Efeitos do tratamento com cloreto de lítio sobre o desenvolvimento pós-natal do hipocampo de animais imaturos : estudo de parâmetros neuroquímicos e morfológicos de astrócitos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Paula Cilene Pereira dos
Data de Publicação: 1998
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/268137
Resumo: O lítio é a única droga com valor terapêutico e profilático no tratamento de doenças psiquiátricas, especialmente mania, ambas as fases maníaca e depressiva da doença bipolar e nos episódios recorrentes de depressão. Apesar da sua eficácia, seu sítio de ação e possíveis efeitos neurotóxicos não foram bem esclarecidos. Foi demonstrado que o tratamento de ratos adultos com cloreto de lítio (LiCl), seguindo um protocolo que produz litemia comparável à usada clinicamente em humanos, resulta em um aumento de 35% na imunorreatividade e no estado de fosforilação de uma proteína marcadora de astrócitos, proteína glial fibrilar ácida (GFAP) em hipocampo (ROCHA & RODNIGHT, 1994). Com estudos morfológicos, observou-se que os astrócitos hipocampais desses animais tratados sofriam hipertrofia e mudança no direcionamento de seus prolongamentos, caracterizando uma gliose reativa (ROCHA, 1996; SANTOS, 1996). O tratamento crônico de fêmeas com LiCl antes e durante a prenhez, e na lactação, provocou uma diminuição do imunoconteúdo de GFAP de 53 % no hipocampo de ratos com 15 dias, nascidos dessas fêmeas (ROCHA, 1996; SANTOS, 1996). O presente trabalho teve como objetivo analisar o efeito da exposição pré- e pós-natal ao LiCl sobre o hipocampo de ratos imaturos, no 15º dia pós-natal, levando em consideração parâmetros morfológicos e neuroquímicos, em uma tentativa de caracterizar os efeitos do lítio sobre o cérebro em desenvolvimento. Após o tratamento crônico, a litemia das fêmeas tratadas ficou dentro da faixa terapêutica para humanos, entre 0,4 - 1,2 mEq/L, e a concentração de lítio no plasma dos animais imaturos teve uma média de 0,4 mEq/L (níveis terapêuticos para humanos). Isso comprova que o íon passou através do leite da mãe para os filhotes.
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