A nefrotoxicidade da polimixina B

• Autor(a) principal: Mezzomo, Regina
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UPF
• Texto Completo: http://repositorio.upf.br/handle/riupf/2469
• topic: Farmácia; Polimixina B; Lesão renal; Manejo; Nefrotoxicidade

A polimixina B faz parte de uma antiga classe de antimicrobianos utilizados para combater infecções originadas de bactérias gram-negativas multirresistentes. Apesar de ser uma ótima opção de tratamento, possui perfil citotóxico que acomete as células renais, sendo a nefrotoxicidade um dos eventos adversos mais limitantes em função da dose e do agravamento do quadro clínico de pacientes afetados, desencadeando lesão renal aguda na grande maioria dos casos. Nesse contexto, foi realizada uma revisão integrativa, com o objetivo de avaliar a literatura científica sobre a nefrotoxicidade da polimixina B e as consequências ocasionadas aos indivíduos que são acometidos pelo dano renal após o uso do antibiótico. Os artigos científicos foram selecionados na base de dados PUBMED, utilizando “Polymyxin B AND nephrotoxicity”, como descritores e com abrangência temporal de 5 anos. A partir da revisão, constatou-se que a lesão renal aguda induzida pela nefrotoxicidade da polimixina B gera impacto significativo nos pacientes adultos ou pediátricos, como maior tempo de hospitalização, consequências a longo prazo e maior risco de mortalidade. A suspensão do antimicrobiano demonstrou ser a opção mais eficaz para manejar dano renal, mas, de fato, a melhor forma de preservar a integridade da função renal é evitar eventos tóxicos por meio de acompanhamento, assistência rigorosa aos indivíduos e não utilização da polimixina B concomitante a outros agentes nefrotóxicos durante esse período. Em pacientes pediátricos, a incidência de nefrotoxicidade é alta e por isso o tratamento com polimixina B deve ser uma opção em últimos casos com monitoramento intenso.