Avaliação de danos mecânicos nas etapas de transporte, beneficiamento e comercialização de peras
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/60486 |
Resumo: | Danos mecânicos podem ocorrer em qualquer etapa da cadeia de produção e comercialização. A pera é um fruto muito sensível às lesões geradas após a colheita, resultando em frutos com baixa qualidade visual. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência de danos mecânicos causados por atrito e impacto no transporte e beneficiamento de peras e avaliar seus efeitos sobre a qualidade, bem como acompanhar a comercialização e o manuseio dos frutos nos mercados atacadista e varejista. Para identificação do melhor evidenciador de lesões, peras ‘Packham’s Triumph’ sofreram diferentes intensidades de dano mecânico por atrito e, em seguida, foram submetidas aos métodos evidenciadores: saco de polietileno de baixa densidade, cloreto de 2,3,5-trifenil-tetrazólio (0,1 %) e dióxido de enxofre (3 mL L-1). Para avaliação do dano mecânico por atrito, peras da mesma cultivar foram acondicionadas em caixas plásticas e transportadas em caminhão, por um percurso de 7,3 km em estrada não pavimentada e avaliadas de acordo com sua aparência. Danos mecânicos por impacto foram realizados submetendo peras a alturas de queda verificadas em casa de embalagem comercial, sobre superfícies emborrachada e rígida. Impactos cumulativos foram realizados submetendo peras a uma, duas ou três quedas de uma altura de 6,5 cm sobre superfície rígida. Os frutos foram armazenados e avaliados por até 120 dias, seguidos de cinco dias em condição ambiente, quanto aos principais atributos de qualidade. Para diagnósticos de volume de comercialização e qualidade de peras nacionais ofertadas no atacado e varejo realizaram-se visitas a Ceasa/RS e entrevistas a varejistas e feirantes nas cidades de Porto Alegre e Bento Gonçalves. A solução de tetrazólio 0,1 % é o evidenciador mais eficaz de lesões ocasionadas por atrito. O transporte causou lesões por atrito leves a moderadas. Na casa de embalagem, foram verificadas alturas de queda nos pontos de transferência entre 4 e 15 cm e a maior aceleração constatada foi de 174,96 G m s-1, equivalente a queda de 6,5 cm sobre o metal. De maneira geral, não houve efeito dos impactos, seja sobre superfície rígida ou emborrachada, sobre a maioria dos atributos de qualidade avaliados. O volume de peras importadas comercializadas na Ceasa/RS, desde 1998, é superior ao volume nacional. No atacado, a maior causa de dano mecânico acontece devido à falta de padronização das embalagens de comercialização e ao transporte em veículos inadequados. No varejo, a comercialização de peras nacionais é marcada pela falta de qualidade visual, com frutos apresentando lesões mecânicas por impacto e atrito e sintomas de podridão. |
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Pasini, JosianeBender, Renar JoãoAntoniolli, Lucimara Rogéria2012-10-30T01:38:22Z2012http://hdl.handle.net/10183/60486000857010Danos mecânicos podem ocorrer em qualquer etapa da cadeia de produção e comercialização. A pera é um fruto muito sensível às lesões geradas após a colheita, resultando em frutos com baixa qualidade visual. O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência de danos mecânicos causados por atrito e impacto no transporte e beneficiamento de peras e avaliar seus efeitos sobre a qualidade, bem como acompanhar a comercialização e o manuseio dos frutos nos mercados atacadista e varejista. Para identificação do melhor evidenciador de lesões, peras ‘Packham’s Triumph’ sofreram diferentes intensidades de dano mecânico por atrito e, em seguida, foram submetidas aos métodos evidenciadores: saco de polietileno de baixa densidade, cloreto de 2,3,5-trifenil-tetrazólio (0,1 %) e dióxido de enxofre (3 mL L-1). Para avaliação do dano mecânico por atrito, peras da mesma cultivar foram acondicionadas em caixas plásticas e transportadas em caminhão, por um percurso de 7,3 km em estrada não pavimentada e avaliadas de acordo com sua aparência. Danos mecânicos por impacto foram realizados submetendo peras a alturas de queda verificadas em casa de embalagem comercial, sobre superfícies emborrachada e rígida. Impactos cumulativos foram realizados submetendo peras a uma, duas ou três quedas de uma altura de 6,5 cm sobre superfície rígida. Os frutos foram armazenados e avaliados por até 120 dias, seguidos de cinco dias em condição ambiente, quanto aos principais atributos de qualidade. Para diagnósticos de volume de comercialização e qualidade de peras nacionais ofertadas no atacado e varejo realizaram-se visitas a Ceasa/RS e entrevistas a varejistas e