS PACIENTES IDOSOS AVALIADOS PARA DISFAGIA OROFARÍNGEA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Briczinski de Souza, Guilherme
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Angelos Cardoso, Anna Carolina, Tamanini de Almeida, Sheila
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano (Online)
Texto Completo: http://seer.upf.br/index.php/rbceh/article/view/10362
Resumo: Introdução: O processo de envelhecimento envolve um conjunto de modificações fisiológicas que favorecem o surgimento de multimorbidades. Dentre elas, pode-se encontrar a disfagia orofaríngea que pode estar associada à desnutrição, desidratação e aos riscos de broncoaspirações, prejudicando na qualidade de vida do idoso e no tempo de internação, quando já hospitalizados. Dessa forma a utilização de protocolos de investigação de disfagia orofaríngea permite que sejam identificados sinais e sintomas associados a este distúrbio de deglutição, permitindo otimizar a internação hospitalar e favorecer a alta melhorada. Objetivo: Caracterizar o perfil dos pacientes idosos avaliados por um protocolo de investigação de disfagia orofaríngea em um hospital na cidade de Porto Alegre, nos anos de 2017 e 2018. Metodologia: Estudo do tipo transversal e retrospectivo, realizado por meio da análise dos protocolos de avaliação de disfagia orofaríngea. Investigação aprovada pelo comitê de ética da UFCSPA sob nº 3125527. As variáveis analisadas foram: sexo, idade, diagnostico medico, motivo e resultados da avaliação. Resultados: A amostra foi composta por 61 prontuários. Destes, 50,8% eram do sexo masculino. Observou-se que a média de idade foi de 71,3 anos. Em 19,6%, o acidente vascular cerebral isquêmico foi o diagnóstico médico mais frequente. A reintrodução de alimento por via oral foi o motivo de avaliação mais prevalente em 32,6% dos casos, seguido pela progressão da dieta em 23,9% da amostra. Na variável dificuldade em se alimentar, houve dificuldade na consistência sólida em 23,07% e também na consistência liquida em 23,07%. Quanto a presença de tosse, engasgo e/ou sufocamento, ela foi identificada em 45,9% dos idosos avaliados. A conclusão fonoaudiológica mais prevalente foi a de disfagia leve com baixo risco de aspiração e de disfagia moderada com risco de aspiração, ambas com 29,4% da amostra. Conclusão: Foi evidenciada alta frequência de tosse, engasgo e/ou sufocamento, o que corrobora com as mudanças morfofisiológicas do envelhecimento, que podem levar a uma deglutição alterada. Observamos um alto índice de diagnóstico de disfagia orofaríngea, assim, torna-se muito importante a realização da avaliação da deglutição neste público, para que essas dificuldades e alterações, quando encontradas, sejam tratadas precocemente.
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