A Precipitação de neve no Brasil meridional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schmitz, Claudio Marcus
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/12024
Resumo: (RS) e Santa Catarina (SC), Brasil meridional. Para tanto foram usados os dados diários e das normais climatológicas (1961-90) das estações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Foi elaborada uma caracterização climática da área de estudo, que forneceu o apoio para a contextualização do fenômeno. Os dados climatológicos básicos (temperaturas médias mensais compensadas, temperaturas mínimas absolutas e totais pluviométricos mensais) foram obtidos diretamente das normais climatológicas publicadas pelo INMET. Os dados referentes aos dias de neve foram compilados diretamente das observações do INMET para planilha eletrônica onde se totalizaram os dias de neve e foram calculadas médias e percentuais convencionais. Em termos sazonais, o período de ocorrência estende-se de maio até setembro, quando a massa de ar polar marítima (mP) tem maior atuação no sul do Brasil. O mês de julho concentra a maioria dos eventos, com mais de 40% dos dias de neve na maioria das estações analisadas. A trajetória do anticiclone móvel polar tem papel fundamental no entendimento do fenômeno, associando-se a maioria dos eventos com passagens interiores (i.e., continentais) do referido sistema atmosférico. As áreas mais altas do Brasil meridional, a partir da cota de 600 m, são as que apresentam as maiores médias anuais de dias com neve, com valores que chegam até a média de 1,8 dias/ano em Cambará do Sul e 2,7 dias/ano em São Joaquim (SC). Esse município possui as mais altas médias de ocorrência da neve. A área de maior recorrência do fenômeno foi chamada de “Planalto da Neve”, subdividida em dois setores: I, acima de 900 m e II, entre 600 m e 900 m. O referido Planalto possui 95.242 km² distribuídos no RS e SC, localizando-se no seu interior 90 cidades gaúchas e 101 catarinenses. A análise da variação inter-anual (com dados de São Joaquim, SC) indicou que, de toda a série estudada, apenas os anos de 1961, 1963, 1971, 1973, 1982 e 1986, não apresentam registro de neve. As nevadas mais relevantes ocorreram nos anos de 1965, 1975, 1988 e 1990. Os intervalos entre períodos de ausência de neve e de nevadas mais importantes indica um ciclo decadal na dinâmica do fenômeno. Apesar dos picos de precipitação em 1988 e 1990, não existe uma tendência de aumento da precipitação de neve naquela cidade.
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spelling Schmitz, Claudio MarcusSimões, Jefferson Cardia2008-03-06T04:11:37Z2007http://hdl.handle.net/10183/12024000619708(RS) e Santa Catarina (SC), Brasil meridional. Para tanto foram usados os dados diários e das normais climatológicas (1961-90) das estações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Foi elaborada uma caracterização climática da área de estudo, que forneceu o apoio para a contextualização do fenômeno. Os dados climatológicos básicos (temperaturas médias mensais compensadas, temperaturas mínimas absolutas e totais pluviométricos mensais) foram obtidos diretamente das normais climatológicas publicadas pelo INMET. Os dados referentes aos dias de neve foram compilados diretamente das observações do INMET para planilha eletrônica onde se totalizaram os dias de neve e foram calculadas médias e percentuais convencionais. Em termos sazonais, o período de ocorrência estende-se de maio até setembro, quando a massa de ar polar marítima (mP) tem maior atuação no sul do Brasil. O mês de julho concentra a maioria dos eventos, com mais de 40% dos dias de neve na maioria das estações analisadas. A trajetória do anticiclone móvel polar tem papel fundamental no entendimento do fenômeno, associando-se a maioria dos eventos com passagens interiores (i.e., continentais) do referido sistema atmosférico. As áreas mais altas do Brasil meridional, a partir da cota de 600 m, são as que apresentam as maiores médias anuais de dias com neve, com valores que chegam até a média de 1,8 dias/ano em Cambará do Sul e 2,7 dias/ano em São Joaquim (SC). Esse município possui as mais altas médias de ocorrência da neve. A área de maior