feirantes nas cidades de Porto Alegre e Bento Gonçalves. A solução de tetrazólio 0,1 % é o evidenciador mais eficaz de lesões ocasionadas por atrito. O transporte causou lesões por atrito leves a moderadas. Na casa de embalagem, foram verificadas alturas de queda nos pontos de transferência entre 4 e 15 cm e a maior aceleração constatada foi de 174,96 G m s-1, equivalente a queda de 6,5 cm sobre o metal. De maneira geral, não houve efeito dos impactos, seja sobre superfície rígida ou emborrachada, sobre a maioria dos atributos de qualidade avaliados. O volume de peras importadas comercializadas na Ceasa/RS, desde 1998, é superior ao volume nacional. No atacado, a maior causa de dano mecânico acontece devido à falta de padronização das embalagens de comercialização e ao transporte em veículos inadequados. No varejo, a comercialização de peras nacionais é marcada pela falta de qualidade visual, com frutos apresentando lesões mecânicas por impacto e atrito e sintomas de podridão.Mechanical damage can occur at any stage of the production and marketing. Pear is a fruit very sensitive to damages generated after harvest, what results in fruits with low visual quality. The objective of this work was to evaluate the occurrence of mechanical damage due to friction and impact on transport and processing of pears, evaluate its effects, and monitor the marketing and handling of fruit in wholesale and retail markets. For identification of the best disclosing injury, 'Packham's Triumph' pears suffered different intensities of mechanical damage due to friction, and then were submitted to the bag low density polyethylene, solution of chloride of 2,3,5-triphenyl-tetrazolium (0.1 %) and sulfur dioxide (3 mL L-1). In order to evaluate mechanical damage due to friction, pears of the same cultivar were placed in plastic boxes and transported by truck throughout a distance of 7.3 km of unpaved road and evaluated according to their appearance. Mechanical damage due to impact were accomplished by submitting the pears to drops observed in the packinghouse of rubber and hard surface. Cumulative impacts was also performed, in which pears were submitted to one, two or three falls from a height of 6.5 cm on hard surface. The fruits were stored and evaluated for up to 120 days, followed by five days at environmental condition for the main attributes of quality. Diagnoses of trading volume and quality of pears offered in national wholesale and retail were performed by visits to Ceasa / RS, and to retailers and merchants in the cities of Porto Alegre and Bento Gonçalves. The tetrazolium solution 0.1% is the more effective disclosing of injuries caused due to friction. The transportation caused injuries due to friction from low to moderate. In the packinghouse, drop heights were observed at points of transfer between 4 and 15 cm, and greater acceleration detected was 174.96 G m s-1 equivalent down 6.5 cm above the metal. Overall, there was no effect of impacts, whether on hard or rubber surface on most quality attributes evaluated. The volume of imported pears marketed in Ceasa/RS, since 1998, is higher than the national volume. Wholesale indicated that the major cause of mechanical damage is due to lack of standardization of marketing packaging and transport in inadequate vehicles. In retail, the national marketing of pears is marked by the lack of visual quality, with fruit presenting mechanical damage by impact and friction, and rot symptoms.application/pdfporPeraPós-colheitaDano mecânicoAvaliação de danos mecânicos nas etapas de transporte, beneficiamento e comercialização de perasEvaluation of mechanical damage in the steps of transportation, processing and marketing of pears info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em FitotecniaPorto Alegre, BR-RS2012mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000857010.pdf000857010.pdfTexto completoapplication/pdf4257295http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/60486/1/000857010.pdf93ae29b617e8c6901a502d2de3502219MD51TEXT000857010.pdf.txt000857010.pdf.txtExtracted Texttext/plain199304http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/60486/2/000857010.pdf.txtb24c5c4908fe4e809a29f4d32f904e8eMD52THUMBNAIL000857010.pdf.jpg000857010.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1065http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/60486/3/000857010.pdf.jpg43af07db7340d2c2366b6d8cb929eb6cMD5310183/604862018-10-10 08:26:02.121oai:www.lume.ufrgs.br:10183/60486Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-10T11:26:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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