Helmintofauna do biguá, Phalacrocorax brasilianus (Gmelin) (Aves, Phalacrocoracidae) do Lago Guaíba, Guaíba, RS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro, Cassandra de Moraes
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/194309
Resumo: No Estado do Rio Grande do Sul ocorre somente uma espécie do gênero Phalacrocorax, o biguá ou cormorão neotropical, Phalacrocorax brasilianus. Os biguás são aves aquáticas, de ambientes dulcícolas ou marinhos, encontradas do sul dos Estados Unidos da América ao sul da Argentina. São principalmente piscívoras, mas também se alimentam de moluscos, crustáceos, insetos e anfíbios. Quarenta e sete biguás foram coletados no Lago Guaíba, Porto Alegre, RS entre 1999 e 2003, sendo congelados logo após a captura e necropsiados. Foram encontradas 20 espécies de helmintos parasitando biguás provenientes do Lago Guaíba, sendo 10 de digenéticos, 1 de cestóide, 8 de nematóides e 1 de acantocéfalo. Drepanocephalus olivaceus, Paryphostomum segregatum, Ignavia olivacei, Paradilepis caballeroi, Eucoleus contortus e uma espécie indeterminada do gênero Syngamus foram registradas pela primeira vez em biguás no Brasil. Espécies indeterminadas dos gêneros Tetrameres e Andracantha foram encontradas, pela primeira vez, parasitando biguás na América do Sul, e na América Latina, respectivamente. Helmintos do gênero Syncuaria foram registrados pela primeira vez no Brasil e do gênero Prosthogonimus encontrados pela primeira vez em aves do gênero Phalacrocorax. As demais espécies presentes na amostra, Clinostomum sp., Hysteromorpha triloba, Drepanocephalus spathans, Ribeiroia ondatrae, Eustrongylides sp. (larva) Ornithocapillaria appendiculata, E. contortus e Contracaecum rudolphii foram registradas pela primeira vez em biguás no Estado do Rio Grande do Sul, uma vez que este hospedeiro nunca havia sido amostrado neste Estado Para todas as espécies de helmintos encontradas foi calculada a prevalência, a intensidade média de infecção, a abundância o valor de importância e registrado o local de infecção. Os hospedeiros foram agrupados por sexo, e por grau de maturidade sexual (juvenis e adultos). Dentro de cada um destes grupos, foi comparado o comprimento padrão dos hospedeiros. A ausência de diferença significativa no comprimento padrão permitiu a comparação da intensidade de infecção de cada uma das espécies de helmintos. Foi encontrada diferença significativa somente entre a intensidade de infecção de O. appendiculata que é mais alta nas fêmeas e nos juvenis. Para hospedeiros agrupados por sexo, e por estado de maturação sexual foi registrada a abundância e a riqueza da helmintofauna seguida pela medida de dispersão. A comunidade de helmintos foi classificada como interativa. Foi encontrada associação significativa, somente entre os seguintes pares de espécies, H. triloba-D. spathans e H. triloba-P. caballeroi. Das 20 espécies de helmintos encontradas, 18 estavam parasitando o trato gastrintestinal dos hospedeiros. Os tratos digestivo dos biguás examinados estavam parasitados em toda sua extensão. O jejuno-íleo anterior foi a porção mais rica, nela foram encontradas 10 espécies de helmintos. Ignavia olivacei e Syngamus sp. não são espécies parasitas de trato gastrintestinal, pois foram encontradas nos ureteres e na traquéia, respectivamente. Este é a primeira avaliação da fauna helmintológica do biguá no Estado do Rio Grande do Sul.
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