recorrência do fenômeno foi chamada de “Planalto da Neve”, subdividida em dois setores: I, acima de 900 m e II, entre 600 m e 900 m. O referido Planalto possui 95.242 km² distribuídos no RS e SC, localizando-se no seu interior 90 cidades gaúchas e 101 catarinenses. A análise da variação inter-anual (com dados de São Joaquim, SC) indicou que, de toda a série estudada, apenas os anos de 1961, 1963, 1971, 1973, 1982 e 1986, não apresentam registro de neve. As nevadas mais relevantes ocorreram nos anos de 1965, 1975, 1988 e 1990. Os intervalos entre períodos de ausência de neve e de nevadas mais importantes indica um ciclo decadal na dinâmica do fenômeno. Apesar dos picos de precipitação em 1988 e 1990, não existe uma tendência de aumento da precipitação de neve naquela cidade.This work analyzes the seasonal and spatial distribution of snow in Rio Grande do Sul (RS) and Santa Catarina (SC), southern Brazil. This analysis is based on the daily data and the Climatological Normals (1961-1990), coming from the local weather stations, maintained by the Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), to obtain the basic climatological data (compensated monthly medium temperatures, minimum absolute temperatures and monthly pluviometric totals). To contextualize the study of this phenomenon, the characterization of the climate was prepared for the region. The total days of snow, averages and conventional percentages were compiled directly from INMET observations. In seasonal terms, the occurrence period extends from May to September, when the marine polar air mass (mP) has greater influence in the south of Brazil. The month of July concentrated most of the events, with more than 40% of the days of snow in most of the analyzed stations. The polar anticyclone has a fundamental role in the understanding this phenomenon, associating most of the events with continental passages of this atmospheric system. The highlands of southern Brazil, starting at 600 m, present the largest annual averages of days with snow, values averaging from 1.8 day/year in Cambará do Sul (RS) to 2.7 day/year in São Joaquim (SC), the highest averages of snow occurrence. The area of occurrence of the phenomenon is called “Planalto da Neve”, and is subdivided in two sectors: 1) above 900 m and, 2) between 600 m and 900 m. This plateau possesses 95.242 km² and is spread out between RS and SC, comprising 90 municipalities of RS and 101 in SC. The analysis of the interannual variation considering the data from São Joaquim, SC ) indicated that, from the studied series, 1961, 1963, 1971, 1973, 1982 and 1986, did not register snow. The most relevant snowfalls happened in the years of 1965, 1975, 1988 and 1990. The intervals between periods with absence of snow and of more important snowfalls indicates a decadal cycle in the dynamics of the phenomenon. Regardless of the peaks in precipitation registered for 1988 and 1990, there is no trend in the increase of snow precipitation for São Joaquim.application/pdfporClimatologiaNeve : Rio Grande do SulNeve : Santa CatarinaNivology, snow, seasonality, climatology, Planalto da Neve, Rio Grande do Sul, Santa Catarina.SnowSeasonalityClimatologyPlanalto da NeveA Precipitação de neve no Brasil meridionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em GeografiaPorto Alegre, BR-RS2007mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000619708.pdf000619708.pdfTexto completoapplication/pdf2501547http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/12024/1/000619708.pdfac49e64064abb5a64f1d989b3e07d44eMD51TEXT000619708.pdf.txt000619708.pdf.txtExtracted Texttext/plain118478http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/12024/2/000619708.pdf.txt4c0e3867e0d73d0f01035653cd9b1dd0MD52THUMBNAIL000619708.pdf.jpg000619708.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1378http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/12024/3/000619708.pdf.jpgb64c9a74cd62d0cd7e82aa999d2cc8fbMD5310183/120242018-10-16 08:46:50.103oai:www.lume.ufrgs.br:10183/12024Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-16T11:46:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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