Avaliação in vitro do potencial probiótico de Enterococcus faecium isolados de leite bubalino
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/201579 |
Resumo: | O leite de búfala constitui-se de uma matriz alimentar pouco explorada funcionalmente, entretanto, alguns autores demonstraram resultados promissores através da sua utilização em derivados lácteos. O objetivo do presente estudo foi avaliar o potencial probiótico de bactérias ácido lácticas (BAL) isoladas de leite de búfala cru resfriado, assim como a manutenção de sua viabilidade em uma matriz alimentar. As BAL foram identificadas através de sequenciamento do gene 16S rRNA como pertencentes ao gênero Enterococcus, sendo que dois isolados foram classificados como E. faecalis e três como E. faecium. Todas as BAL tiveram atividade hemolítica classificada como gama hemólise (ausência de hemólise) e apresentaram resultados negativos para a hidrólise de gelatina. Após a avaliação da susceptibilidade aos antimicrobianos, E. faecium M7AN7-1 e E. faecium M7AN10 mostraram-se susceptíveis a todos os antimicrobianos testados, sendo selecionadas para a realização de ensaios que avaliaram a manutenção da viabilidade celular em diferentes condições, assim como o potencial probiótico de ambas. E. faecium M7AN10 apresentou as maiores concentrações de células viáveis em relação a E. faecium M7AN7-1, após 180 min em contato com o fluído gástrico simulado (FGS), obtendo 7,19 ± 0,59 Log10 UFC mL-1 . Por esta razão, essa BAL foi selecionada para ser microencapsulada em alginato de sódio. As microcápsulas contendo E. faecium M7AN10 foram aplicadas em bebida láctea UHT, observando-se a manutenção da viabilidade celular e sua liberação neste meio durante 30 dias. No 30º dia em contato com este derivado lácteo, 7,37 ± 0,45 Log10 UFC mL-1 haviam sido liberados nesta matriz alimentar. Os resultados obtidos na avaliação in vitro demonstraram que E. faecium M7AN10 apresentou a inocuidade e viabilidade necessárias para ser sugerida como uma cultura potencialmente probiótica, obtendo contagens de células viáveis iguais ou super |
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Kurtz, Jéssica Nastácia PiresMotta, Amanda de Souza daJantzen, Márcia Monks2019-11-12T03:46:09Z2019http://hdl.handle.net/10183/201579001097788O leite de búfala constitui-se de uma matriz alimentar pouco explorada funcionalmente, entretanto, alguns autores demonstraram resultados promissores através da sua utilização em derivados lácteos. O objetivo do presente estudo foi avaliar o potencial probiótico de bactérias ácido lácticas (BAL) isoladas de leite de búfala cru resfriado, assim como a manutenção de sua viabilidade em uma matriz alimentar. As BAL foram identificadas através de sequenciamento do gene 16S rRNA como pertencentes ao gênero Enterococcus, sendo que dois isolados foram classificados como E. faecalis e três como E. faecium. Todas as BAL tiveram atividade hemolítica classificada como gama hemólise (ausência de hemólise) e apresentaram resultados negativos para a hidrólise de gelatina. Após a avaliação da susceptibilidade aos antimicrobianos, E. faecium M7AN7-1 e E. faecium M7AN10 mostraram-se susceptíveis a todos os antimicrobianos testados, sendo selecionadas para a realização de ensaios que avaliaram a manutenção da viabilidade celular em diferentes condições, assim como o potencial probiótico de ambas. E. faecium M7AN10 apresentou as maiores concentrações de células viáveis em relação a E. faecium M7AN7-1, após 180 min em contato com o fluído gástrico simulado (FGS), obtendo 7,19 ± 0,59 Log10 UFC mL-1 . Por esta razão, essa BAL foi selecionada para ser microencapsulada em alginato de sódio. As microcápsulas contendo E. faecium M7AN10 foram aplicadas em bebida láctea UHT, observando-se a manutenção da viabilidade celular e sua liberação neste meio durante 30 dias. No 30º dia em contato com este derivado lácteo, 7,37 ± 0,45 Log10 UFC mL-1 haviam sido liberados nesta matriz alimentar. Os resultados obtidos na avaliação in vitro demonstraram que E. faecium M7AN10 apresentou a inocuidade e viabilidade necessárias para ser sugerida como uma cultura potencialmente probiótica, obtendo contagens de células viáveis iguais ou superBuffalo milk is a poorly functionally exploited food, however, some authors have shown promising results through their use in dairy products. The aim of the present study was to evaluate the probiotic potential of lactic acid bacteria (LAB), isolated from cooled raw buffalo milk, as well as the evaluation of the