Validade do Global Leadership Initiative on Malnutrition (GLIM) utilizando três medidas de avaliação de massa muscular para o diagnóstico de desnutrição e sua associação com desfechos clínicos negativos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/263447 |
Resumo: | A desnutrição é definida como um desequilíbrio metabólico causado por uma interação complexa entre doenças subjacentes, alterações metabólicas latentes, ingestão inadequada de alimentos, baixa absorção, altas perdas de nutrientes e/ou a combinação desses fatores [1]. Além disso, a desnutrição está associada a menor tolerância ao tratamento, hospitalizações prolongadas, pior qualidade de vida e maiores taxas de morbidade e mortalidade [2, 3]. De acordo com o grupo de especialistas da European Society for Clinical Nutrition and Metabolism (ESPEN), a triagem precoce do risco nutricional e as práticas de avaliação nutricional são fundamentais para o cuidado nutricional adequado de indivíduos hospitalizados [4]. A Avaliação Subjetiva Global (ASG) é considerada o método de referência que avalia o estado nutricional com base em uma combinação de fatores como perda de peso, alterações na ingestão alimentar, sintomas gastrointestinais, alterações funcionais e exame físico do paciente [5]. Além disso, a ASG apresenta-se como uma ferramenta diagnóstica e prognóstica eficaz, um bom preditor de tempo de internação hospitalar (TIP) [6], estado nutricional [7] e mortalidade [8]. Recentemente, a Global Leadership Initiative on Malnutrition (GLIM) propôs uma nova estrutura para diagnosticar a desnutrição [9] que está sendo adotada por muitos pesquisadores no campo da nutrição clínica, além do seu uso na prática também estar crescendo [10, 11]. Os critérios de classificação da desnutrição são divididos em fenotípicos [perda de peso, índice de massa corporal (IMC) e massa muscular reduzida] e etiológicos (redução da ingestão alimentar e inflamação ou gravidade da doença). A presença de pelo menos um critério fenotípico e um critério etiológico é necessária para o diagnóstico de desnutrição [9]. Em um estudo com pacientes hospitalizados com diferentes doenças, os critérios GLIM demonstraram validade para o diagnóstico de desnutrição quando comparados com ASG [12]. Em pacientes com câncer hospitalizados, uma revisão sistemática mostrou que o GLIM foi uma ferramenta eficaz na avaliação de desfechos clínicos desfavoráveis [13]. Além disso, é importante enfatizar a avaliação da massa muscular na identificação da presença de desnutrição. De fato, a nova publicação dos critérios GLIM sugere o uso de medidas alternativas para avaliar a massa muscular, como a circunferência muscular média do braço (CMB) e a circunferência da panturrilha (CP) corrigida para adiposidade quando as tecnologias de imagem não estão disponíveis [14]. Embora a circunferência do braço (CB) seja uma medida mais fácil e rápida em comparação com o CMB, ela não entra nas novas recomendações para critérios fenotípicos para GLIM. Alguns estudos sugerem que esta medida (CB) seja um bom marcador antropométrico para prever TIP [15, 16]. A medida também mostrou, um aumento de chance de mortalidade quando combinada com o critério etiológico inflamação [17]. Estudos combinando os critérios GLIM com essas medidas antropométricas (CMB, CP e CB) mostraram que a desnutrição foi associada a um aumento de desfechos clínicos negativos, como mortalidade e qualidade de vida [17, 18]. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi analisar a validade dos critérios GLIM, utilizando três medidas de avaliação da massa muscular (CP, CMB e CB) para diagnóstico de desnutrição tendo como referência ASG, e a associação entre desnutrição, com TIP e mortalidade hospitalar em pacientes internados. |
