Parasitismo de mosca-das-frutas por Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) em laboratório, semicampo e campo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Meirelles, Rafael Narciso
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/183717
Resumo: Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hym.: Braconidae) é um parasitoide de mosca-das-frutas, de origem indo-australiana, utilizado em muitos programas de controle biológico no mundo. A espécie foi introduzida no Brasil em 1994, mas pouco se sabe sobre a possibilidade de seu estabelecimento no Rio Grande do Sul. Os objetivos deste trabalho foram: (1) avaliar os índices de parasitismo de D. longicaudata e de espécies nativas em moscas-das-frutas presentes em nêsperas, pitangas, pêssegos, guabirobas, araçás, caquis, goiabas e goiabas-serranas trazidos do campo; (2) observar, em semicampo, índices de parasitismo de D. longicaudata nestas mesmas espécies de frutos, mais kumquat, porém, infestados artificialmente e (3) registrar o parasitismo, antes, durante e após a liberação de D. longicaudata em pomares de nespereiras, pessegueiros, araçazeiros e caquizeiros. Os indivíduos de D. longicaudata utilizados em todos os trabalhos eram provenientes da criação mantida em laboratório e os frutos foram coletados na Estação Experimental Agronômica (EEA) da UFRGS, Eldorado do Sul, RS e no Centro Agrícola Demonstrativo de Porto Alegre, RS. As liberações de D. longicaudata (aproximadamente 1.700 indivíduos/ha) foram quinzenais, durante a frutificação, na EEA Nos frutos coletados em campo e expostos ao parasitoide exótico em laboratório constatou-se incremento no índice de parasitismo, sem prejuízo das espécies nativas. Não foi detectado parasitismo em caquis. Em semicampo verificou-se uma redução no índice de infestação em todos os frutos avaliados. Anastrepha fraterculus (Wied.) foi o tefritídeo mais abundante seguido de Ceratitis capitata (Wied.). Indivíduos de Lonchaeidae (Diptera) foram registrados em nêsperas, pêssegos e araçás. As maiores infestações e o maior número de parasitoides nativos, nos três anos, foram verificados em araçás. Os parasitoides nativos registrados foram Doryctobracon areolatus (Szépligeti), Doryctobracon brasiliensis (Szépligeti), Utetes anastrephae (Viereck) (Hym.: Braconidae) e Aganaspis pelleranoi (Brèthes) (Hym.: Figitidae). No ano de liberações os índices de parasitismo foram significativamente maiores do que nos anos pré e pós-liberações. Não se constatou D.longicaudata no ano pós-liberação e a sua presença não afetou a ocorrência dos parasitoides nativos.
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Os indivíduos de D. longicaudata utilizados em todos os trabalhos eram provenientes da criação mantida em laboratório e os frutos foram coletados na Estação Experimental Agronômica (EEA) da UFRGS, Eldorado do Sul, RS e no Centro Agrícola Demonstrativo de Porto Alegre, RS. As liberações de D. longicaudata (aproximadamente 1.700 indivíduos/ha) foram quinzenais, durante a frutificação, na EEA Nos frutos coletados em campo e expostos ao parasitoide exótico em laboratório constatou-se incremento no índice de parasitismo, sem prejuízo das espécies nativas. Não foi detectado parasitismo em caquis. Em semicampo verificou-se uma redução no índice de infestação em todos os frutos avaliados. Anastrepha fraterculus (Wied.) foi o tefritídeo mais abundante seguido de Ceratitis capitata (Wied.). Indivíduos de Lonchaeidae (Diptera) foram registrados em nêsperas, pêssegos e araçás. As maiores infestações e o maior número de parasitoides nativos, nos três anos, foram verificados em araçás. Os parasitoides nativos registrados foram Doryctobracon areolatus (Szépligeti), Doryctobracon brasiliensis (Szépligeti), Utetes anastrephae (Viereck) (Hym.: Braconidae) e Aganaspis pelleranoi (Brèthes) (Hym.: Figitidae). No ano de liberações os índices de parasitismo foram significativamente maiores do que nos anos pré e pós-liberações. Não se constatou D.longicaudata no ano pós-liberação e a sua presença não afetou a ocorrência dos parasitoides nativos.Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hym.: Braconidae) is a fruit fly parasitoid originated from Indo-australian region, used in biological control programs around the world. The species was introduced in Brazil in 1994, but little is known about its establishment in the state of Rio Grande do Sul, southern Brazil .Our goals were: (1) to evaluate the parasitism of D.longicaudata and native species in fruit flies found in loquats, Surinam cherries, peaches, ”guabirobas”, Cattley guavas, Japanese persimmons, guavas and feijoas from the field; (2) to observe the parasitism of D. longicaudata in these same fruits, artificially infested, in semi-field, and (3) to record the parasitism before, during and after the release of D. longicaudata in loquat, peach, Cattley guava, and Japanese persimmon orchards. Individuals of D. longicaudata were laboratory reared and the fruits were collected in the Estação Experimental Agronômica (EEA) of UFRGS, Eldorado do Sul, RS and the Centro Agrícola Demonstrativo de Porto Alegre, RS. Releases of D. longicaudata (approximately 1700 individuals/ha) were made every two weeks during the fructification, in EEA. We observed an increase in parasitism levels, without prejudice to native species, in fruits from the field and exposed to this exotic parasitoid in the laboratory No parasitism was observed in Japanese persimmons. There was are duction in the infestation rate in all evaluated fruits, in semi-field. Anastrepha fraterculus (Wied.) was the most abundant fruit fly, followed by Ceratitis capitata (Wied.). Specimens of Lonchaeidae (Diptera) were found in loquats, peaches and Cattley guavas. Cattley guava presented larger infestations and more native parasitoids, in the three years. We recorded the native parasitoids Doryctobracon areolatus (Szépligeti), Doryctobracon brasiliensis(Szépligeti), Utetes anastrephae (Viereck) (Hym.:Braconidae) and Aganaspis pelleranoi (Brèthes) (Hym.:Figitidae). In the release year, the parasitism level was significantly higher than in pre-and post-release periods. Diachasmimorpha longicaudata was not observed in the post-release year and its presence did not affect the occurrence of native parasitoids.application/pdfporParasitoMosca das frutasControle biológicoEntomologiaParasitismo de mosca-das-frutas por Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) em laboratório, semicampo e campoParasitism by Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) on fruit flies in laboratory, semi-field and fieldtests info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em FitotecniaPorto Alegre, BR-RS2015doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000955177.pdfTexto completoapplication/pdf1376891http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183717/1/000955177.pdfadd0830a601bab792384d30ca2e2eb0fMD51TEXT000955177.pdf.txt000955177.pdf.txtExtracted Texttext/plain159577http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183717/2/000955177.pdf.txt7c069f92e40fe2c0c39fbf41786806fbMD52THUMBNAIL000955177.pdf.jpg000955177.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1247http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/183717/3/000955177.pdf.jpg453c81b07a2ecb59bb07f568c34deb7dMD5310183/1837172023-08-12 03:49:34.04423oai:www.lume.ufrgs.br:10183/183717Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-08-12T06:49:34Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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