Comparação de três diferentes modelos animais para avaliação de patogenicidade de cepas de Pasteurella multocida isoladas de aves e suínos, e associação da patogenicidade a diferentes grupos moleculares
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/180669 |
Resumo: | Apesar de ser uma bactéria que compõe a microbiota respiratória, sob algumas circunstâncias pode manifestar-se como um agente patogênico primário ou secundário, causando doença em aves e outros animais. Como agente primário, P. multocida leva a grandes perdas econômicas, causando cólera em aves, rinite atrófica em suínos e septicemia hemorrágica em bovinos e bubalinos. P. multocida é uma espécie heterogênea e a patogenicidade dos isolados pode ser amplamente variável. A suscetibilidade do hospedeiro a essas cepas varia consideravelmente entre espécies. Inoculações experimentais em camundongos e aves são comumente usadas para avaliar a patogenicidade de diferentes cepas, mas os resultados são geralmente subjetivos e pouco mensuráveis. O objetivo deste trabalho foi estabelecer uma nova metodologia para classificar a patogenicidade de cepas de P. multocida, através da formulação de um índice padrão. Para determinar esse índice, foram selecionadas 97 amostras de P. multocida, isoladas de cólera em aves e rinite em suínos. Cem microlitros de uma cultura bacteriana contendo 103 UFC/mL de cada isolado de P. multocida, foram inoculados pela cavidade córioalantoide, em 3 ovos embrionados. Além da mortalidade causada pela infecção, o tempo de morte e as lesões macroscópicas foram avaliados. Diferenças significativas foram observadas entre isolados de aves e suínos em relação aos índices de patogenicidade. O número de lesões e o percentual de bactérias recuperadas dos embriões inoculados também variaram de acordo com a origem do isolado. A partir dos índices observados, os isolados foram distribuídos em três classes de patogenicidade: alta, média e baixa. A avaliação dos diferentes índices de patogenicidade, estudados neste trabalho, permitem o estabelecimento de novos modelos de avaliação de patogenicidade de isolados de P. multocida e podem ser uma alternativa aos modelos subjetivos até então utilizados. A comparação dos índices de patogenicidade obtidos nos diferentes modelos analisados nos permite afirmar que a variação esperada para os diferentes modelos não pode ser observada. A análise dos diferentes perfis genéticos obtidos para as cepas de origem aviária, a partir da clivagem do gene ompH e da técnica de PCR-RFLP também não revelou diferença estatística entre os perfis obtidos e suas respectivas patogenicidades obtidas no modelo experimental de camundongos. |
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Pilatti, Roberta MarmittMoraes, Hamilton Luiz de Souza2018-07-28T02:45:51Z2018http://hdl.handle.net/10183/180669001069798Apesar de ser uma bactéria que compõe a microbiota respiratória, sob algumas circunstâncias pode manifestar-se como um agente patogênico primário ou secundário, causando doença em aves e outros animais. Como agente primário, P. multocida leva a grandes perdas econômicas, causando cólera em aves, rinite atrófica em suínos e septicemia hemorrágica em bovinos e bubalinos. P. multocida é uma espécie heterogênea e a patogenicidade dos isolados pode ser amplamente variável. A suscetibilidade do hospedeiro a essas cepas varia consideravelmente entre espécies. Inoculações experimentais em camundongos e aves são comumente usadas para avaliar a patogenicidade de diferentes cepas, mas os resultados são geralmente subjetivos e pouco mensuráveis. O objetivo deste trabalho foi estabelecer uma nova metodologia para classificar a patogenicidade de cepas de P. multocida, através da formulação de um índice padrão. Para determinar esse índice, foram selecionadas 97 amostras de P. multocida, isoladas de cólera em aves e rinite em suínos. Cem microlitros de uma cultura bacteriana contendo 103 UFC/mL de cada isolado de P. multocida, foram inoculados pela cavidade córioalantoide, em 3 ovos embrionados. Além da mortalidade causada pela infecção, o tempo de morte e as lesões macroscópicas foram avaliados. Diferenças significativas foram observadas entre isolados de aves e suínos em relação aos índices de patogenicidade. O número de lesões e o percentual de bactérias recuperadas dos embriões inoculados também variaram de acordo com a origem do isolado. A partir dos índices observados, os isolados foram distribuídos em três classes de patogenicidade: alta, média e baixa. A avaliação dos diferentes índices de patogenicidade, estudados neste trabalho, permitem o estabelecimento de novos modelos de avaliação de patogenicidade de isolados de P. multocida e podem ser uma alternativa aos modelos subjetivos até então utilizados. A comparação dos índices de patogenicidade obtidos nos diferentes modelos analisados nos permite afirmar que a variação esperada para os diferentes modelos não pode ser observada. A análise dos diferentes perfis genéticos obtidos para as cepas de origem aviária, a partir da clivagem do gene ompH e da técnica de PCR-RFLP também não revelou diferença estatística entre os perfis obtidos e suas respectivas patogenicidades obtidas no modelo experimental de camundongos.Although it is a bacterium that makes up the respiratory microbiota, under some circumstances it may manifest itself as a primary or secondary pathogen, causing disease in birds and other animals. As a primary agent, P. multocida leads to severe economic losses, causing cholera in birds, atrophic rhinitis in pigs and hemorrhagic