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Maffini, Larissa FarinhaSouza, Gabriela CorrêaSteemburgo, Thais2023-08-12T03:48:38Z2023http://hdl.handle.net/10183/263447001173061A desnutrição é definida como um desequilíbrio metabólico causado por uma interação complexa entre doenças subjacentes, alterações metabólicas latentes, ingestão inadequada de alimentos, baixa absorção, altas perdas de nutrientes e/ou a combinação desses fatores [1]. Além disso, a desnutrição está associada a menor tolerância ao tratamento, hospitalizações prolongadas, pior qualidade de vida e maiores taxas de morbidade e mortalidade [2, 3]. De acordo com o grupo de especialistas da European Society for Clinical Nutrition and Metabolism (ESPEN), a triagem precoce do risco nutricional e as práticas de avaliação nutricional são fundamentais para o cuidado nutricional adequado de indivíduos hospitalizados [4]. A Avaliação Subjetiva Global (ASG) é considerada o método de referência que avalia o estado nutricional com base em uma combinação de fatores como perda de peso, alterações na ingestão alimentar, sintomas gastrointestinais, alterações funcionais e exame físico do paciente [5]. Além disso, a ASG apresenta-se como uma ferramenta diagnóstica e prognóstica eficaz, um bom preditor de tempo de internação hospitalar (TIP) [6], estado nutricional [7] e mortalidade [8]. Recentemente, a Global Leadership Initiative on Malnutrition (GLIM) propôs uma nova estrutura para diagnosticar a desnutrição [9] que está sendo adotada por muitos pesquisadores no campo da nutrição clínica, além do seu uso na prática também estar crescendo [10, 11]. Os critérios de classificação da desnutrição são divididos em fenotípicos [perda de peso, índice de massa corporal (IMC) e massa muscular reduzida] e etiológicos (redução da ingestão alimentar e inflamação ou gravidade da doença). A presença de pelo menos um critério fenotípico e um critério etiológico é necessária para o diagnóstico de desnutrição [9]. Em um estudo com pacientes hospitalizados com diferentes doenças, os critérios GLIM demonstraram validade para o diagnóstico de desnutrição quando comparados com ASG [12]. Em pacientes com câncer hospitalizados, uma revisão sistemática mostrou que o GLIM foi uma ferramenta eficaz na avaliação de desfechos clínicos desfavoráveis [13]. Além disso, é importante enfatizar a avaliação da massa muscular na identificação da presença de desnutrição. De fato, a nova publicação dos critérios GLIM sugere o uso de medidas alternativas para avaliar a massa muscular, como a circunferência muscular média do braço (CMB) e a circunferência da panturrilha (CP) corrigida para adiposidade quando as tecnologias de imagem não estão disponíveis [14]. Embora a circunferência do braço (CB) seja uma medida mais fácil e rápida em comparação com o CMB, ela não entra nas novas recomendações para critérios fenotípicos para GLIM. Alguns estudos sugerem que esta medida (CB) seja um bom marcador antropométrico para prever TIP [15, 16]. A medida também mostrou, um aumento de chance de mortalidade quando combinada com o critério etiológico inflamação [17]. Estudos combinando os critérios GLIM com essas medidas antropométricas (CMB, CP e CB) mostraram que a desnutrição foi associada a um aumento de desfechos clínicos negativos, como mortalidade e qualidade de vida [17, 18]. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi analisar a validade dos critérios GLIM, utilizando três medidas de avaliação da massa muscular (CP, CMB e CB) para diagnóstico de desnutrição tendo como referência ASG, e a associação entre desnutrição, com TIP e mortalidade hospitalar em pacientes internados.application/pdfporDiagnósticoDesnutriçãoAntropometriaMúsculosEstudo de validaçãoValidade do Global Leadership Initiative on Malnutrition (GLIM) utilizando três medidas de avaliação de massa muscular para o diagnóstico de desnutrição e sua associação com desfechos clínicos negativosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e SaúdePorto Alegre, BR-RS2023mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001173061.pdf.txt001173061.pdf.txtExtracted Texttext/plain44827http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/263447/2/001173061.pdf.txtb277dd5ea4e9a8a09f9c252d7aaa1561MD52ORIGINAL001173061.pdfTexto parcialapplication/pdf693499http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/263447/1/001173061.pdfb0da218339b433a2e8f9a3372b5b041eMD5110183/2634472023-10-27 03:29:02.038382oai:www.lume.ufrgs.br:10183/263447Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-10-27T06:29:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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