A relevância da cronobiologia no processo saúde-doença : relação do cronotipo com o estilo de vida e saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alam, Marilene Farias
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/56686
Resumo: Os indivíduos diferem em suas preferências quanto ao horário para alocar períodos de sono e de atividade. Essas diferenças inter-individuais se devem, parcialmente, ao relógio biológico que controla funções relacionadas à expressão gênica, secreção hormonal, temperatura corporal, funções cognitivas e comportamentais como o ciclo sono-vigília. O presente estudo cronobiológico teve como objetivo principal avaliar em uma amostra populacional de estudantes universitários da região sul do Brasil, a distribuição dos cronotipos e estudar a relação entre cronotipo e as seguintes variáveis: ponto médio de sono nos dias livres e nos dias de atividade (estudo), bem como avaliar a consistência interna, confiabilidade e concordância entre o Munich Chronotype Questionnaire (MCTQ) e o Questionário de Cronotipo de Horne e Östberg (HO) para identificar cronotipos. Com a análise discriminante dos parâmetros de sono para o cronotipo vespertino destaca-se a importância de se obter preditores mais fáceis para a tipologia vespertina visto que essa característica tem sido associada a alguns riscos de transtornos comportamentais e mentais. Duzentos e quarenta e quatro estudantes universitários (59.0% mulheres), com idade de 17-35 anos, foram analisados através de um estudo transvesal. O Munich ChronoType Questionnaire (MCTQ) foi usado para avaliar os parâmetros de sono nos dias livres e de trabalho (estudo) e o Morningness/Eveningness Questionnaire (MEQ) para avaliar os cronotipos. Os dados foram analisados através da curva ROC (Receiver Operating Characteristic curve) e de uma análise discriminante. As variáveis que apresentaram os mais altos coeficientes discriminantes foram: o ponto médio de sono nos dias livres (0.89) e o início do sono nos dias livres (0.86). Testando os valores de diagnóstico da fase do ponto médio de sono para identificar o tipo vespertino observou-se que a área sob a curva ROC foi de 76%. Este estudo mostrou uma boa sensibilidade e especificidade para identificar o cronotipo vespertino com esses parâmetros de sono. Conclui-se, portanto, que estes parâmetros sejam úteis para identificar o cronotipo vespertino podendo ser usados para propósitos de pesquisa e na prática clínica.
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Com a análise discriminante dos parâmetros de sono para o cronotipo vespertino destaca-se a importância de se obter preditores mais fáceis para a tipologia vespertina visto que essa característica tem sido associada a alguns riscos de transtornos comportamentais e mentais. Duzentos e quarenta e quatro estudantes universitários (59.0% mulheres), com idade de 17-35 anos, foram analisados através de um estudo transvesal. O Munich ChronoType Questionnaire (MCTQ) foi usado para avaliar os parâmetros de sono nos dias livres e de trabalho (estudo) e o Morningness/Eveningness Questionnaire (MEQ) para avaliar os cronotipos. Os dados foram analisados através da curva ROC (Receiver Operating Characteristic curve) e de uma análise discriminante. As variáveis que apresentaram os mais altos coeficientes discriminantes foram: o ponto médio de sono nos dias livres (0.89) e o início do sono nos dias livres (0.86). Testando os valores de diagnóstico da fase do ponto médio de sono para identificar o tipo vespertino observou-se que a área sob a curva ROC foi de 76%. Este estudo mostrou uma boa sensibilidade e especificidade para identificar o cronotipo vespertino com esses parâmetros de sono. Conclui-se, portanto, que estes parâmetros sejam úteis para identificar o cronotipo vespertino podendo ser usados para propósitos de pesquisa e na prática clínica.Individuals differ in their preferences to allocate the time periods of sleep and activity. These inter-individual differences are due partly to the biological clock that controls functions related to gene expression, hormone secretion, body temperature, cognitive and behavioral functions such as sleep-wake cycle. This chronobiological study aimed to evaluate a sample of university students in southern Brazil, the distribution of chronotypes and to study the relationship between chronotype and the following variables: mid- sleep on free days and days of activity (study), and to assess the internal consistency, reliability and agreement between the Munich Chronotype Questionnaire (MCTQ) and the Morningness/Eveningness Questionnaire (MEQ) of Horne and Östberg (HO) to identify chronotypes. By discriminant analysis of sleep parameters for the evening chronotype highlights the importance of obtaining easier predictors to the evening typology since such characteristic has been associated with some risks of mental and behavioral disorders.Two hundred and forty four undergraduate students (59.0% women), 17- 35 years old, were assessed in a cross-sectional study. The Munich ChronoType Questionnaire (MCTQ) was used to evaluate sleep parameters on free days and work days and the Morningness/Eveningness Questionnaire (MEQ) to assess chronotypes. The data were analyzed by the Receiver Operating Characteristic (ROC) curve and a discriminant analysis. The variables that presented the highest discriminant coefficients were mid-sleep on free days (0.89) and sleep onset on free days (0.86). Testing the diagnostic values of mid-sleep phase to identify eveningtype it was observed that the area under the ROC curve was 76%. This study showed a good sensitivity and specificity to identify the evening chronotype with these sleep parameters. We conclude that these parameters are useful to identify evening typology and can be used both to research purposes and clinical practice.application/pdfporFenômenos cronobiológicosRitmo circadianoSonoChronobiologyChronotypeMorningness/eveningness questionnaireMunich chronotype questionnaireBiological rhythmSleepA relevância da cronobiologia no processo saúde-doença : relação do cronotipo com o estilo de vida e saúdeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2012doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000857514.pdf000857514.pdfTexto completoapplication/pdf3883398http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56686/1/000857514.pdf8faea0ad832f676a0be124185abc1420MD51TEXT000857514.pdf.txt000857514.pdf.txtExtracted Texttext/plain64358http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56686/2/000857514.pdf.txt23b0f3a4552f1af8b3b64a1a2173d416MD52THUMBNAIL000857514.pdf.jpg000857514.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg869http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/56686/3/000857514.pdf.jpgaee6646983b6e829f7026fc6f0cf5133MD5310183/566862023-08-17 03:34:02.08002oai:www.lume.ufrgs.br:10183/56686Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-08-17T06:34:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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