septicemia in cattle and buffaloes. P. multocida is a heterogeneous species and the pathogenicity of the isolates can be widely variable. The susceptibility of the host to these strains varies considerably between species. Experimental inoculations in mice and birds are commonly used to evaluate the pathogenicity of different strains, but the results are generally subjective and poorly measurable. The objective of this work was to establish a new methodology to classify the pathogenicity of P. multocida strains by formulating a standard index. To determine this index, 97 samples of P. multocida, isolated from cholera in birds and rhinitis in swine, were selected. One hundred microliters of a bacterial culture containing 103 CFU / mL of each P. multocida isolate were inoculated by the chorioallantoic cavity in 3 embryonated eggs. In addition to infection mortality, time of death and macroscopic lesions were assessed. Significant differences were observed between isolates of birds and pigs in relation to pathogenicity indexes. The number of lesions and the percentage of bacteria recovered from the inoculated embryos also varied according to the origin of the isolate. From the observed indices, the isolates were distributed in three pathogenicity classes: high, medium and low. The evaluation of the different pathogenicity indexes, studied in this work, allows the establishment of new pathogenicity evaluation models of P. multocida isolates and may be an alternative to the subjective models previously used. The comparison of the pathogenicity indices obtained in the different models analyzed allows us to state that the variation expected for the different models can not be observed. The analysis of the different genetic profiles obtained for the strains of avian origin, from the cleavage of the ompH gene and the PCR-RFLP technique also did not reveal statistical difference between the profiles obtained and their respective pathogenicities obtained in the experimental model of mice. Key words: Pasteurella multocida, pathogenicity index, embryonated eggs, mice, chicks.application/pdfporPasteurella multocidaPatogenicidadeClassificaçãoAvesSuínosPasteurella multocidaPathogenicity indexEmbryonated eggsMiceChicksComparação de três diferentes modelos animais para avaliação de patogenicidade de cepas de Pasteurella multocida isoladas de aves e suínos, e associação da patogenicidade a diferentes grupos molecularesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasPorto Alegre, BR-RS2018doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001069798.pdf.txt001069798.pdf.txtExtracted Texttext/plain128359http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/180669/2/001069798.pdf.txte9e569b87c354bb02c36ad2d5774d6afMD52ORIGINAL001069798.pdfTexto completoapplication/pdf19632992http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/180669/1/001069798.pdfa55130f5a9207c86befa5b64a0dbf186MD5110183/1806692023-01-04 06:02:01.071266oai:www.lume.ufrgs.br:10183/180669Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-01-04T08:02:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Apesar de ser uma bactéria que compõe a microbiota respiratória, sob algumas circunstâncias pode manifestar-se como um agente patogênico primário ou secundário, causando doença em aves e outros animais. Como agente primário, P. multocida leva a grandes perdas econômicas, causando cólera em aves, rinite atrófica em suínos e septicemia hemorrágica em bovinos e bubalinos. P. multocida é uma espécie heterogênea e a patogenicidade dos isolados pode ser amplamente variável. A suscetibilidade do hospedeiro a essas cepas varia consideravelmente entre espécies. Inoculações experimentais em camundongos e aves são comumente usadas para avaliar a patogenicidade de diferentes cepas, mas os resultados são geralmente subjetivos e pouco mensuráveis. O objetivo deste trabalho foi estabelecer uma nova metodologia para classificar a patogenicidade de cepas de P. multocida, através da formulação de um índice padrão. Para determinar esse índice, foram selecionadas 97 amostras de P. multocida, isoladas de cólera em aves e rinite em suínos. Cem microlitros de uma cultura bacteriana contendo 103 UFC/mL de cada isolado de P. multocida, foram inoculados pela cavidade córioalantoide, em 3 ovos embrionados. Além da mortalidade causada pela infecção, o tempo de morte e as lesões macroscópicas foram avaliados. Diferenças significativas foram observadas entre isolados de aves e suínos em relação aos índices de patogenicidade. O número de lesões e o percentual de bactérias recuperadas dos embriões inoculados também variaram de acordo com a origem do isolado. A partir dos índices observados, os isolados foram distribuídos em três classes de patogenicidade: alta, média e baixa. A avaliação dos diferentes índices de patogenicidade, estudados neste trabalho, permitem o estabelecimento de novos modelos de avaliação de patogenicidade de isolados de P. multocida e podem ser uma alternativa aos modelos subjetivos até então utilizados. A comparação dos índices de patogenicidade obtidos nos diferentes modelos analisados nos permite afirmar que a variação esperada para os diferentes modelos não pode ser observada. A análise dos diferentes perfis genéticos obtidos para as cepas de origem aviária, a partir da clivagem do gene ompH e da técnica de PCR-RFLP também não revelou diferença estatística entre os perfis obtidos e suas respectivas patogenicidades obtidas no modelo experimental de camundongos. |
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