Prevalência de lesões orais e alterações salivares em pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise: revisão sistemática e metanálise

• Autor(a) principal: Santos, Vanessa Cardoso dos
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UPF
• Texto Completo: http://repositorio.upf.br/handle/riupf/1994
• topic: Odontologia; Insuficiência renal crônica; pH salivar; Hipossalivação; Alterações salivares; Xerostomia

Além de alterações no fluxo e composição salivar, a insuficiência renal crônica (IRC) pode acarretar várias manifestações bucais, as quais são secundárias às manifestações sistêmicas, como: doença periodontal (DP), lesões na mucosa, infecções bucais, entre outras. Objetivo: Avaliar quais são as alterações salivares e da mucosa oral mais comuns em indivíduos com insuficiência renal crônica. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, avaliando ensaios clínicos randomizados nas seguintes bases de dados: Proquest, Embase, Scopus, Cochrane Library, Web of Science, Lilacs e Pubmed, utilizando-se os termos MeSH e outros. A partir da busca inicial, foram obtidos 6.445 estudos, cujo título e resumo foram analisados por dois revisores independentes, tendo sido incluídos no estudo 15 artigos que analisaram lesões orais e alterações salivares nos pacientes com IRC em tratamento de hemodiálise. Resultados: A maioria dos estudos clínicos incluídos eram transversais e todos eram compostos por um grupo de estudo e um grupo controle saudável. A idade média de todos os participantes no grupo de estudo foi de 50,19 anos e no grupo controle foi de 48,95 anos. Em ambos os grupos haviam pessoas tanto do sexo masculino quanto do feminino. As alterações bucais mais encontradas no grupo IRC em relação ao controle foram: xerostomia, hálito urêmico, disgeusia, língua saburrosa, sangramento gengival e palidez da mucosa. A vasão salivar dos pacientes com IRC também foi menor, uma vez que a produção de saliva se mostrou 46,6% menor no grupo teste. O pH salivar no grupo de estudo também foi mais alcalino quando comparado ao grupo controle. Também foram verificadas quantidades maiores de ureia, fosfato, proteína C reativa, proteínas totais e creatinina na saliva dos indivíduos com IRC. Conclusão: indivíduos com IRC em hemodiálise são mais propensos a alterações tanto na quantidade como na qualidade da saliva, assim como são detentores de uma maior quantidade de alterações bucais.