Duodenojejunostomia em modelo experimental de diabetes mellitus tipo 2 induzido com estreptozotocina em ratos : repercussões de uma potencial cirurgia metabólica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/86423 |
Resumo: | O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é uma síndrome multifatorial com complicações graves e mortalidade significativa, mas seu tratamento até o momento tem mostrado resultados desapontadores. Apenas 50% dos pacientes com DM2 conseguem manter níveis glicêmicos adequados. Rubino et al em 2004 demonstraram uma técnica cirúrgica de exclusão duodenojejunal em ratos diabéticos não obesos com bons resultados no controle dos níveis glicêmicos. O desenvolvimento de uma técnica que não apresente perda ponderal pode prover base teórica e científica para justificar sua aplicação em pacientes com DM2 e IMC<35. Com este objetivo, iniciamos um estudo experimental utilizando a técnica proposta por Marchesini em 2008, que consiste na secção do duodeno imediatamente após o piloro, seguido de duodenojejunostomia com anastomose termino-lateral na porção média do intestino delgado. O objetivo foi demonstrar as alterações no perfil metabólico, inflamatório e de estresse oxidativo após a cirurgia metabólica. Foram utilizados 24 ratos Wistar com 2 dias de vida sendo que em 16 deles foi induzido o DM2 através de injeção i.p. de 100mg/kg de Streptozotocina. O desenvolvimento de diabetes foi confirmado após 10 semanas através de TTGIP. Oito ratos diabéticos compuseram o grupo diabético cirúrgico (DM+OP) e oito o grupo diabético controle (DM). Os outros oito animais que não tiveram indução do diabetes formaram o grupo controle clínico (CO). A técnica de Marchesini foi realizada no grupo DM+OP, e os grupos DM e CO receberam dieta padrão e seguimento. Foi realizado TTGIP aos 7, 15, 30, 60 e 90 dias após a cirurgia, quando os animais foram submetidos a eutanásia. Os animais do DM+OP não tiveram perda de peso importante após três meses da cirurgia, enquanto que o DM e o CO tiveram aumento significativo do peso. A glicemia dos animais operados foi significativamente menor no grupo operado em comparação ao diabético controle e os valores de colesterol seguiram a mesma tendência. Os níveis de TNF-α, NF-kB, SOD, TBARS e Catalase foram significativamente menores no grupo DM+OP em relação ao grupo DM. A duodenojejunostomia foi efetiva em controlar os níveis de glicemia e colesterol, bem como diminuiu significativamente os marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo. |
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Wietzycoski, Cácio RicardoTrindade, Manoel Roberto Maciel2014-01-22T01:54:54Z2011http://hdl.handle.net/10183/86423000910224O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é uma síndrome multifatorial com complicações graves e mortalidade significativa, mas seu tratamento até o momento tem mostrado resultados desapontadores. Apenas 50% dos pacientes com DM2 conseguem manter níveis glicêmicos adequados. Rubino et al em 2004 demonstraram uma técnica cirúrgica de exclusão duodenojejunal em ratos diabéticos não obesos com bons resultados no controle dos níveis glicêmicos. O desenvolvimento de uma técnica que não apresente perda ponderal pode prover base teórica e científica para justificar sua aplicação em pacientes com DM2 e IMC<35. Com este objetivo, iniciamos um estudo experimental utilizando a técnica proposta por Marchesini em 2008, que consiste na secção do duodeno imediatamente após o piloro, seguido de duodenojejunostomia com anastomose termino-lateral na porção média do intestino delgado. O objetivo foi demonstrar as alterações no perfil metabólico, inflamatório e de estresse oxidativo após a cirurgia metabólica. Foram utilizados 24 ratos Wistar com 2 dias de vida sendo que em 16 deles foi induzido o DM2 através de injeção i.p. de 100mg/kg de Streptozotocina. O desenvolvimento de diabetes foi confirmado após 10 semanas através de TTGIP. Oito ratos diabéticos compuseram o grupo diabético cirúrgico (DM+OP) e oito o grupo diabético controle (DM). Os outros oito animais que não tiveram indução do diabetes formaram o grupo controle clínico (CO). A técnica de Marchesini foi realizada no grupo DM+OP, e os grupos DM e CO receberam dieta padrão e seguimento. Foi realizado TTGIP aos 7, 15, 30, 60 e 90 dias após a cirurgia, quando os animais foram submetidos a eutanásia. Os animais do DM+OP não tiveram perda de peso importante após três meses da cirurgia, enquanto que o DM e o CO tiveram aumento significativo do peso. A glicemia dos animais operados foi significativamente menor no grupo operado em comparação ao diabético controle e os valores de colesterol seguiram a mesma tendência. Os níveis de TNF-α, NF-kB, SOD, TBARS e Catalase foram significativamente menores no grupo DM+OP em relação ao grupo DM. A duodenojejunostomia foi efetiva em controlar os níveis de glicemia e colesterol, bem como diminuiu significativamente os marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo.Diabetes Mellitus type 2 (DMT2) is a multifactorial syndrome with severe complications and significant mortality. Until this moment, its treatment has proven disappointing. Only 50% of DM2 patients are able to maintain proper glycemic levels. In 2004 Rubino et al showed a surgical technique of duodenal-jejunal exclusion in diabetic non-obese rats with positive results in the control of glycemic levels. The development of a technique that does not imply weight loss