Efeitos ansiolíticos da n-acetilcisteína e de compostos moduladores de estresse oxidativo, neuroinflamação e transmissão glutamatérgica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/173280 |
Resumo: | Evidências crescentes na literatura demonstram que a fisiopatologia da ansiedade e transtornos relacionados é multifatorial, envolvendo a hiperatividade glutamatérgica, o estresse oxidativo e a neuroinflamação. Na primeira parte deste trabalho, através de uma revisão da literatura, mostramos que a N-acetilcisteína (NAC), agomelatina e os ácidos graxos ômega-3 são os principais agentes com mecanismo de ação multialvo envolvendo a modulação da hiperatividade glutamatérgica, do estresse oxidativo e da neuroinflamação que demonstram efeitos ansiolíticos tanto em estudos pré-clínicos quanto em ensaios clínicos. Os resultados dos ensaios clínicos são geralmente preliminares, mas revelam efeitos ansiolíticos promissores e um bom perfil de segurança e tolerância aos efeitos adversos desses agentes. A NAC, a agomelatina e os ácidos graxos ômega-3 mostram efeitos benéficos em condições clínicas relacionadas a ansiedade nas quais os ansiolíticos disponíveis atualmente apresentam eficácia modesta, sendo considerados candidatos promissores a ansiolíticos inovadores, efetivos e bem tolerados pelos pacientes. Mostramos também que a NAC possui efeitos ansiolíticos em camundongos nos testes de campo aberto, claro/escuro, placa-perfurada, interação social e hipertermia induzida por estresse, tanto após o tratamento agudo quanto subagudo (4 dias). Esses resultados fornecem evidências adicionais para sustentar a validade dos ensaios clínicos com NAC no contexto dos transtornos de ansiedade, destacando-se o perfil de segurança de uso da NAC em longo prazo em comparação com ansiolíticos como o diazepam. A NAC é um fármaco seguro, de baixo custo e que demonstra benefícios em outras condições psiquiátricas que frequentemente se apresentam em comorbidade com os transtornos de ansiedade. |
id |
URGS_07e1d396aef3277782b1e2762a7d69d7 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/173280 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Santos, PatríciaElisabetsky, ElainePiato, Angelo Luis Stapassoli2018-03-13T02:25:56Z2017http://hdl.handle.net/10183/173280001057199Evidências crescentes na literatura demonstram que a fisiopatologia da ansiedade e transtornos relacionados é multifatorial, envolvendo a hiperatividade glutamatérgica, o estresse oxidativo e a neuroinflamação. Na primeira parte deste trabalho, através de uma revisão da literatura, mostramos que a N-acetilcisteína (NAC), agomelatina e os ácidos graxos ômega-3 são os principais agentes com mecanismo de ação multialvo envolvendo a modulação da hiperatividade glutamatérgica, do estresse oxidativo e da neuroinflamação que demonstram efeitos ansiolíticos tanto em estudos pré-clínicos quanto em ensaios clínicos. Os resultados dos ensaios clínicos são geralmente preliminares, mas revelam efeitos ansiolíticos promissores e um bom perfil de segurança e tolerância aos efeitos adversos desses agentes. A NAC, a agomelatina e os ácidos graxos ômega-3 mostram efeitos benéficos em condições clínicas relacionadas a ansiedade nas quais os ansiolíticos disponíveis atualmente apresentam eficácia modesta, sendo considerados candidatos promissores a ansiolíticos inovadores, efetivos e bem tolerados pelos pacientes. Mostramos também que a NAC possui efeitos ansiolíticos em camundongos nos testes de campo aberto, claro/escuro, placa-perfurada, interação social e hipertermia induzida por estresse, tanto após o tratamento agudo quanto subagudo (4 dias). Esses resultados fornecem evidências adicionais para sustentar a validade dos ensaios clínicos com NAC no contexto dos transtornos de ansiedade, destacando-se o perfil de segurança de uso da NAC em longo prazo em comparação com ansiolíticos como o diazepam. A NAC é um fármaco seguro, de baixo custo e que demonstra benefícios em outras condições psiquiátricas que frequentemente se apresentam em comorbidade com os transtornos de ansiedade.Increasing evidence in the literature demonstrates that the pathophysiology of anxiety and related disorders is multifactorial, involving glutamatergic hyperactivity, oxidative stress, and neuroinflammation. In the first part of this work, through a review of the literature, we showed that N-acetylcysteine (NAC), agomelatine and omega-3 fatty acids are the main agents with multitarget mechanism of action involving the modulation of glutamatergic hyperactivity, oxidative stress, and neuroinflammation that demonstrate anxiolytic effects in both preclinical studies and clinical trials. Clinical trials data are generally preliminary but show promising anxiolytic effects and an adequate safety profile and tolerance to adverse effects. NAC, agomelatine and omega-3 fatty acids show beneficial effects under clinical conditions related to anxiety in which available anxiolytics show moderate efficacy, and are considered promising candidates for innovative, effective and well tolerated anxiolytic agents by patients. We also showed that NAC has anxiolytic effects in mice in the open field, light/dark, hole-board, social interaction and stress-induced hyperthermia tests, either after acute or subacute treatment (4 days). These results provide additional evidence to support the validity of NAC clinical trials in the context of anxiety disorders, highlighting the long-term safety profile of NAC use compared to anxiolytics as diazepam. NAC is a safe, low-cost agent that demonstrates benefits in other psychiatric conditions that often present in comorbidity