Sobe e desce! : explicando a cooperação em defesa na América do Sul : uma teoria realista-ofensiva
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/88329 |
Resumo: | A cooperação em defesa na América do Sul é explicada pela Teoria Realista Ofensiva de Cooperação em Defesa sob a Unipolaridade - aqui introduzida. Identificada uma lacuna significativa nas teorias de Relações Internacionais e nos trabalhos que buscam explicar, de forma ad hoc, a cooperação em defesa em outras regiões do mundo, nossa teoria traz explicações para (1) a motivação dos Estados para cooperar em defesa; (2) as variáveis independentes que afetam a cooperação em defesa; (3) um modelo amplo de cooperação em defesa que possa ser replicado em diferentes regiões do mundo. Demonstramos que cooperar em defesa serve para aumentar a posição relativa dos Estados participantes tanto frente aos demais Estados quanto frente à potência unipolar, sem, contudo, aumentar as pressões do dilema da segurança. Esse suposto reafirma o princípio egoísta dos Estados, de buscarem maximizar o seu poder para melhor garantir a sua sobrevivência, mas mostrando que novos tempos exigem novas formas de maximização de poder. Para tanto, demonstramos a continuidade da unipolaridade dos Estados Unidos na balança de poder global e apontamos, via 15 indicadores diferentes, que a polaridade sul-americana encontra-se em um momento de transição entre uma multipolaridade desequilibrada e uma unipolaridade brasileira, sofrendo pressões sistêmicas de ambas as configurações e corroborando as expectativas de nossa teoria. Conclui-se que o reaparelhamento ou não das Forças Armadas brasileiras levará à definição do sobe e desce das pressões sistêmicas regionais para a cooperação em defesa: se confirmada a unipolaridade, haverá maiores incentivos para as iniciativas em andamento criadas e mantidas pelo protagonismo brasileiro, como a UNASUL e o CDS. Contudo, se configurada a multipolaridade desequilibrada, os incentivos sistêmicos serão para a manutenção de uma integração baixa e instituições fracas na área de cooperação em defesa na América do Sul. |
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Rezende, Lucas PereiraCepik, Marco Aurelio Chaves2014-03-12T01:50:04Z2013http://hdl.handle.net/10183/88329000906479A cooperação em defesa na América do Sul é explicada pela Teoria Realista Ofensiva de Cooperação em Defesa sob a Unipolaridade - aqui introduzida. Identificada uma lacuna significativa nas teorias de Relações Internacionais e nos trabalhos que buscam explicar, de forma ad hoc, a cooperação em defesa em outras regiões do mundo, nossa teoria traz explicações para (1) a motivação dos Estados para cooperar em defesa; (2) as variáveis independentes que afetam a cooperação em defesa; (3) um modelo amplo de cooperação em defesa que possa ser replicado em diferentes regiões do mundo. Demonstramos que cooperar em defesa serve para aumentar a posição relativa dos Estados participantes tanto frente aos demais Estados quanto frente à potência unipolar, sem, contudo, aumentar as pressões do dilema da segurança. Esse suposto reafirma o princípio egoísta dos Estados, de buscarem maximizar o seu poder para melhor garantir a sua sobrevivência, mas mostrando que novos tempos exigem novas formas de maximização de poder. Para tanto, demonstramos a continuidade da unipolaridade dos Estados Unidos na balança de poder global e apontamos, via 15 indicadores diferentes, que a polaridade sul-americana encontra-se em um momento de transição entre uma multipolaridade desequilibrada e uma unipolaridade brasileira, sofrendo pressões sistêmicas de ambas as configurações e corroborando as expectativas de nossa teoria. Conclui-se que o reaparelhamento ou não das Forças Armadas brasileiras levará à definição do sobe e desce das pressões sistêmicas regionais para a cooperação em defesa: se confirmada a unipolaridade, haverá maiores incentivos para as iniciativas em andamento criadas e mantidas pelo protagonismo brasileiro, como a UNASUL e o CDS. Contudo, se configurada a multipolaridade desequilibrada, os incentivos sistêmicos serão para a manutenção de uma integração baixa e instituições fracas na área de cooperação em defesa na América do Sul.The defence cooperation in South America is explained by the Offensive Realist Theory of Cooperation in Defence under Unipolarity - hereby introduced. After identifying a meaningful gap in international relations theories and in ad hoc works which tryed to explain defence cooperation in other parts of the world, our theory brings explanations for (1) states' motivations to cooperate in defence; (2) the independent variables that affect defense cooperation; (3) a comprehensive model of defense cooperation that can be applied to different regions of the world. We have shown that cooperating in defence works for improving the relative position of the participating states vis-a-vis either the other states or the unipole without increasing the pressures of the security dilemma. This requisite reaffirms the selfish principle of states of maximising their power to better ensure their survival, but showing that new times demand new ways of power maximisation. To do so, we have demonstrated the maintenance of the United States' unipolarity at the global balance of power and shown, through 15 different indexes, that the South-American polarity finds itself in a transitory moment between an unbalanced multipolarity and a Brazilian unipolarity, suffering then pressures from both configurations and thus corroborating our theory's expectations. Our conclusion is that the refitting or not of the Brazilian Armed Forces will lead to the definition of the ups and downs of the sistemic regional pressures on defence cooperation: if it is confirmed the Brazilian unipolarity, there will be greater incentives for the ongoing initiatives created and maintened by Brazil, such as UNASUR and SDC. Nevertheless, if the unbalanced multipolarity is confirmed, the sistemic incentives will be for the maintenance of a low regional integration and weak institutions on the South American defence cooperation field.application/pdfporRelações internacionaisCooperação em defesaUnipolaridadeForças armadasAmérica LatinaDefence cooperationUnipolarityOffensive realismInternational relationsSouth americaArmed forcesSobe e desce! : explicando a cooperação em defesa na América do Sul : uma teoria realista-ofensivainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em Ciência PolíticaPorto Alegre, BR-RS2013doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000906479.pdf000906479.pdfTexto completoapplication/pdf3396849http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/88329/1/000906479.pdf9047a3497f09575cf7660e2c5bf7b01cMD51TEXT000906479.pdf.txt000906479.pdf.txtExtracted Texttext/plain618665http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/88329/2/000906479.pdf.txt1bf260791f73a3f066d29a292aeef8baMD52THUMBNAIL000906479.pdf.jpg000906479.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg958http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/88329/3/000906479.pdf.jpgd4c291b922defe27c7a894b2106e0d43MD5310183/883292018-10-22 07:30:31.606oai:www.lume.ufrgs.br:10183/88329Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-22T10:30:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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