Variação da excursão diafragmática do paciente de terapia intensiva
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/276670 |
Resumo: | Introdução: É amplo o conhecimento sobre as alterações musculares que ocorrem pela internação na unidade de terapia intensiva (UTI), assim como suas origens. Uma das formas de avaliação dessas alterações é a ultrassonografia diafragmática. A ultrassonografia permite avaliar de forma quantitativa, em tempo real e de forma não invasiva essas alterações musculares, algo que já é realizado nas unidades de terapia intensiva. Entretanto, ainda não existem estudos que descrevem a variação da excursão diafragmática (ED) ao longo da permanência na UTI, assim como não existe associação entre a variação da excursão diafragmática com o tempo de permanência e a mortalidade na UTI. Objetivos: Determinar a variação da ED avaliada pelo ultrassom em pacientes de unidade de terapia intensiva. Métodos: Foram incluídos pacientes admitidos nas UTI em ventilação espontânea, então avaliados periodicamente, a partir da sua admissão e durante a permanência na unidade. Com a cabeceira posicionada em 30º, a ED foi mensurada com o transdutor convexo de baixa frequência, posicionado de forma subcostal através da janela hepática. A medida foi realizada pelo modo M, obtendo o valor do deslocamento máximo da hemicúpula diafragmática direita durante o ciclo ventilatório. Além da ED, foram coletados tempo de internação em UTI, necessidade de intubação orotraqueal, dias com sedativos, uso de bloqueador neuromuscular e desfecho clínico do paciente na UTI. Resultados: Foram avaliados 93 pacientes. A variação da ED inicial e final durante a internação na UTI não foi significativa na amostra estudada, com média de redução de 0,20 cm (p=0,07). Dentre os pacientes que foram à óbito na UTI (15%), a variação observada foi de um aumento de 0,29 cm entre a avaliação inicial e final, sem significância estatística (p=0,06). Os homens do estudo apresentaram variação de redução de 0,40 cm (p=0,02) entre a ED inicial e final, ao passo que não houve variação da ED nas mulheres avaliadas. Na regressão por equações generalizadas para avaliar os efeitos de doenças prévias, foi observado que a ED inicial é 0,11 cm maior para cada aumento unitário em número de comorbidades prévias, enquanto a ED final é 0,12 cm menor a cada comorbidade prévia. Conclusões: No paciente adulto internado em unidade de terapia intensiva, a excursão diafragmática avaliada pelo ultrassom não apresentou variação significativa. |
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Silveira Junior, Jairo CorrêaTeixeira, Cassiano2024-07-20T06:24:41Z2024http://hdl.handle.net/10183/276670001207071Introdução: É amplo o conhecimento sobre as alterações musculares que ocorrem pela internação na unidade de terapia intensiva (UTI), assim como suas origens. Uma das formas de avaliação dessas alterações é a ultrassonografia diafragmática. A ultrassonografia permite avaliar de forma quantitativa, em tempo real e de forma não invasiva essas alterações musculares, algo que já é realizado nas unidades de terapia intensiva. Entretanto, ainda não existem estudos que descrevem a variação da excursão diafragmática (ED) ao longo da permanência na UTI, assim como não existe associação entre a variação da excursão diafragmática com o tempo de permanência e a mortalidade na UTI. Objetivos: Determinar a variação da ED avaliada pelo ultrassom em pacientes de unidade de terapia intensiva. Métodos: Foram incluídos pacientes admitidos nas UTI em ventilação espontânea, então avaliados periodicamente, a partir da sua admissão e durante a permanência na unidade. Com a cabeceira posicionada em 30º, a ED foi mensurada com o transdutor convexo de baixa frequência, posicionado de forma subcostal através da janela hepática. A medida foi realizada pelo modo M, obtendo o valor do deslocamento máximo da hemicúpula diafragmática direita durante o ciclo ventilatório. Além da ED, foram coletados tempo de internação em UTI, necessidade de intubação orotraqueal, dias com sedativos, uso de bloqueador neuromuscular e desfecho clínico do paciente na UTI. Resultados: Foram avaliados 93 pacientes. A variação da ED inicial e final durante a internação na UTI