maintenance of its viability in a food matrix. The LAB were identified by sequencing the 16S rRNA gene as belonging to the genus Enterococcus, where two isolates were classified as E. faecalis and three as E. faecium. All LAB had hemolytic activity classified as hemolysis Ɣ (non-hemolytic) and presented negative results for the hydrolysis of gelatin. After the antimicrobial susceptibility assessment, E. faecium M7AN7-1 and E. faecium M7AN10 were susceptible to all the antimicrobials tested, being selected to carry out tests that evaluated the maintenance of cell viability in different conditions, as well as potential probiotic of both LAB. E. faecium M7AN10 presented the highest concentrations of viable cells in relation to E. faecium M7AN7-1, after 180 min in contact with simulated gastric fluid (SGF), obtaining 7.19 ± 0.59 Log10 CFU mL-1 . For this reason, this LAB was selected to be microencapsulated in sodium alginate. The microcapsules containing E. faecium M7AN10 were applied in UHT milk beverage, observing the maintenance of cell viability and its release in this medium for 30 days. On the 30th day in contact with this dairy derivative, 7.37 ± 0.45 Log10 CFU mL-1 had been released in this food. The results obtained in the in vitro evaluation demonstrated that E. faecium M7AN10 presented the innocuity and viability necessary to be suggested as a potential probiotic culture, obtaining viable cell counts equal to or greater than 6 Log10 CFU mL-1 .application/pdfporEnterococcus faeciumLeite de búfalaProbióticosLactic acid bacteriaProbioticsMicroencapsulationBuffalo milkEnterococcusAvaliação in vitro do potencial probiótico de Enterococcus faecium isolados de leite bubalinoIn vitro evaluation of the probiotic potential of Enterococcus faecium isolated of buffalo milk info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Microbiologia Agrícola e do AmbientePorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001097788.pdf.txt001097788.pdf.txtExtracted Texttext/plain153829http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/201579/2/001097788.pdf.txtb71135a26e8dd8a6fb0bfd206870b0e6MD52ORIGINAL001097788.pdfTexto completoapplication/pdf833218http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/201579/1/001097788.pdf2d1b8f365a030f3bd490e28155f315aeMD5110183/2015792023-01-15 06:07:45.920848oai:www.lume.ufrgs.br:10183/201579Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-01-15T08:07:45Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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O leite de búfala constitui-se de uma matriz alimentar pouco explorada funcionalmente, entretanto, alguns autores demonstraram resultados promissores através da sua utilização em derivados lácteos. O objetivo do presente estudo foi avaliar o potencial probiótico de bactérias ácido lácticas (BAL) isoladas de leite de búfala cru resfriado, assim como a manutenção de sua viabilidade em uma matriz alimentar. As BAL foram identificadas através de sequenciamento do gene 16S rRNA como pertencentes ao gênero Enterococcus, sendo que dois isolados foram classificados como E. faecalis e três como E. faecium. Todas as BAL tiveram atividade hemolítica classificada como gama hemólise (ausência de hemólise) e apresentaram resultados negativos para a hidrólise de gelatina. Após a avaliação da susceptibilidade aos antimicrobianos, E. faecium M7AN7-1 e E. faecium M7AN10 mostraram-se susceptíveis a todos os antimicrobianos testados, sendo selecionadas para a realização de ensaios que avaliaram a manutenção da viabilidade celular em diferentes condições, assim como o potencial probiótico de ambas. E. faecium M7AN10 apresentou as maiores concentrações de células viáveis em relação a E. faecium M7AN7-1, após 180 min em contato com o fluído gástrico simulado (FGS), obtendo 7,19 ± 0,59 Log10 UFC mL-1 . Por esta razão, essa BAL foi selecionada para ser microencapsulada em alginato de sódio. As microcápsulas contendo E. faecium M7AN10 foram aplicadas em bebida láctea UHT, observando-se a manutenção da viabilidade celular e sua liberação neste meio durante 30 dias. No 30º dia em contato com este derivado lácteo, 7,37 ± 0,45 Log10 UFC mL-1 haviam sido liberados nesta matriz alimentar. Os resultados obtidos na avaliação in vitro demonstraram que E. faecium M7AN10 apresentou a inocuidade e viabilidade necessárias para ser sugerida como uma cultura potencialmente probiótica, obtendo contagens de células viáveis iguais ou super |
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