Por onde vivem os mortos : o processo de fabricação da morte e da pessoa morta no segmento funerário de Porto Alegre
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/101638 |
Resumo: | Conduzida na cidade de Porto Alegre, Brasil, a pesquisa etnográfica aqui apresentada descreve as dinâmicas no interior de um conjunto de mediações do complexo funerário, que não somente perpassa diferentes instâncias institucionais e econômicas, mas também modelam o processo de fabricação da morte e da pessoa morta através de intervenções físicas no corpo e da criação de uma memória a ela relacionada. Morte é, portanto, mais do que a destituição de uma vida: é a instituição de um novo estado, significa tornar-se algo. Um novo conjunto de documentos é requerido e há uma transposição de estatutos jurídicos. Assim, os circuitos funerários atuam na construção desse novo estado enquanto, simultaneamente, reconhecem a presença da pessoa morta nessa dinâmica por meio da imposição de uma presença moral e corpórea. A pessoa morta, não sendo um locus de passividade, mostra a sua vida ao impor padrões de comportamento nas negociações concernentes ao seu funeral, assim como ao influenciar escolhas e decisões. |
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Neves, Marcos Freire de AndradeDamo, Arlei Sander2014-08-22T02:11:24Z2014http://hdl.handle.net/10183/101638000919441Conduzida na cidade de Porto Alegre, Brasil, a pesquisa etnográfica aqui apresentada descreve as dinâmicas no interior de um conjunto de mediações do complexo funerário, que não somente perpassa diferentes instâncias institucionais e econômicas, mas também modelam o processo de fabricação da morte e da pessoa morta através de intervenções físicas no corpo e da criação de uma memória a ela relacionada. Morte é, portanto, mais do que a destituição de uma vida: é a instituição de um novo estado, significa tornar-se algo. Um novo conjunto de documentos é requerido e há uma transposição de estatutos jurídicos. Assim, os circuitos funerários atuam na construção desse novo estado enquanto, simultaneamente, reconhecem a presença da pessoa morta nessa dinâmica por meio da imposição de uma presença moral e corpórea. A pessoa morta, não sendo um locus de passividade, mostra a sua vida ao impor padrões de comportamento nas negociações concernentes ao seu funeral, assim como ao influenciar escolhas e decisões.Conducted in the city of Porto Alegre, Brazil, the ethnographic research presented by this work describes the dynamics within a set of mediations, which not only pervades different institutional and economic instances, but also shapes the construction process of death and of the dead person through a physical intervention on the body as well as through the creation of a specific memory. Death is thus more than the mere destitution of a life: it is the institution of a new state, it means becoming something else. A new set of papers are in order as much as the transposition of the legal status. The funeral circuits are hence acting upon the construction of this new state while simultaneously acknowledging the dead person’s presence through the imposition of a moral and corporeal presence. The dead person, not being a locus of passivity, displays his/hers life by setting behavioral guidelines in dealings concerning his/hers funeral arrangements, as well as by influencing choices and decisions through his/hers presence within the aforementioned dynamics.application/pdfporAntropologia socialServiços funeráriosMorteMemóriaAnthropologyDeath processFunerary circuitsMarketMemoryPor onde vivem os mortos : o processo de fabricação da morte e da pessoa morta no segmento funerário de Porto Alegreinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em Antropologia SocialPorto Alegre, BR-RS2014mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000919441.pdf000919441.pdfTexto completoapplication/pdf4324964http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101638/1/000919441.pdf4d79b602e408a6daacb8093c8f6c0e16MD51TEXT000919441.pdf.txt000919441.pdf.txtExtracted Texttext/plain273874http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101638/2/000919441.pdf.txt149a1784bcc4d6a702defb8300292a3eMD52THUMBNAIL000919441.pdf.jpg000919441.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1210http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/101638/3/000919441.pdf.jpgc183e3ee451464765c363b4ec6fb7000MD5310183/1016382018-10-09 08:15:10.912oai:www.lume.ufrgs.br:10183/101638Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-09T11:15:10Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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