não foi significativa na amostra estudada, com média de redução de 0,20 cm (p=0,07). Dentre os pacientes que foram à óbito na UTI (15%), a variação observada foi de um aumento de 0,29 cm entre a avaliação inicial e final, sem significância estatística (p=0,06). Os homens do estudo apresentaram variação de redução de 0,40 cm (p=0,02) entre a ED inicial e final, ao passo que não houve variação da ED nas mulheres avaliadas. Na regressão por equações generalizadas para avaliar os efeitos de doenças prévias, foi observado que a ED inicial é 0,11 cm maior para cada aumento unitário em número de comorbidades prévias, enquanto a ED final é 0,12 cm menor a cada comorbidade prévia. Conclusões: No paciente adulto internado em unidade de terapia intensiva, a excursão diafragmática avaliada pelo ultrassom não apresentou variação significativa.Introduction: There is extensive knowledge about the muscular changes that occur during admission to the intensive care unit (ICU), as well as their origins. One of the ways to evaluate these changes is diaphragmatic ultrasound. Ultrasonography makes it possible to evaluate these muscular changes quantitatively, in real time and non-invasively, something that is already carried out in intensive care units. However, there are still no studies that describe the variation in diaphragmatic excursion (ED) throughout the stay in the ICU, just as there is no association between the variation in diaphragmatic excursion with the length of stay and mortality in the ICU. Objective: To determine the variation in diaphragmatic excursion assessed by ultrasound in intensive care unit patients. Methods: Patients admitted to the ICU on spontaneous ventilation were included, then periodically evaluated, from their admission and during their stay in the unit. With the head of the bed positioned at 30º, ED was measured with the low-frequency convex transducer, positioned subcostally through the hepatic window. The measurement was performed using M mode, obtaining the value of the maximum displacement of the right diaphragmatic hemisphere during the ventilation cycle. In addition to the ED, length of stay in the ICU, need for orotracheal intubation, days with sedatives, use of neuromuscular blocker and clinical outcome of the patient in the ICU were collected. Results: A total of 93 patients were evaluated. The variation in ED during the ICU stay was not significant in the sample studied, with a mean reduction of 0,20 cm (p=0,07). Among patients who died in the ICU (15%), the variation observed was an increase of 0,29 cm between the initial and final assessment, without statistical significance (p=0,06). The men in the study showed a mean reduction of 0,40 cm (p=0,02) between the initial and final ED, while there was no variation in the ED in the women evaluated. In regression using generalized equations to evaluate the effects of previous illnesses, it was observed that the initial ED is 0,11 cm higher for each unit increase in the number of previous comorbidities, while the final ED is 0,12 cm lower for each previous comorbidity. Conclusion: In the adult patient admitted to an intensive care unit, diaphragmatic excursion assessed by ultrasound did not show significant variation.application/pdfporUnidades de terapia intensivaCuidados críticosUltrassonografiaMúsculos respiratóriosDiafragmaIntensive care unitsCritical careUltrasonographyRespiratory musclesDiaphragmVariação da excursão diafragmática do paciente de terapia intensivainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências PneumológicasPorto Alegre, BR-RS2024mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001207071.pdf.txt001207071.pdf.txtExtracted Texttext/plain39687http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276670/2/001207071.pdf.txt94bc4411e38f24cf60c71f8a905d103aMD52ORIGINAL001207071.pdfTexto parcialapplication/pdf1305922http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276670/1/001207071.pdfc9fa7d2c8de2fcd44430814271c15b00MD5110183/2766702024-07-27 05:44:10.647192oai:www.lume.ufrgs.br:10183/276670Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-07-27T08:44:10Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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