SEXUALIDADES (DES)COBERTAS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Razeira, Tatiane Rocha
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Jaeger, Angelita Alice
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano (Online)
Texto Completo: http://seer.upf.br/index.php/rbceh/article/view/10269
Resumo: INTRODUÇÃO: Dentre as mudanças que ocorrem no processo de envelhecimento, incluem-se as referentes às sexualidades, possíveis em todas as idades e expressas de forma singular e diversa. A gerontologia e outras áreas do conhecimento corroboram que esse decréscimo é substituído por uma intensidade ampliada do prazer sexual¹. A sexualidade na velhice possui uma conduta sexual bastante intrincada, abrange aspectos físicos e emocionais. Assim como outros órgãos do sistema, na velhice, os órgãos sexuais sofrem mudanças, o que não extingue sua função. Envelhecer não é sinônimo de adoecer². OBJETIVO: identificar a percepção de pessoas idosas institucionalizadas sobre sexualidade. MÉTODO: pesquisa etnográfica, realizada em uma instituição privada de Santa Maria - RS. RESULTADOS: participaram da pesquisa 15 pessoas idosas de ambos os sexos, com média de idade de 71 anos. As respostas mostraram concepções diferentes, mas que se originam e convergem, da/na mesma direção. As quais são frutos de uma educação conservadora e dentro da normalidade heterossexual e conjugal. A sexualidade mostra-se como um aspecto de foro íntimo e privado, ela se faz presente, mas encoberta, e esse disfarce é atravessado por conceitos preestabelecidos e pela ideia persistente de velhice assexuada. Essas alusões advêm tanto da parte da pessoa idosa como dos profissionais que trabalham na instituição e familiares. Esses aspectos demonstram a necessidade de discutir a temática da sexualidade na velhice com a equipe de profissionais e com as próprias pessoas idosas. CONCLUSÃO: Faz-se necessário compreender a sexualidade na velhice como algo natural. As pessoas idosas conseguem se adaptar e conviver com as transformações físicas e podem manter uma vida sexual prazerosa, permitindo-se novas vivências amorosas, nas quais valorizam mais o companheirismo, o afeto e o cuidado do que a relação sexual propriamente dita. O conhecimento sobre os diferentes aspectos da sexualidade que constituem o sujeito idoso proporcionará qualidade no atendimento e proposições que objetivam o bem-estar integral da pessoa idosa.
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