Urbanidade experiencial: situações e interações no cotidiano de Paraisópolis, São Paulo

• Autor(a) principal: Rezende, Wagner de Souza
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do Mackenzie
• Texto Completo: http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/25894
• topic: urbanidade experiencial; situações; interações; cotidiano; Paraisópolis; CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ARQUITETURA E URBANISMO

Esta pesquisa pretende contribuir para a reflexão sobre as influências das apropriações dos espaços públicos das favelas na emergência de uma Urbanidade Experiencial, em oposição à urbanidade normativa, vigente na maioria dos contextos urbanos contemporâneos. Ao investigar os processos socioespaciais determinantes nas configurações de urbanidade experiencial, esse estudo se deteve nos citadinos e nas apropriações (interações, situações e agentes) dos espaços públicos em Paraisópolis, para melhor identificar as práticas de “fazer cidade”, visando responder a seguinte questão: Qual o papel dos agentes (sociais e materiais), das interações cotidianas e das situações urbanas na emergência de regimes de urbanidades no cotidiano da favela de Paraisópolis, em São Paulo? Sob a égide da teoria fundamentada nos dados, da metodologia visual e da diagramatologia, buscou-se conhecer, de forma qualitativa, de que maneira os moradores de Paraisópolis interagem nos espaços públicos em uma perspectiva situacional e experiencial, explorando as influências de táticas urbanas no cotidiano, tomando como base um estudo de caso integrado por três unidades analíticas que possibilitaram examinar em profundidade três vias urbanas dessa favela de São Paulo, com apoio de mapeamento colaborativo, questionário e entrevistas com fotoelicitação. Ao analisar essas práticas sociais, contribui-se para ampliar o pensamento sobre interações, situações e regimes de urbanidade em favelas, apresentando novas perspectivas para os estudos urbanos, concluindo que as apropriações dos espaços públicos das favelas, na esfera das práticas cotidianas dos moradores, contribuem para a configuração de contextos de urbanidade experiencial, na medida em que permitem a emergência de táticas urbanas (reativas e criativas) como condição para a superação dos conflitos sociais nesses territórios.