may provide a theoretical and scientific basis for its application in DM2 patients who present BMI<35. With this aim, this experimental study was conducted using the technique proposed by Marchesini in 2008, which consists of a section of the duodenum immediately next to the pylorus, followed by duodenojejunostomy with end-to-side anastomosis in the medial portion of the small intestine. The objective was to demonstrate alterations in the metabolic and inflammatory profile and in oxidative stress after metabolic surgery. An amount of 24 2-day-old Wistar rats were used. In 16 of them DMT2 was induced through 100mg/kg injection i.p. of streptozotocin. The development of diabetes was confirmed after 10 weeks through TTGIP. Eight diabetic rats composed the diabetic surgical group (DM+OP); and 8 other rats composed the diabetic control group (DM). The other 8 animals which were not induced formed the clinical control group (CO). The Marchesini technique was used in the DM+OP, and the other groups received the standard diet and follow up. TTGIP was performed at 7, 15, 30, 60 and 90 days after surgery, when the animals were submitted to euthanasia. DM+OP animals presented no important weight loss 3 months after surgery, while the other groups presented a significant weight gain. Weight maintenance after surgery in DM+OP proves the effectiveness of this technique in preventing obesity progression, which is characteristic in obese diabetic patients. The glucose levels were significantly lower in the operated group compared to diabetic control and cholesterol values followed the same trend. The levels of TNF-a, NF-kB, SOD, catalase and TBARS were significantly lower in DM + OP group compared to DM. The duodenojejunostomy was effective in controlling blood glucose levels and cholesterol, and significantly decreased inflammatory markers and oxidative stress.application/pdfporDiabetes mellitus experimentalDiabetes mellitus tipo 2EstreptozocinaRatosMetabolismoDuodenostomiaJejunostomiaMetabolic surgeryInduction of diabetesDiabetes mellitus type 2 modelsDiabetes surgeryOxidative stressDuodenojejunostomia em modelo experimental de diabetes mellitus tipo 2 induzido com estreptozotocina em ratos : repercussões de uma potencial cirurgia metabólicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências CirúrgicasPorto Alegre, BR-RS2011mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000910224.pdf000910224.pdfTexto completoapplication/pdf1505337http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/86423/1/000910224.pdfb7e479e97347552c834c7364feaaf51bMD51TEXT000910224.pdf.txt000910224.pdf.txtExtracted Texttext/plain130031http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/86423/2/000910224.pdf.txte7784232848e089d958e78ce4d90dbddMD52THUMBNAIL000910224.pdf.jpg000910224.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1280http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/86423/3/000910224.pdf.jpg2ead47b5ada27322b74f2e3b40d2d097MD5310183/864232023-06-08 03:34:06.185666oai:www.lume.ufrgs.br:10183/86423Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-06-08T06:34:06Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é uma síndrome multifatorial com complicações graves e mortalidade significativa, mas seu tratamento até o momento tem mostrado resultados desapontadores. Apenas 50% dos pacientes com DM2 conseguem manter níveis glicêmicos adequados. Rubino et al em 2004 demonstraram uma técnica cirúrgica de exclusão duodenojejunal em ratos diabéticos não obesos com bons resultados no controle dos níveis glicêmicos. O desenvolvimento de uma técnica que não apresente perda ponderal pode prover base teórica e científica para justificar sua aplicação em pacientes com DM2 e IMC<35. Com este objetivo, iniciamos um estudo experimental utilizando a técnica proposta por Marchesini em 2008, que consiste na secção do duodeno imediatamente após o piloro, seguido de duodenojejunostomia com anastomose termino-lateral na porção média do intestino delgado. O objetivo foi demonstrar as alterações no perfil metabólico, inflamatório e de estresse oxidativo após a cirurgia metabólica. Foram utilizados 24 ratos Wistar com 2 dias de vida sendo que em 16 deles foi induzido o DM2 através de injeção i.p. de 100mg/kg de Streptozotocina. O desenvolvimento de diabetes foi confirmado após 10 semanas através de TTGIP. Oito ratos diabéticos compuseram o grupo diabético cirúrgico (DM+OP) e oito o grupo diabético controle (DM). Os outros oito animais que não tiveram indução do diabetes formaram o grupo controle clínico (CO). A técnica de Marchesini foi realizada no grupo DM+OP, e os grupos DM e CO receberam dieta padrão e seguimento. Foi realizado TTGIP aos 7, 15, 30, 60 e 90 dias após a cirurgia, quando os animais foram submetidos a eutanásia. Os animais do DM+OP não tiveram perda de peso importante após três meses da cirurgia, enquanto que o DM e o CO tiveram aumento significativo do peso. A glicemia dos animais operados foi significativamente menor no grupo operado em comparação ao diabético controle e os valores de colesterol seguiram a mesma tendência. Os níveis de TNF-α, NF-kB, SOD, TBARS e Catalase foram significativamente menores no grupo DM+OP em relação ao grupo DM. A duodenojejunostomia foi efetiva em controlar os níveis de glicemia e colesterol, bem como diminuiu significativamente os marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo. |
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