with anxiety disorders.application/pdfporTranstornos de ansiedadeAcetilcisteínaÁcidos graxos ômega-3AnsiolíticosEstresse oxidativoAnxietyOmega-3AgomelatineN-acetylcysteineAnimal modelsEfeitos ansiolíticos da n-acetilcisteína e de compostos moduladores de estresse oxidativo, neuroinflamação e transmissão glutamatérgicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Farmacologia e TerapêuticaPorto Alegre, BR-RS2017doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001057199.pdf.txt001057199.pdf.txtExtracted Texttext/plain170209http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173280/2/001057199.pdf.txt6c4f355848aa01996207a4b4504462a4MD52ORIGINAL001057199.pdf001057199.pdfTexto completoapplication/pdf2545425http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173280/1/001057199.pdf4839af6edce7ed8cfbf911025cf386f9MD5110183/1732802022-04-20 04:48:55.341942oai:www.lume.ufrgs.br:10183/173280Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-04-20T07:48:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Efeitos ansiolíticos da n-acetilcisteína e de compostos moduladores de estresse oxidativo, neuroinflamação e transmissão glutamatérgica |
title |
Efeitos ansiolíticos da n-acetilcisteína e de compostos moduladores de estresse oxidativo, neuroinflamação e transmissão glutamatérgica |
spellingShingle |
Efeitos ansiolíticos da n-acetilcisteína e de compostos moduladores de estresse oxidativo, neuroinflamação e transmissão glutamatérgica Santos, Patrícia Transtornos de ansiedade Acetilcisteína Ácidos graxos ômega-3 Ansiolíticos Estresse oxidativo Anxiety Omega-3 Agomelatine N-acetylcysteine Animal models |
title_short |
Efeitos ansiolíticos da n-acetilcisteína e de compostos moduladores de estresse oxidativo, neuroinflamação e transmissão glutamatérgica |
title_full |
Efeitos ansiolíticos da n-acetilcisteína e de compostos moduladores de estresse oxidativo, neuroinflamação e transmissão glutamatérgica |
title_fullStr |
Efeitos ansiolíticos da n-acetilcisteína e de compostos moduladores de estresse oxidativo, neuroinflamação e transmissão glutamatérgica |
title_full_unstemmed |
Efeitos ansiolíticos da n-acetilcisteína e de compostos moduladores de estresse oxidativo, neuroinflamação e transmissão glutamatérgica |
title_sort |
Efeitos ansiolíticos da n-acetilcisteína e de compostos moduladores de estresse oxidativo, neuroinflamação e transmissão glutamatérgica |
author |
Santos, Patrícia |
author_facet |
Santos, Patrícia |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Santos, Patrícia |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Elisabetsky, Elaine |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Piato, Angelo Luis Stapassoli |
contributor_str_mv |
Elisabetsky, Elaine Piato, Angelo Luis Stapassoli |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Transtornos de ansiedade Acetilcisteína Ácidos graxos ômega-3 Ansiolíticos Estresse oxidativo |
topic |
Transtornos de ansiedade Acetilcisteína Ácidos graxos ômega-3 Ansiolíticos Estresse oxidativo Anxiety Omega-3 Agomelatine N-acetylcysteine Animal models |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Anxiety Omega-3 Agomelatine N-acetylcysteine Animal models |
description |
Evidências crescentes na literatura demonstram que a fisiopatologia da ansiedade e transtornos relacionados é multifatorial, envolvendo a hiperatividade glutamatérgica, o estresse oxidativo e a neuroinflamação. Na primeira parte deste trabalho, através de uma revisão da literatura, mostramos que a N-acetilcisteína (NAC), agomelatina e os ácidos graxos ômega-3 são os principais agentes com mecanismo de ação multialvo envolvendo a modulação da hiperatividade glutamatérgica, do estresse oxidativo e da neuroinflamação que demonstram efeitos ansiolíticos tanto em estudos pré-clínicos quanto em ensaios clínicos. Os resultados dos ensaios clínicos são geralmente preliminares, mas revelam efeitos ansiolíticos promissores e um bom perfil de segurança e tolerância aos efeitos adversos desses agentes. A NAC, a agomelatina e os ácidos graxos ômega-3 mostram efeitos benéficos em condições clínicas relacionadas a ansiedade nas quais os ansiolíticos disponíveis atualmente apresentam eficácia modesta, sendo considerados candidatos promissores a ansiolíticos inovadores, efetivos e bem tolerados pelos pacientes. Mostramos também que a NAC possui efeitos ansiolíticos em camundongos nos testes de campo aberto, claro/escuro, placa-perfurada, interação social e hipertermia induzida por estresse, tanto após o tratamento agudo quanto subagudo (4 dias). Esses resultados fornecem evidências adicionais para sustentar a validade dos ensaios clínicos com NAC no contexto dos transtornos de ansiedade, destacando-se o perfil de segurança de uso da NAC em longo prazo em comparação com ansiolíticos como o diazepam. A NAC é um fármaco seguro, de baixo custo e que demonstra benefícios em outras condições psiquiátricas que frequentemente se apresentam em comorbidade com os transtornos de ansiedade. |
publishDate |
2017 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-03-13T02:25:56Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/173280 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001057199 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/173280 |
identifier_str_mv |
001057199 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173280/2/001057199.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/173280/1/001057199.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
6c4f355848aa01996207a4b4504462a4 4839af6edce7ed8cfbf911025cf386f9 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1810085434823278592 |